quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tombamento de sítio paisagístico e arqueológico

Memória histórico-cultural
Mariana poderá ter, em seu território, o maior sítio paisagístico e arqueológico da América Latina, provavelmente um dos mais extensos do mundo. Eu digo “poderá” desde que Mariana tenha juízo e determinação. Os passos iniciais, aliás, fundamentais, verdadeiros pré-requisitos para consolidar o objetivo, foram dados.
O município contratou, há alguns anos, a empresa Memória Arquitetura para produzir um completo dossiê sobre o morro de Santana, conhecido popularmente por Gogô, e o morro Santo Antonio. São quase 300 ha, ou seja, três milhões de metros quadrados. Baseado no dossiê da Memória Arquitetura, foi feito o tombamento municipal da área e seu entorno pelo Decreto nº 4.481 em 28.02.2008. Este tombamento já está inscrito no Estado.
Outro passo importantíssimo foi dado pelo prefeito no dia 08.12.2009. Roque Camêllo entregou pessoalmente ao presidente do IPHAN, Dr. Luiz Fernando, em Brasília, o dossiê produzido pela Memória Arquitetura e o decreto de tombamento. O documentário completo foi encaminhado pelo ofício nº 635/09/GAB, datado de 04.12.2009. Assinou seu recebimento o Chefe de Divisão do Gabinete da Presidência/IPHAN, Gustavo do Vale Fernandes, em 08.12.2009.
A região, composta pelos morros Santana e Santo Antonio, servia, nos séculos 18 e 19, como local de exploração aurífera para portugueses e, mais tarde, para os ingleses. Em plena efervescência da atividade extrativa, sabe-se que milhares de escravos ali trabalharam e viveram. O ouro foi embora, a região foi sendo abandonada, mas os vestígios antropológicos permaneceram de certa forma intactos exceto quanto à natural ação do tempo. O fato de se manterem intocáveis representa a maior riqueza de um sítio arqueológico. Além disso, ali existiu, desde 1712, a Capela de Santana que, por um passo de mágica, portanto inexplicável, foi trasladada para a sede da Construtora Mendes de Júnior em Belo Horizonte, há algumas décadas.
Em 2008, por iniciativa da Prefeitura, Ministério Público (leia-se Promotor Marcos Paulo), IPHAN, UFMG, PUC/MINAS, Arquidiocese de Mariana, os componentes da Capela de Santana voltaram e estão guardados no Museu da Música. A prefeitura municipal se comprometeu a reconstruir a Capela no morro do Gogô e, para isto, contratou, em 2009, a competente arquiteta Jô Vasconcelos que desenvolveu o projeto por sinal muito elogiado pelo IPHAN, pelas autoridades locais e pela comunidade do Gogô sempre bem liderada pelo incansável senhor Salvador. A reconstrução da Capela de Santana, por ser um monumento do Século XVIII e o fato de sua recondução ao sítio de origem fortalecem, sem dúvida, o pedido do tombamento federal feito pelo prefeito Roque Camêllo.
Agora só depende do juízo e atitude da administração municipal para que se consolide a preservação do sítio paisagístico e arqueológico que poderá colocar Mariana no circuito turístico internacional. Além de incalculável importância para a economia permanente do município, é a oportunidade de todos nós estarmos resgatando a memória dos milhares de escravos que lá foram forçados ao trabalho para enriquecer portugueses e ingleses que levaram para outros países esse patrimônio marianense. Se salvarmos esta nova versão de patrimônio, isto é, sob a ótica paisagística e arqueológica, não haverá devolução da vida dos milhares de escravos, não teremos o ouro de volta, mas poderemos resgatar a memória daquele passado grandioso e colher novos frutos.
Por outro lado, não só a cidade ganhará com isso, mas o Brasil e a própria humanidade. A solicitação do tombamento federal encaminhado ao presidente do IPHAN em 8 de dezembro de 2009 e já em avançado estudos pelo Conselho, uma vez aprovado transformará o sítio em local de visitação e pesquisa a partir de um consistente plano de manejo.
Vale a pena conhecer na íntegra o oficio 635 que a presidência do IPHAN recebeu em 08.12.2009. Vamos juntos lutar por esta iniciativa.
“Ofício nº 635/09/GAB
Mariana, 04 de dezembro de 2009.
Ao Senhor Luís Fernando de Almeida
Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
Brasília-DF
Assunto: Sítio Paisagístico e Arqueológico Morro Santo Antonio e Morro Santana (Gogô), de Mariana, Estado de Minas Gerais.
Senhor Presidente,
É com satisfação que tomo a liberdade de apresentar-lhe em anexo o dossiê realizado pela Prefeitura de Mariana em parceria com a Memória Arquitetura.
Trata-se de um denso e criteriosamente fundamentado documento sobre o Sítio Paisagístico e Arqueológico, situado nos morros de Santana e Santo Antonio em nossa cidade. Esta região servia, no século XVIII, como importante ponto de exploração aurífera por portugueses e posteriormente por ingleses.
No auge desta atividade econômica, a região chegou a contar com a presença de vinte mil escravos, que ali trabalhavam e viviam. Com o declínio da atividade, a região foi sendo gradativamente abandonada, mas sem que os vestígios antropológicos ali registrados sofressem qualquer tipo de interferência, a não ser a ação do tempo. Esta característica de intocabilidade é considerada por renomados arqueólogos como a maior riqueza de qualquer Sítio Arqueológico, já que as características sócio-culturais dos que ali viveram e trabalharam permaneceram inalteradas.
Paralelamente, a Prefeitura de Mariana se encarregou de contratar a consagrada arquiteta Jô Vasconcelos para que fizesse um projeto de reconceituaçao da antiga Capela de Santana que ali existiu desde 1712. Por sua vez, foram trasladados para Mariana todos os componentes da referida Capela que inexplicavelmente fora reconstruída na sede da Empresa Mendes Júnior em Belo Horizonte e posteriormente doada à Universidade Federal de Minas Gerais. A Prefeitura Municipal se comprometeu não só com a elaboração do referido projeto, mas também com a reconstrução da Capela no seu local de origem.
Pela enorme importância deste Sítio na preservação da história, da economia e da atividade humana não apenas de nossa cidade, mas de todo o Brasil, tomamos a iniciativa de fazer o tombamento municipal da área (300 ha.) e de seu entorno, em 28.02.2008 através do Decreto 4.481.
Pelo exposto acima é que vimos solicitar, Sr. Presidente, que seja examinada pelo IPHAN, a bem das garantias e vantagens que daí adviriam, que este Sítio Paisagístico e Arqueológico receba o tombamento pelo IPHAN a nível federal. Esta iniciativa contribuiria enormemente com o próximo passo que queremos dar, transformando o Sítio em local de estudo e visitação a partir de um consistente plano de manejo. Tal projeto se configura não apenas como de interesse de pesquisa e resgate histórico, mas como objeto de atenção de especialistas e turistas de todo o mundo.
Receba, Senhor Presidente, meu cordial abraço e antecipados agradecimentos.
Roque José de Oliveira Camêllo, Prefeito Municipal.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dom Luciano na Colina de São Pedro

*Roque Camêllo
A Colina de São Pedro domina a cidade de Mariana. Foi lá que jovens abriram a solenidade do 80º aniversário de nascimento de Dom Luciano, na tarde de 5 de outubro, declamando: “Os céus de Mariana testemunharam: /um anjo do Senhor pisou na terra, /sobre flores azuis /aqueceu o sol para todos, / velejou a lua, / redistribuiu estrelas luz, / ampliou caminhos, / estimulou avanços, / plantou e cultivou / Fraternidade”. O poema de autoria dos componentes da Academia Infanto Juvenil de Letras é intitulado “Sob o signo da Paz”. A coordenação do grupo foi da vice-presidente da Academia Marianense de Letras, professoa Hebe Rola.
“O busto de D. Luciano de modo extraordinariamente feliz foi posto pelos marianenses num descampado alto. Assim, D. Luciano continua abençoando todos, e nós, para vê-lo, basta que olhemos para o alto. D. Luciano é uma síntese dos Santos: um Tomaz de Aquino, Doutor da Igreja; um Francisco de Assis, devotado aos pobres; um Santo Cura Dars, verdadeiro Pastor”, palavras do advogado José Anchieta da Silva, dando início aos pronunciamentos.
Foi uma tarde diferente na Colina de São Pedro onde se destaca a Igreja de São Pedro dos Clérigos, única em estilo romano das cidades coloniais mineiras. Imponente, é a guardiã da cidade. No seu lado direito, se encontra o busto de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida. Em bronze, com sorriso discreto, retratando o seu estilo e a alegria de estar sempre pronto a servir o outro, é uma cópia bem fiel daquele carinhosamente chamado o “senhor dos humildes”. Para homenageá-lo lá estávamos muitos dos seus amigos e seus irmãos, o prof. Cândido Mendes de Almeida e Luiz Fernando, o Secretário de Estado da Cultura, jornalista Washington Mello, representando o Governador Anastasia, o presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, José Anchieta da Silva, religiosos, desembargador Reinaldo Ximenes, a presidente da Associação dos Amigos do Serro, Laene Freire, conselheiros da Fundação Cultural da Arquidiocese-FUNDARQ, representantes do Movimento Renovador e pessoas da sociedade marianense.
Foi um poético entardecer predominando saudade e alegria por celebrarmos a vida de quem não poupou esforços para ajudar o próximo. Representada por vários membros, a Associação dos ex-alunos dos Seminários de Mariana teve a feliz idéia de colocar flores em seu busto em agradecimento àquele incentivador da existência da entidade e inspirador do nome AEXAM. Segundo seu presidente Helvécio Trindade, “D. Luciano participava dos encontros, anuais e nessas oportunidades, sempre manifestava seu contentamento com a crescente consolidação da Associação. Os Seminários completam 260 anos de existência, sendo a única organização desse gênero em funcionamento ininterrupto no país. Neles, se instalaram os primeiros cursos superiores de Minas Gerais, em 1750. D. Luciano percebeu a importância de ter mais próximos aqueles que passaram por seus bancos escolares. Abriu suas portas para que os ex-alunos fossem sempre acolhidos e, assim, se tornassem braços de apoio à tradicional Casa que ofereceu ao Brasil milhares de religiosos, profissionais de diversas áreas e grandes homens públicos.”
D. Luciano foi o 4º Arcebispo de Mariana. Veio para servir “In nomine Iesu”, como se lê em Lucas: “Os reis das nações imperam sobre elas, e os que exercem a autoridade são chamados benfeitores; porém, não assim entre vós senão que o maior entre vós será como o menor, e quem manda como o que serve”. Os excluídos e a paz eram preocupações constantes em sua vida. Por isto, o poeta Gabriel Bicalho se expressou através da jovem atriz Ingrid Lara com “Ave! /Dom Luciano: /nenhum ruído / nenhum grito de excluído / a soar profano / perturbando o sagrado / desse vosso sono!”
Em momento de enlevo espiritual, os adolescentes do TOM MAIOR, regidos por Adeuzi Batista, cantaram louvando a vida daquele que se entregou a favor da paz e do amor ao próximo. Jamais se esqueceu de reconhecer a grandeza da cidade que o acolheu como citou o representante da juventude marianense Cristiano Vilas Boas ao ler um texto do próprio homenageado: “Se o mundo fosse uma Igreja, Mariana seria seu sacrário”.
Seu irmão, professor Cândido Mendes, testemunhou o amor que Dom Luciano tinha por seu rebanho, afirmando aquilo que já sabíamos, “sua recusa a uma transferência para a Arquidiocese de Brasília com a oportunidade do cardinalato. Teria sido uma espécie de coroamento pelo trabalho desenvolvido na Igreja. Preferiu continuar em Mariana.” O Secretário de Cultura afirmou que “conheci-o na plena ditadura militar, na Capital Federal. D. Luciano não se calava diante das atrocidades cometidas em nome da falsa segurança nacional. É um exemplo de bondade e de cidadão patriota a ser seguido”.
O antigo Palácio dos Bispos, construção do século 18, cuja restauração foi iniciada por D. Luciano e concluída pelo atual Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha, preservará todos os documentos de sua autoria e daqueles em que foi parte. Receberá também a lembrança de sua trajetória de vida no Brasil e no Exterior. Suas comendas e títulos ali estarão expostos bem como todos os livros e artigos de sua autoria e os muitos sobre ele escritos. O solar onde outrora foram tomadas decisões importantes e onde se hospedaram o imperador do Brasil D. Pedro II e sua esposa, em 1881, guardará a imagem de quem se entregou sem reservas à pratica do bem. Sua frase “em que posso servir” estará ecoando por aqueles quase tricentenários corredores como um cântico de amor.
*Presidente da Academia Marianense de Letras e Diretor Executivo da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana-FUNDARQ.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

As decepções eleitorais de Walter Rodrigues

Mensagem aos amigos e apoiadores *
Como vocês sabem, tivemos que ter o sangue frio de tocar uma campanha convivendo com o trabalho dos adversários dizendo que nossa candidatura estaria impugnada (“cassada” para usar o termo impróprio divulgado por nossos adversários…) gerando grandes incertezas e perdas de apoios importantes. Perdemos MUITOS apoiadores a ponto de eu ter que chamar quem ainda queria a nossa candidatura e honrar a luta até o fim, lutando “morro acima”. Quem ficou conosco até o fim sabe o grande esforço que fizemos para chegar lá.
Nossa candidatura era independente. Independente de apoio de “caciques” da política que, num primeiro momento se aproximaram de mim para tentar me submeter ao seu tacão em troca de “não hostilidade”. Recusei, por óbvio, a indecorosa proposta. Não vou também mencionar os nomes dos sujeitos…vou deixar quieto…por hora.
Toda candidatura independente como a nossa gera grande apreensão e nervosismo juntos aos “donos do poder” uma vez que nossas ações são imprevisíveis e incontroláveis porquanto são motivadas apenas por um propósito: – o de fazer o que melhor atende ao povo (e não aos “donos do poder”).
Todos sabem que fui candidato não por ambição pessoal mas sim para atender o clamor de uma importante parcela de pessoas que se sentem alijadas do processo democrático, se sentem cidadãos de terceira categoria sem acesso aos seus direitos mais básicos.
Fomos alvo de muitas “cartas” apócrifas “informando” que estaríamos “cassados”, etc. Isso gerou uma grande incerteza nas bases e uma verdadeira catástrofe em nosso trabalho. Em pesquisa que fiz no início de agosto ainda pudemos perceber que estávamos com a eleição garantida e que estávamos disputando um dos primeiros lugares do partido, PDT. Porém, os efeitos da boataria se fariam perceber ao longo do mês de agosto e de setembro. Perdemos MUITOS apoios apenas devido a incerteza que pendia.
Sou uma pessoa realizada tanto pessoal como profissionalmente. Gostaria de poder ajudar os outros que não têm o vigor, a energia e o tempo de falar por si e fazer valer seus direitos. Queria ser o representante dessas pessoas na ALMG pois acho que seria a forma efetiva de realizar essa ajuda.
Quero agradecer a todos que acreditaram em nossas propostas de moralização da máquina pública, de trazer um pouco mais de dignidade ao cidadão de Minas fazendo com que seus direitos não fiquem apenas no papel.
Muitas mudanças iríamos promover colaborando com o Governo do Estado nas áreas de atendimento na saúde, na segurança pública, na geração de oportunidade aos jovens com sua capacitação profissional, desenvolvimento do turismo e esportes e geração de emprego e renda em geral.

Continuamos na luta cívica.
Continuamos acreditando que a política é um lugar para homens e mulheres de bem. Continuamos acreditando que só a liberdade de pensamento e opinião promovem a liberdade que nos torna verdadeiramente cidadãos e não pessoas amedrontadas temendo “punições” dos “donos do poder” por expressar nosso pensamento.
O que pude encontrar em Minas, em minhas andanças, é que muitos…muitos mesmo vivem no cabresto político de muitos “donos de poder” Municipal que intimidam e ameaçam essas pessoas exigindo como preço a própria alma dessas pessoas, seu espírito, enfim sua liberdade que é seu bem maior.
Para isso acabar, para termos preservado nosso bem maior que é nossa LIBERDADE, temos que colocar no Governo PESSOAS DE BEM que NOS RESPEITEM, a cada um de nós, e não nos intimide. A intimidação é a arma dos covardes, daqueles que não têm o bom argumento de convencimento.
Conheci muitas pessoas boas nessa nossa Minas Gerais. Elas são o embrião de uma força política nascente, de um grupo político que ainda terá sua voz ativa e presente na ALMG.
A luta está APENAS começando…
Obrigado!
Informe sobre minha votação por Município
Após muito esforço para conseguir os resultados por Município estamos apresentando aos amigos o resultado nas cidades com melhor votação. Nossa votação foi de 22.154 votos em Minas Gerais.
Juiz de Fora – 3336 votos – 12º lugar geral
Oliveira – 2196 votos – 3º lugar geral
Mariana – 2161 votos – 2º lugar geral
Contagem – 1997 votos – 27º lugar geral
Belo Horizonte – 1069 votos – 132º lugar geral
São João De- Rei – 816 votos – 6º lugar geral
São Lourenço – 713 votos – 5º lugar geral
Barbacena – 611 votos – 12º lugar geral
Ponte Nova – 454 votos – 15º lugar geral
Coronel Pacheco – 390 votos – 2º lugar geral
Ouro Preto – 384 votos – 13º lugar geral
Tivemos votação em 313 municípios, revelando uma grande capilaridade de votação em Minas Gerais.
*Fonte: Blog do Walter Rodrigues

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Resultados eleitorais em Mariana


Para Presidente da República
Dilma Rousseff 15.178
José Serra 8.027
Marina Silva 6.779

Para Governador do Estado
Antonio Anastasia 14.257
Hélio Costa 11.499

Para Senador
Aécio Neves 17.560
Itamar Franco 12.550
Fernando Pimentel 13.194

Para Deputado Estadual
Jairo Lessa 3.587
Corjesus Quirino 684
Gustavo Corrêa 663
Neuza Zuzu 489
Walter Rodrigues ?

Para Deputado Federal
Rodrigo de Castro 5.185
Paulo Abi-Ackel 3.260
Mário Heringer 1.712
Vitor Penido 585
*Fonte: Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
Meu comentário:
Presidente
Os resultados para o cargo de presidente foram normais. O surpreendente em Mariana, como em todo o país, foi a expressiva votação de Marina Silva.
Governador
Antonio Anastasia, governador eleito, teve o apoio explicito do grupo liderado pelo Celso Cota e implícito da Direita, enquanto o Hélio Costa teve o apoio do grupo liderado por Terezinha Ramos, Roberto Rodrigues, Walter Rodrigues, bem como do grupo liderado pelo Duarte Júnior.
Senador
Outro resultado curioso e interessante: Aécio Neves, como candidato a senador, teve mais votos que Anastasia, candidato eleito a governador pelo mesmo partido. O candidato petista Fernando Pimentel, não eleito, também teve mais votos aqui em Mariana do que o candidato eleito Itamar Franco.
Deputado Estadual
O Jairo Lessa, deputado reeleito, foi apoiado pelo grupo liderado por Duarte Júnior. Surpreendente foi a votação de Neuza Zuzu do PSOL que obteve 489 votos em Mariana, mais votos agora do que quando foi candidata a prefeita, ocasião em que recebeu apenas 50 votos. Além dos 489 votos obtidos em Mariana, Neuza Zuzu conseguiu mais 314 em todo estado de Minas Gerais, perfazendo um total geral de 803 votos. Neuza Zuzu colocou na fachada de sua casa na rua Dom Viçoso um banner agradecendo os quase "900" votos que ela teve nas urnas. Gustavo Corrêa foi apoiado por um grupo de políticos ligados à Direita. Os votos de Walter Rodrigues não foram divulgados pelo TRE. Comenta-se nos bastidores políticos que sua candidatura teria sido impugnada pelo TRE e o TSE e estaria sub judice.
Deputado Federal
Rodrigo de Castro, reeleito, foi apoiado pelo grupo político liderado por Celso Cota com apoio discreto da Direita, enquanto Paulo Abi-Ackel, reeleito, foi apoiado pelo grupo político liderado por Duarte Júnior. Mário Heringer, candidato que não conseguiu a reeleição, foi apoiado pelo grupo político liderado por Terezinha Ramos e Walter Rodrigues. Vitor Penido, candidato que não foi eleito, foi apoiado aqui em Mariana pelo Efraim Rocha, presidente da Orquestra e Coro Mestre Vicente.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Homenagem a Dom Luciano

MARIANA HOMENAGEIA ARCEBISPO DOM LUCIANO E INAUGURA CENTRO CULTURAL ARQUIDIOCESANO.
Hoje, dia 05 de outubro, comemoram-se os 80 anos de nascimento de D. Luciano Mendes de Almeida. A Arquidiocese de Mariana, por seu titular, Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, e a Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese (FUNDARQ) promoverão com a presença do prof. Cândido Mendes de Almeida e demais familiares de Dom Luciano, cerimônia alusiva à data.
Às 17h, a Associação dos Ex-alunos dos Seminários de Mariana (AEXAM) e a Academia Marianense de Letras prestarão homenagem a Dom Luciano depositando diante de seu busto, na Colina de São Pedro, uma coroa de flores, apresentando-se também, em momento literário, os jovens integrantes da Academia Infanto-Juvenil de Letras.
Às 18h30, haverá missa solene na Catedral Basílica cantada pelo coro dos alunos do Seminário São José acompanhado pela organista Josinéia Godinho ao Órgão Arp Schnitger.
Às 20h, inauguração do Centro Cultural Arquidiocesano Dom Frei Manuel da Cruz e do Centro de Documentação Dom Luciano Mendes de Almeida, no antigo Palácio dos Bispos. Durante o evento, será entregue a última etapa de restauração deste edifício colonial, um belo solar do Séc. 18. Nele, está instalado o Museu da Música e onde se hospedaram Dom Pedro II e a Imperatriz Thereza Cristina, em 1881.
Em seguida, será lançado o livro Dom Luciano, especial dom de Deus, de autoria da jornalista mineira, radicada em Brasília, Margarida Drumond de Assis, abordando a vida e obra do inesquecível arcebispo de Mariana.
Para Dom Geraldo Lyrio, o título do livro retrata substancialmente o biografado. Ao apresentar Dom Luciano, especial dom de Deus, assim se expressou o Arcebispo: “Que falta ele nos faz! (...) Dom Luciano era uma figura extraordinária: Irmão do outro, Doctor amoris causa, Homem de Deus, Servidor de Deus, Construtor da justiça, Mensageiro da Paz, Promotor da dignidade humana, Especial dom de Deus. A Autora nos apresenta Dom Luciano, que brilha com sua luz na constelação das grandes estrelas que iluminam o mundo e a igreja em nossa época”.
Na mesma programação, comemoram-se os 260 da criação do Seminário de Mariana. Fundado pelo primeiro Bispo de Minas, Dom Frei Manuel da Cruz, em 1750, é o único em funcionamento ininterrupto no Brasil. Nele, se instalaram, desde aquela época, os primeiros Cursos Superiores Mineiros (Filosofia e Teologia).
Para o diretor executivo da FUNDARQ, prof. Roque Camêllo, “as homenagens que serão prestadas a Dom Luciano, carinhosamente chamado o senhor dos humildes, são justas e oportunas. Além de nos deixar um legado de amor e respeito ao próximo, era um cidadão voltado para a Educação e a Cultura como direito de todos e instrumento de justiça social. A inauguração da etapa final da restauração do Palácio dos Bispos, local onde foram tomadas decisões tão importantes da História Mineira, coroa um esforço de Dom Luciano para que Minas não perdesse um monumento de tanta relevância. O trabalho iniciado em 2004, com o patrocínio da Petrobras, teve a colaboração de outras empresas como a Vale, a Samarco, a Caixa Econômica Federal e, agora, a participação do Governo Mineiro. Muito feliz é a determinação do atual Arcebispo Dom Geraldo Lyrio de homenagear o primeiro Bispo Dom Frei Manuel da Cruz e, junto, a memória de Dom Luciano, este dom especial de Deus para Minas e o para o Brasil ”.
Fonte: Merania de Oliveira, jornalista

Lançamento do livro “Dom Luciano, especial Dom de Deus, de Margarida Drumond.
A obra
“Dom Luciano, especial Dom de Deus” é um livro com 1022 páginas, publicado pela Editora da Universidade Candido Mendes (Educam), do Rio de Janeiro. Conforme Margarida Drumond, do processo inicial até à edição, foram mais de três anos de trabalho, com pesquisas e entrevistas, notadamente em Brasília, Mariana, São Paulo, Bogotá, na Colômbia; Roma, Florença e Turim, na Itália, locais de referência sobre Dom Luciano.
O livro possibilita uma maior proximidade com a vida de Dom Luciano Mendes de Almeida e sua caminhada na Igreja, desde 1947, com sua entrada na Companhia de Jesus (Jesuítas), até 2008, no segundo aniversário de seu falecimento.
No tocante à vida eclesial, a obra mostra um período dos mais significativos da Igreja no Brasil, “desde a criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em 1952, do Conselho Episcopal Latino-Americano – CELAM, em 1955, passando pela realização do Concílio Vaticano II e o pós-Concílio, acompanhando os pontificados de Pio XII a Bento XVI (...)”.
Contatos: Margarida Drumond de Assis – (61) 9252-5916.