terça-feira, 17 de julho de 2012

Marianenses banidos de festa cívica!

Quando Roque Camêllo, atual presidente da Casa de Cultura de Mariana, lançou a feliz ideia de transformar o 16 de Julho em Dia de Minas Gerais, na memorável reunião solene da Academia Marianense de Letras em 16.07.1977, o objetivo dele era incentivar o fervor cívico dos marianenses em reconhecer a importância de Mariana como a primeira vila, primeira cidade, primeiro bispado e arcebispado, a primeira capital de Minas Gerais e berço da civilização mineira.  
A ideia teve apoio do prefeito Jadir Macêdo, da então Câmara Municipal de Mariana, do governador Francelino Pereira e da Assembléia Legislativa de Minas Gerais que inseriu a comemoração cívica na Constituição mineira de 1989.
A partir de 1979, há 33 anos, o município e o Estado comemoram a data com a transferência simbólica da capital para Mariana e com a presença dos três poderes: o governador, o presidente da Assembléia Legislativa e presidente do Tribunal de Justiça.
Durante muitos anos, o acesso do público à majestosa Praça Minas Gerais para assistir às solenidades cívicas do Dia de Minas e de Mariana era livre e desimpedido. Toda a população marianense e os turistas poderiam espontaneamente entrar e sair da praça. Nos últimos anos, entretanto, quando as festividades do Dia de Minas passaram a ficar sob o comando e responsabilidade do governo estadual, as restrições ao acesso de público à praça começaram. Só poderiam entrar na praça pessoas credenciadas pelo poder público municipal e estadual.
As providências coercitivas, jamais esclarecidas pelas autoridades competentes, eram tomadas para evitar a realização de supostas  manifestações populares a favor de alguma causa. Este ano a restrição ao acesso à praça piorou: pessoas que seriam agraciadas e vereadores tiveram que se identificar para entrar nela. Até pessoas residentes no centro histórico de Mariana tiveram dificuldades para entrar e sair de sua própria residência. Um absurdo!
Resultado: as fotos do evento não deixam mentir, a praça ficou quase vazia, não houve participação popular.
Ora bolas, se todo ano agora for acontecer esse fato lamentável e antidemocrático, sugiro ao futuro prefeito de Mariana que o próximo Dia de Minas em 2013 seja realizado no Centro de Convenções, fechado só para os figurões da política e libere a Praça Minas Gerais para o povo comemorar com muita festa e alegria o nosso 16 de julho.
Afinal de contas, os marianenses e turistas não são marginais nem terroristas, estamos numa democracia e nós merecemos mais respeito por parte das autoridades públicas estaduais e municipais!

sábado, 14 de julho de 2012

Cada um por si, Deus por todos!

Revendo as fotos dos participantes do grupão ou blocão denominado Todos por Mariana e amplamente publicadas em todos os jornais locais, a impressão que deixaram para o eleitorado marianense é a de que o nome correto do então grupo político deveria ser Cada um por si, Deus por todos.
 Na verdade, todos queriam ser candidatos a prefeito e ninguém a vice. Por causa disso, cada um tomou um rumo diferente. O único que não apareceu nas fotos foi o atual prefeito, mas que tinha lá como representante o seu irmão que não perdia uma reunião...
Terezinha Ramos apareceu lá na foto, com o pessoal do DEM, mas não se arriscou a ser candidata. Comenta-se que ela estaria apoiando a candidatura do prefeito, já que seu filho é candidato pela coligação dele. Amigos assim nem precisam de inimigos, pois há tempos que já são muy amigos...
Vamos então tentar entender como o grupo político Todos por Mariana implodiu. 
Parte do pessoal que participava do grupão ou blocão Todos por Mariana virou Juntos por Mariana e a outra parte se transformou em candidatos autônomos, sem coligação com os demais componentes do blocão.
Juntos por Mariana
A coligação Juntos por Mariana lançou a candidatura do atual prefeito Roberto Rodrigues tendo como vice Altacir Rosa Barros. O dois principais partidos que dão sustentação política à coligação são o PTB e o PDT, ambos, respectivamente, liderados e presididos pelos latifundiários empresários da mineração. Os demais partidos coligados são PT, PC do B, PTN e PPL.
A coligação lançou 33 candidatos ao cargo de vereador. Disputam a reeleição por essa coligação os vereadores Ailda Ribeiro Anacleto (PT), Edson Agostinho de Castro Carneiro (Leitão) do PTN, Geraldo Sales de Souza (Bambu) do PDT; ex-vereadores Antonio Claret Gomes (Toni Claret), Jamil José Abjaudi, Benedito Gomes de Morais (Bené do Caminhão), Luiz Antonio da Silva e Brito (Luiz Soldado). O candidato José Jarbas Ramos Filho disputará o cargo de vereador no lugar de seu pai que não quis disputar a reeleição.
Partido Verde
O PV, que também participava do blocão ou grupão, preferiu lançar como candidata ao cargo de prefeita Sônia Azzi e como vice dela o Benedito Ferreira (Careca). Sem coligação com nenhum outro partido, lançou nove candidatos ao cargo de vereador. Destaque para a Elisabeth da Silva, Dra. Beth que, no passado, foi eleita vice de João Ramos.
Democratas (DEM)
Outro partido remanescente do grupo que implodiu, o Democratas, lançou Dr. Francisco Rodrigo Miranda (Dr. Rodrigo Miranda) tendo como vice Marlene Resende Fonseca. Também sem nenhuma coligação com outro partido, lançou oito candidatos ao cargo de vereador, entre eles, a Josíris Tavares Ferreira, esposa do ex-prefeito Cássio Brigolini Neme.
Partido da Mobilização Nacional (PMN)
Este partido entrou e saiu rápido do grupo. Lançou como candidato ao cargo de prefeito Francisco de Assis Ferreira Carneiro, o Chico da Farmácia e como vice o seu sobrinho Rodrigo Cota. Disputará as eleições proporcionais com quatorze candidatos ao cargo de vereador, sem coligação com outros partidos.
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Ao contrário dos partidos acima, o PSOL não participou do grupo Todos por Mariana. Lançou como candidata ao cargo de prefeita Neuza Maria da Trindade Soares (Neuza Zuzu) e como vice-prefeito o seu marido Domingos Sávio Soares. Sem coligação com outros partidos, sete candidatos disputarão o cargo de vereador pelo partido, um deles, Luiz Otávio da Trindade (Bizute), irmão de Neuza Zuzu.
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU)
Este partido também não participou do grupo Todos por Mariana. Lançou como candidato ao cargo de prefeito Valério Vieira dos Santos tendo como seu vice-prefeito Jorge Adalberto Rossoni Filho. Sem coligação com outros partidos, o PSTU lançou apenas um candidato ao cargo de vereador: Geraldo Marciano Ambrósio.
A Retomada do Desenvolvimento de Mariana
Com o apoio de uma coligação de quinze partidos políticos, liderada pelo PSDB e PPS, foi lançada a candidatura do ex-prefeito Celso Cota tendo como seu vice o ex-vereador Duarte Júnior. A coligação indicou sessenta candidatos para o cargo de vereador. Entre eles, vereadores que disputam a reeleição: Bruno Mol Crivellari, Juliano Vasconcelos Gonçalves, Marcelo Monteiro Macedo, Raimundo Elias Novais Horta, Fernando Sampaio de Castro, Reginaldo Antonio de Castro Santos; ex-vereadores Joaquim Sumidouro, Pedro Eldorado, Petrolina Viana Cardoso. 

Atualização: Os latifundiários empresários da mineração entraram com Ação de Impugnação de Registro da Candidatura do ex-prefeito Celso Cota na Justiça Eleitoral. Os latifundiários são ruins de votos nas urnas, não ganham uma, entretanto são excelentes especialistas no tapetão eleitoral. Apostam que Celso Cota deverá ficar fora das eleições de 2012 em Mariana.
A conferir!  

domingo, 8 de julho de 2012

Sonegação de informações

 O jornal A Semana, edição nº 430, de 04.07.12, divulga a seguinte notícia.
“Por seis votos a dois, a Câmara de Mariana arquivou o pedido de criação de Comissão Processante contra o prefeito Roberto Rodrigues (PTB). A denúncia é do cidadão Flávio Henrique Figueiredo Ferreira, que acusa o prefeito de “sonegação de informações”. Apenas os vereadores Juliano Duarte (PPS) e Ailda Anacleto (PT) votaram a favor da instalação da processante. Os demais parlamentares optaram pelo arquivamento. Segundo a denúncia, diversos requerimentos feitos pelos vereadores, com pedido de informações à Prefeitura de Mariana, não foram respondidos” (...)  
Sem entrar no mérito da decisão da Câmara, o cidadão Flávio Henrique, ao invés de procurar os vereadores, deveria pedir essas informações diretamente ao prefeito, com base na lei da transparência, quando ele seria obrigado por lei a prestar as informações solicitadas.  Caso as informações por lei não pudessem ser divulgadas, o prefeito ainda assim teria a obrigação de justificar por escrito as razões legais que o impediam a dar as tais informações. Mas jamais sonegá-las. Caso os pedidos de informações, com base na mesma lei, não fossem respondidos, os agentes públicos ficariam sujeitos a sanções punitivas.  
O mais grave e, ao mesmo tempo muito engraçado nisso tudo, é constatar que a denúncia do requerente da comissão processante foi baseada justamente no fato de que diversos requerimentos de informações dos próprios vereadores não teriam sido respondidos pelo prefeito. Na verdade, quem deveria tomar então providências contra esse suposto abuso de poder do prefeito seriam os próprios vereadores que teriam os seus pedidos de informação sonegados.  

Concerto especial no órgão da Sé

 A Série de Concertos Regulares do Órgão da Sé recebe, hoje, domingo, dia 8 de julho, o organista alemão Christian Schmitt, para um concerto especial. O organista, especializado em música sacra, vem ao Brasil como convidado do Consulado da Alemanha no Rio de Janeiro.   
O concerto, que acontece às 12h15, terá obras de J. S. Bach, Carl Philipp Emanuel Bach e W. A. Mozart, dentre outros.   
Ingressos no local - R$ 24,00 inteira.
Mais informações: 31/3558 2785 ou www.orgaodase.com.br

sábado, 7 de julho de 2012

Propaganda eleitoral liberada

Candidatos já podem fazer propaganda eleitoral
A partir de ontem, 6 de julho, a propaganda eleitoral está liberada para candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador nas eleições de 2012. Eleitores e candidatos devem estar atentos às regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Está proibido qualquer tipo de distribuição de brindes, tais como camisetas, bonés, canetas, cestas básicas ou outros produtos que favoreçam ao candidato. Os cartazes e placas em locais públicos também estão proibidos. Quem descumprir esta regra será notificado e terá 48 horas para remover a propaganda sob pena de multa que varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
O TSE permite a colocação de cavaletes e placas móveis ao longo das pistas e estradas, assim como bandeiras, faixas e mesas para distribuição de folhetos. Esse tipo de propaganda pode ser utilizado entre 6h e 22h. Propagandas em bens particulares, como casas e lojas, será permitida desde que não ultrapasse o tamanho de quatro metros quadrados e não pode ser paga. Outdoors estão expressamente proibidos.
Os carros de som e trios elétricos devem circular a uma distância mínima de 200 metros de escolas, hospitais, igrejas, bibliotecas e teatros. Os showmícios continuam proibidos.
Na internet está liberada a divulgação em sites e blogs dos candidatos, partidos e coligações devidamente registrados. Nas redes sociais, a divulgação também está garantida. Os concorrentes poderão, ainda, enviar mensagens eletrônicas para e-mails previamente cadastrados. As mensagens deverão possuir mecanismo que permita o descadastramento de quem a receber.
Nos jornais impressos, as mensagens deverão ocupar um oitavo da página e deverão conter o valor referente ao uso do espaço no jornal de forma visível. Também está autorizada a reprodução virtual das propagandas dos meios impressos.
A propaganda no rádio e TV começará no dia 21 de agosto e vai até 4 de outubro e será transmitida das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30 no rádio; e das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h na televisão.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A crise política dos vices

De acordo com informações vazadas pelos bastidores políticos, os outrora pré-candidatos, hoje já candidatos homologados pelas respectivas convenções partidárias, estão com sérias dificuldades para encontrar um candidato a vice e capaz de empolgar a sua coligação. A chapa ideal seria aquela em que o vice fosse de partido diferente do candidato a prefeito. Apesar de o cargo de vice-prefeito ser o mais cobiçado pelos politicos, pois além de não fazer absolutamente nada, mas ganha um ótimo salário, vários candidatos ao cargo de prefeito, no entanto, não estão  encontrando esse parceiro ideal, quando, pelos menos, dois partidos diferentes teriam interesse em trabalhar para conquistar mais votos em conjunto com a eventual coligação do grupo político, tanto na eleição majoritária para o cargo de prefeito quanto também na proporcional para a eleição de vereadores.
Parece-me, salvo melhor juízo, mesmo sendo um cargo muito cobiçado, a crise da falta de candidato a vice é decorrente de que ninguém quer ser vice de candidato ruim de voto. A exceção de Celso Cota que teve de administrar uma disputa entre dois correligionários que queriam ser seu vice, os demais candidatos, na falta de um vice ideal, estão adotando ora uma solução familiar, ora uma solução dentro do próprio partido.
Os candidatos Rodrigo Miranda e sua vice Marlene Fonseca do DEM, Sônia Azzi e seu vice Careca do PV usaram a fórmula partidária, enquanto o Chico da Farmácia e seu sobrinho Rodrigo Cota do PMN e Neusa e seu marido Sávio do PSOL usaram a fórmula familiar, maliciosamente denominada por um jornal local como chapas puro sangue...
Segundo ainda informações de bastidores políticos, o atual prefeito, Roberto Rodrigues, já candidato homologado em convenção por seu partido o PTB e com o apoio do PDT presidido por seu irmão, Walter Rodrigues, como não pode adotar uma solução familiar tipo puro sangue por deter cargo público, ainda está procurando um vice para compor a sua chapa. Os nomes mais cogitados, ainda segundo os bastidores,  seriam o do Dr. Altair, Dr. Altacir ou então do vereador Bambu.  
O Movimento Todos por Mariana, apelidado pela imprensa local como blocão ou grupão, implodiu por causa disso. Todos os seus componentes queriam ser candidatos ao cargo de prefeito. Ninguém queria ser vice de ninguém. Havia muitos caciques para poucos índios...