quinta-feira, 28 de março de 2013

Arlindo Diório abre exposição "Reflexos"

    Hoje, dia 28, às 17h30, na sede da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, Rua Frei Durão nº 84, Centro Histórico de Mariana, será aberta a exposição “REFLEXOS”, um conjunto de obras do artista ARLINDO DIORIO.
    São 13 quadros de tamanhos variados: redondo (60 cm diâmetro), retangulares e quadradas (35cm),  desenhos sobre vidros transparentes e espelhos usando  pincel marcador permanente para vidros e cola colorida. Exporá também painéis de PVC com impressão fotográfica sobre vinil adesivo, nas medidas de 60x60cm e 80x80cm, obtidos a partir da digitalização dos desenhos/pinturas nos vidros. O resultado é a intervenção digital e estilização dos originais por meio do software photoshop.
    O marianense Arlindo Diório  é artista plástico e atua há quase 20 anos como designer gráfico em Mariana e região. Cursou arte e tem pós-graduação em Educação Ambiental.  Possui cursos em informática avançada: softwares específicos para designer gráfico e web, internet. Já participou de exposições individuais e coletivas e é autor do livro: TOTEM - Poesia Concreta. Trabalha em campanhas promocionais e publicitárias com marcas, logotipos, nomes, cartazes, banners, outdoors, flyers, papelaria para escritórios, websites, banners virtuais, busdoor, backdoor, catálogos, livros, revistas, cd´s, filipetas.
   Na série a ser apresentada, o artista afirma que “transito entre o figurativo (que não é muito a minha característica) e o geometrismo abstrato. Sem ter também pretensão de enquadrar em algum estilo e sim o final, de alcançar o resultado da vibração e combinação de cores – além dos reflexos e transparência que o suporte (vidro) proporciona”.
    Diório define este trabalho/fase como um resultado multicolorido de um período muito denso, com dores e perdas, mas expressos em cor e vibração.
    Para a Acadêmica professora Marly Moysés a obra de Arlindo “representa um mergulho do homem, em sua própria natureza. À medida que se vai aprofundando a visão simbólica de sentimentos que aproximam o ser humano maduro, do seu eu - interior e de tudo que o cerca, evoca-se a transformação. Ou, quem sabe, um novo começo?”
     O presidente da Academia, prof. Roque Camêllo, diz que “o trabalho de Arlindo Diório confirma a vocação marianense dos seus filhos para as artes, uma terra que também acolhe com jubilo todos os vocacionados para tal, tornando a cidade um dos maiores celeiros de artistas do país”.
    A exposição “REFLEXOS” ficará aberta à visitação de 9h às 18h  até o dia 17 de abril e terá a presença do artista Arlindo Diório para dialogar com o público.

terça-feira, 19 de março de 2013

O PAC empaca ou desempaca?

O jornal A Semana, edição nº 466, de 7 a 13.03.2013, de tendência situacionista, publicou uma matéria jornalística, com o seguinte titulo e subtítulo: Prefeito quer R$ 130 milhões do PAC. Comitiva vai a Brasília garantir recursos para o patrimônio de Mariana.
    “O prefeito Celso Cota (PSDB) retornou otimista da viagem a Brasília e disse esperar a liberação de, pelo menos, R$ 130 milhões do PAC das Cidades Históricas para Mariana. Por quase uma hora, a comitiva da cidade apresentou aos técnicos do IPHAN e gestores do PAC as 37 intervenções mais representativas para o conjunto histórico.
    Na proposta de Mariana estão previstas a eletrificação subterrânea do sítio histórico, a restauração do conjunto arquitetônico da igreja de São Francisco que completa 250 anos em 2013, junto com a Casa do Conde de Assumar, a restauração completa da igreja da Sé e da Casa Capitular (Museu Arquidiocesano), revitalização do sítio histórico de Santa Rita Durão, intervenções no Largo da Capela de Santo Antonio, entre outras intervenções que totalizam cerca de R$ 130 milhões.
   A proposta de Mariana foi bem recebida pelo quadro técnico do IPHAN, por considerar que as intervenções estão com projetos concluídos, aptos a serem imediatamente licitados, (...)  Na próxima semana Mariana retorna a Brasília para apresentar projeto de Pavimentação e Saneamento junto ao Ministério das Cidades”.     
 Empaca
    Contraditando a noticia veiculada pelo o A Semana, o jornal “Território Noticias”, edição nº 117, de 15 a 28.03.2013, de tendência oposicionista, publicou uma matéria jornalística com o seguinte título: Mariana poderá ficar sem a verba do PAC das Cidades Históricas.
    “Anunciado com pompa e com direito a uma imensa comitiva, que viajou até Brasília, com dinheiro do contribuinte, para apresentar as propostas de Mariana no PAC das Cidades Históricas, Mariana poderá não ser contemplada com a verba de R$ 130 milhões para as necessidades de preservação do acervo histórico de Mariana, em 37 intervenções listadas pela prefeitura. O motivo é que o município até o dia 12/03 não tinha o Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP emitido pelo Ministério da Previdência Social. Sem esse documento, tornar-se-á impossível qualquer transferência, empréstimos, financiamentos de recursos federais para qualquer cidade do Brasil” (...)    
Meu comentário: como marianense, gostaria muito que tudo desse certo e que as 37 intervenções tão importantes e previstas no projeto fossem feitas em Mariana. Como São Tomé, vamos ver para crer. Cauteloso, irei guardar, como sempre, nos meus arquivos, os dois exemplares dos jornais acima citados. Daqui a um ano, se viver até lá, terei condições de saber se o PAC empacou ou desempacou!  

sábado, 16 de março de 2013

Julgamento transferido para BH

Acusados de matar João Ramos serão julgados em Belo Horizonte*
Os três acusados de assassinar o ex-prefeito de Mariana, João Ramos Filho, serão julgados pelo tribunal do júri de Belo Horizonte. A decisão é da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que aceitou o pedido da 2ª Vara de Mariana para que Francisco de Assis Ferreira Carneiro, Guaracy Goulart Moreira e Leonardo Stigert da Silva não fossem julgados na cidade.
Os desembargadores acataram os argumentos do juiz Pedro Câmara Raposo Lopes que apontou que “as circunstâncias e peculiaridades do caso predicam pelo desaforamento, pois que há fundadas dúvidas sobre a imparcialidade do Conselho de Sentença”, além do fato de haver “fundado temor de que o julgamento possa se transformar numa querela política entre hostes contrárias”.
No acórdão, publicado no último dia 07, o relator do caso, o desembargador Delmival de Almeida Campos , ainda citou trecho da representação pelo desaforamento, da lavra do juiz de Mariana, em que menciona que “a pessoa de João Ramos, prefeito da cidade de Mariana de 1973 a 1976, 1983 a 1988 e 1993 a 1996” (...) “foi assassinado no calor dos aprestos do pleito municipal de 2008 (data dos fatos: 15.maio.2008) “fato que deixou a população local indignada, “sendo a desditosa vítima referida amiúde como “pai dos pobres”.
O julgamento acontecerá no Tribunal do Júri de Belo Horizonte e ainda não tem data marcada.
*Fonte: jornal Território Notícias – edição 117, de 15 a 28.03.2013.
Memória política: no final da década de 1950, João Ramos foi condenado por um júri popular realizado aqui em Mariana por ter sido indiciado pelo então promotor de Justiça de Mariana, Ruy Canedo,  como suposto mandante do assassinato de seu tio em Cachoeira do Brumado. Atuou como advogado de acusação o Dr. Simão da Cunha. Inconformado com essa decisão, o advogado de João Ramos, Dr. Celso Arinos Mota,  recorreu e pediu o desaforamento do processo para Ouro Preto aonde foi julgado e absolvido. Agora a história do desaforamento do julgamento se repete: no passado julgado como suposto mandante do crime, no presente como vítima do crime. O desaforamento do processo pedido pelo juiz de Mariana e acolhido pelo TJMG para ser julgado em Belo Horizonte foi uma decisão sábia e prudente.               

quinta-feira, 14 de março de 2013

Por que os sinos não tocam?

   No tempo de Dom Silvério Gomes Pimenta, bispo e primeiro arcebispo de Mariana que, antes ser padre, ainda jovem, estudou no seminário de Mariana; no tempo de Dom Helvécio Gomes de Oliveira, segundo arcebispo de Mariana e que  governou a Arquidiocese durante 38 anos; no tempo de Dom Oscar de Oliveira, terceiro arcebispo de Mariana que, antes de ser padre, ainda jovem, também estudou no seminário, - todos os três  muito identificados com as tradições religiosas do município, - os sinos de Mariana tocavam anunciando à população católica marianense noticias religiosas alegres ou tristes.
   Desde a morte do papa Pio XII em 1953 até a eleição de Bento XVI, sou testemunha ocular de que os sinos de Mariana sempre se manifestaram ora por tristeza da morte, ora pela alegria da escolha de um novo papa.
   Na eleição do papa Francisco, os sinos de Roma, do Vaticano e do mundo inteiro tocaram, os de Mariana ficaram mudos num silêncio ensurdecedor. Hoje, os atuais dirigentes do clero marianense não conhecem a tradicional linguagem dos sinos de Mariana que sempre dialogaram com os católicos marianenses.
   Precisam urgentemente ler o livro Lendas Marianenses de autoria do saudoso jornalista, escritor e historiador Waldemar de Moura Santos, idealizador e um dos fundadores da Academia Marianense de Letras. Na pagina 230 do livro, sob o titulo A Voz dos Bronzes ele escreve sobre a belíssima linguagem dos sinos marianenses.
Por que os sinos não tocam mais? Uma boa pergunta!  

quarta-feira, 13 de março de 2013

Emancipações eleitoreiras

   O cinquentenário de emancipação de Acaiaca me faz lembrar a década de 1960, quando políticos mineiros transformaram Minas Gerais no estado brasileiro que tem mais municípios: 853.  São Paulo, o estado mais rico do país, por exemplo, tem a metade. Com isso, Minas se transformou não um grande estado, mas um estado grande.
   A maioria desses distritos transformados em municípios, até hoje, não tem a menor condição de sustentabilidade econômica e financeira. São municípios que vivem à custa do erário do Estado e da União, pois não são capazes de gerar receitas suficientes para sustentar as despesas de manutenção das prefeituras e das câmaras municipais.
   Foram emancipações eleitoreiras provocadas por líderes distritais que não tinham chances de se eleger prefeito ou vereador na cidade sede. A enxurrada de emancipações de distritos decadentes em municípios só favoreceu as lideranças políticas locais e os deputados que transformaram os então distritos em seus feudos eleitorais. Com raras e honrosas exceções, a emancipação dos distritos não melhorou a situação dos novos municípios, pelo contrário, piorou as condições socioeconômicas da população. Quem ganhou e muito com as emancipações foram, como sempre, os políticos que são regiamente pagos para serem prefeitos ou vereadores.
   Aqui em Mariana, quando houve a farra de emancipação de municípios na década de 1960, dois distritos foram emancipados: Acaiaca e Diogo de Vasconcelos. A emancipação deles foi muito boa para Mariana porque eram distritos deficitários, não geravam receitas, só despesas.
   Naquela época, Acaiaca e Diogo de Vasconcelos eram os dois maiores colégios eleitorais distritais de Mariana. Eles decidiam a eleição no município. Acaiaca era o tradicional feudo eleitoral da Direita, sob a liderança de Manoel Leandro Corrêa que foi prefeito de Mariana no período de 1950/1953. Diogo de Vasconcelos era o tradicional curral eleitoral da Esquerda, sob a liderança de Dr. Dante Guimarães Sampaio, três vezes candidato derrotado a prefeito de Mariana.
   Segundo o último Censo do IBGE realizado em 2010, Acaiaca hoje tem apenas 3.904 habitantes. No passado, havia muito mais gente morando lá. Qualquer bairro em Mariana tem o dobro ou até mesmo o triplo de habitantes de Acaiaca. Para sorte de Acaiaca, lá não houve o indesejável inchaço populacional que causa caos social como hoje infelizmente acontece em Mariana.
Observação: veja neste Blog o artigo “Farra da emancipação” publicado em 09.06.2008.            

domingo, 10 de março de 2013

TRE-MG mantém condenação de Roberto*

    O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) negou recurso especial ao ex-prefeito Roberto Rodrigues (PTB) contra a decisão que cassou seus direitos políticos por oito anos pelo crime de “abuso de poder político” nas eleições em 2012.
    A condenação é pelo fato de Roberto ter dado uma série de gratificações a servidores comissionados nos meses de junho, além de ter sancionada a lei que reestruturou as carreiras de engenheiros e técnicos de enfermagens.
    “São fatos graves que repercutem no equilíbrio do pleito e não podem ser visto na ótica eleitoral, como ato de mera gestão, restando configurado, assim, o abuso de poder político”, sentencia o presidente da Corte, desembargador Antonio Carlos Cruvinel, em sua decisão, publicada na quinta-feira (28), em  que confirma a condenação de Roberto e “não admite recurso especial” pedido pela defesa.
*Fonte: jornal “A Semana” – edição 466, de 7 a 13.03.2013.    

sábado, 9 de março de 2013

Dinheiro público mal aplicado

    No começo deste ano, no jornal O Monumento, órgão oficial do município de Mariana, edição nº 60, de 10 a 16.01.2013, li a publicação de duas Comunicações de Inadimplência referentes a duas empresa privadas em Mariana que teriam recebido verbas públicas municipais e não fizeram a devida prestação de contas e, portanto,  estão impedidas de celebrar novos convênios ou contratos com o município.
    Sem entrar no mérito da questão e com a autoridade de contribuinte que paga seus impostos municipais pontualmente, acho um absurdo que as autoridade municipais tenham a cara de pau de patrocinar com dinheiro público atividades lucrativas de entidades empresariais particulares. Para agradar e cooptar empresários comerciais, industriais, agropecuários e de comunicação, os prefeitos e vereadores, usando o dinheiro público, adoram realizar esses eventos. Não há parceria, O município, além de patrocinar, ainda cede espaços e funcionarios públicos para a realização de eventos lucrativos para o empresriado. O município entra com a verba e os empresários não desembolsam nada e ainda ficam com o lucro, além de não prestarem, algumas vezes, contas do dinheiro público recebido. Socializam os prejuízos e privatizam os lucros. Uma vergonha! Precisamos urgentemente acabar que esse tradicional e condenável  paternalismo municipal.  
    No meu entendimento, dinheiro público deve ser empregado somente no saneamento básico como o tratamento cientifico e não mentiroso da água, do esgoto e dos nossos rios, três prioridades absolutas de saúde pública que nenhum prefeito infelizmente até hoje teve a coragem de enfrentar, além da educação e da segurança pública.  

sábado, 2 de março de 2013

Autoridades desmoralizadas


   Compulsando meus arquivos, constatei que, desde o final do século XX até hoje, vários prefeitos, Ministério Público, Juízes de Direito, Policias Civil e Militar, através de decretos, portarias, comunicados e sentenças judiciais, tentaram em vão e não conseguiram coibir a poluição sonora em Mariana.  
Como já é do conhecimento público, a poluição sonora é provocada por um pequeno bando de jovens e coroas aloprados e deslumbrados que querem aparecer fazendo barulho. Animalescamente disputam entre si qual o que tem o aparelho de som mais potente. 
   Obviamente, pessoas civilizadas, bem sucedidas na carreira profissional e que estão felizes com a vida, não precisam fazer barulho para aparecer. Para um pessoal de alto nível cultural fazer um barulho deste seria considerado um cara brega e cafona.
Certamente o barulho infernal é praticado paradoxalmente por pessoas tímidas que têm carência afetivo-sexual e precisam chamar atenção da população. Pelo lixo musical que exibem, demonstram que têm baixo nível de escolaridade, são analfabetos funcionais, alguns até desempregados e o único patrimônio que eles têm na vida é um carro e um aparelho de som potente ambos, talvez, doados pelos próprios pais.
   É profundamente inacreditável que as ordens emanadas das autoridades públicas municipais e estaduais, como as dos prefeitos, do Ministério Público, dos Juízes de Direito, das Policias Civil e Militar e da Guarda Municipal coibindo a poluição sonora sejam ignoradas e desrespeitadas.
   Infelizmente, as nossas autoridades públicas são sumariamente desmoralizadas pelos marginais da poluição sonora que hoje se tornou um problema sério de saúde publica no nosso município. Lamentável!