terça-feira, 29 de outubro de 2013

Raul Bernardo Nelson de Senna +

Raul Bernardo Nelson de Senna, membro efetivo da Academia Marianense de Letras, faleceu no dia 26 de outubro, sábado, aos 82 anos, em Brasília, em decorrência de parada cardíaca durante uma cirurgia. Nasceu em Belo Horizonte em 21.08.1931.
Como secretário de Estado do Governo de Minas Gerais, governado por seu tio Israel Pinheiro da Silva, Raul Bernardo, por sua iniciativa, criou a Casa de Cultura de Mariana, a primeira de Minas e do Brasil com essa denominação. Por ocasião da inauguração da entidade cultural, foi afixada em frente ao prédio uma placa de bronze com a seguinte inscrição:

“Casa de Cultura – sede da Academia Marianense de Letras, primeira criada e instalada em Minas Gerais (Decreto nº 11.653, de 06.02.1969) pelo eminente Governador Dr. Israel Pinheiro da Silva, por iniciativa do Deputado Raul Bernardo Nelson de Senna, DD. Secretário de Estado do Governo”.
Mariana (MG), 18 de julho de 1969.

História
Raul Bernardo Nelson de Sena ingressou no serviço público brasileiro em 1952 como cadete do Exército e se formou pelo Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Belo Horizonte. Desde então ocupou diversas funções, entre elas, a de diretor de turismo e divulgação de Brasília, assistente jurídico do então prefeito do Distrito Federal para assuntos administrativos e econômicos, além de ocupar outras funções públicas em Minas. Ele foi, ainda, Procurador-Geral do Tribunal de Contas do Distrito Federal, em 1960 e também presidente da extinta Rede Ferroviária Federal S/A.
Na carreira política, teve três mandatos como deputado federal por Minas Gerais e um como deputado estadual na Assembleia Legislativa do estado de Minas Gerais, pleito no qual conseguiu o maior número de votos na legenda em 1966: 30.580.
Como jornalista trabalhou nos jornais “Tribuna de Minas” e “O Diário”, ambos em Belo Horizonte. Ocupou, também, a função de Diretor da Imprensa Oficial do Estado Minas Gerais. É autor do “A Ideia Política”, publicado em 1969.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Anistia Fiscal 2013

Os jornais de Mariana e da Região dos Inconfidentes, que circularam na semana passada, divulgaram meia página de anúncio institucional pago com o seguinte teor.

“Anistia Fiscal 2013 - Com desconto, fica muito melhor. Aproveite essa oportunidade para ficar em dia com a Prefeitura de Mariana. Procure o departamento de receitas, faça seu acordo e participe da construção de uma Mariana ainda melhor. Não perca tempo: os descontos valem até 20 de dezembro. Para mais informações, ligue: 3557-9079.
Você pode ganhar até 100% em juros, multas e correção monetária em suas dívidas.

Meu comentário: certa ocasião, o então chefe do departamento de receitas da prefeitura, em entrevista a um jornal daqui, declarou que a maioria dos contribuintes marianenses não paga impostos municipais. Conclusão da história: a minoria que paga parcelado, mas em dia, não recebe nenhum desconto, a não ser aqueles que pagam à vista. A anistia fiscal é um incentivo aos maus pagadores e uma desconsideração para os que pagam em dia os seus tributos. A propósito dessa contumaz sonegação fiscal do contribuinte marianense, em 12.12..2011, escrevi o seguinte artigo neste blog. 

Pagamento de impostos
Memória tributária
A mania que os contribuintes marianenses têm de sonegar impostos e taxas municipais é uma tradição histórica herdada desde quando os prefeitos da Direita ou da Esquerda, no século passado, tinham o condenável costume de cobrar impostos dos adversários e isentar os correligionários. Na época, por causa do fanatismo partidário, ganhando ou perdendo, o eleitorado assumia ostensivamente a sua posição política. A cidade era muito pequena e fingir que ganhou as eleições era uma tarefa muito difícil de acreditar. Ganhar eleição, portanto, significava que, pelo menos durante quatro anos, o contribuinte estaria isento de pagar impostos e taxas municipais. Hoje, com quase 60 mil habitantes, fica muito difícil em Mariana saber quem votou contra ou a favor. Mas o mau costume de sonegar continua ainda muito forte.
Tanto isso é verdade, que atualmente os prefeitos eleitos de Mariana, seja da Direita ou da Esquerda, como não podem mais por lei isentar o contribuinte, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade e improbidade administrativa, todo ano eles são obrigados a prorrogar o prazo de pagamento dos tributos. Mas mesmo assim, grande parte dos contribuintes não paga as contas e elas são transferidas para a dívida ativa do município para futura cobrança judicial. Até hoje, nenhum político teve a coragem de tratar de verdade da água, com receio de ter que cobrá-la pelo seu uso, o que incentiva o atual e criminoso desperdício de água e consequente falta dela nos longos períodos de estiagem que ocorre no período de abril a outubro de cada ano.
A sociedade marianense, com raras e honrosas exceções, está tão mal acostumada a ter tudo de graça que quaisquer eventos cívicos, religiosos, políticos, empresariais, culturais, artísticos e esportivos, alguns até com fins lucrativos para a iniciativa privada, sempre precisam ter o patrocínio exclusivo do município. Não há parcerias. A sociedade entra com o projeto, a ideia, enquanto o município sozinho entra com a verba pública, bancando as despesas, socializando o prejuízo e privatizando o lucro. São os políticos marianenses fazendo bondade eleitoreira com o dinheiro do povo. Haja patrocínio!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico

Presidente da Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico traça metas e planeja atividades
O presidente da Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico da OAB/MG, Roque José de Oliveira Camêllo se reuniu com o presidente da Seccional, Luís Cláudio Chaves, com a secretária-geral, Helena Delamonica e com o diretor institucional, Joel Moreira na noite da última segunda-feira (21/10).
Durante o encontro, eles discutiram sobre as metas e o planejamento das atividades que serão desenvolvidas pela comissão no final deste ano e nos próximos dois anos.
Segundo Roque Camêllo, a comissão já foi devidamente criada e instalada, sendo que será possível a posse dos membros assim que ela for completamente formada. Ele acrescentou que pretende convidar integrantes das seguintes subseções para fazer parte da comissão: Mariana, Ouro Preto, Poços de Caldas, Governador Valadares, Congonhas, São João Del Rei, Tiradentes, Diamantina, Sabará, Serro, Paracatu, Minas Novas, Santa Bárbara, Barbacena, Campanha, Montes Claros, Juiz de Fora, Uberlândia, Sete Lagoas, dentre outras.
Roque Camêllo ainda salientou que o objetivo da comissão é valorizar as raízes históricas do povo mineiro. “Preservar a história é não apenas reverenciar o passado, mas construir os caminhos que constroem o futuro. O povo que sabe de onde veio sabe traçar o seu próprio destino. Minas Gerais, não sendo o mais velho estado da federação e, no entanto, é o estado do equilíbrio nacional, representa os anseios de todo povo brasileiro que prima por privilegiar o sentimento libertário a exemplo dos Inconfidentes”.

sábado, 19 de outubro de 2013

Obsessão doentia pela vaidade

Certa ocasião, um intelectual vaidoso, mas bastante magoado, chegou perto de mim e me confidenciou e se queixou amargamente de as instituições públicas, privadas, esportivas, empresariais, acadêmicas, culturais e artísticas de Mariana de não darem a ele o tratamento que acha que merece como intelectual que é, pois nunca recebeu uma medalha, um diploma, títulos de cidadania honorária, de destaques, de marianense ausente, comendas de mérito cultural, educacional e social.
De forma irônica e debochada, comentei: você é uma espécie em extinção, pois a coisa mais difícil em Mariana hoje é encontrar alguém que nunca recebeu uma homenagem, pois, se você for cara de pau, basta pedir, pagar ou então fazer o famoso e franciscano troca-troca de honrarias, ou seja, é dando que se recebe...
Hoje em Mariana, segundo pesquisa que fiz, são distribuídas por ano mais de 200 condecorações. Uma verdadeira farra honorifica! Só uma empresa privada de comunicação distribui 100. No Dia de Minas, são distribuídas mais de 50 medalhas. No legislativo municipal o critério usado para o agraciamento de pessoas não é o mérito, mas o numérico e eleitoreiro: cada vereador tem o direito de escolher seu agraciado. Na legislatura passada, eram dez, hoje são quinze vereadores. Você multiplica isso com as quatro homenagens que a edilidade marianense faz todo ano e serão 60 os agraciados.

Cidadania honorária
No passado, a Câmara só homenageava o cidadão honorário. A edilidade marianense, em nome da instituição, escolhia apenas uma pessoa para receber o honroso titulo. Eram raríssimas as solenidades de escolha de cidadão honorário. Eram escolhidas pessoas ilustres, beneméritas, altruístas, abnegadas e que fizeram de fato na área educacional, cultural e social grandes obras para a nossa cidade. Nessa ocasião, receberam o titulo de cidadania honorária pessoas, por exemplo, do gabarito de Dom Oscar de Oliveira, Monsenhor Vicente Dilascio, Francisco Afonso Noronha, José Alencar da Silva, pessoas que, pelo o muito que fizeram por Mariana, dispensam apresentações.
Hoje não, o que importa é a quantidade e não a qualidade, só serve mesmo para sustentar o ego, a megalomania doentia de pessoas que têm uma verdadeira obsessão incurável pela vaidade pessoal.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

300 Anos de fé e história*

Catedral da Sé – Primeira sede de bispado do interior do Brasil, matriz de Mariana celebra o tricentenário com a presença de embaixador do Vaticano

Gustavo Werneck

Mariana, Primeira vila, diocese, cidade e capital de Minas. Batizada com nome de uma rainha – homenagem a Maria Ana d´Áustria, mulher de dom João V, que reinou em Portugal de 1706 a 1750 -, Mariana, na Região Central de Minas, guarda outro pioneirismo na sua história: tem a primeira catedral do interior do Brasil... Com início da construção em 1713, a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida como Catedral da Sé, no Centro, vai comemorar o seu tricentenário do inicio de sua construção a partir do dia 20, com missas, apresentações culturais, vigílias, visitas guiadas de estudantes, exposições e outras atividades.
“Ela marca o início da evangelização em nossa arquidiocese, que engloba 79 municípios”, diz o titular da paróquia, padre Nedson Pereira de Assis.
Um ponto alto da celebração oficial dos 300 anos será dia 24, quando o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, ao lado de autoridades e fiéis, receberá o núncio apostólico (embaixador do Vaticano) dom Giovanni D`Aniello. Às 18,30, haverá celebração eucarística em ação de graças presidida pelo núncio e concelebrada por arcebispos, bispos e sacerdotes. No dia 27, às 17,30, terá início a procissão com a primitiva imagem de Nossa Senhora da Conceição, saindo da Capela de Santo Antonio em direção à Praça da Sé. Na chegada, haverá coroação de Nossa Senhora.
A catedral basílica é tombada desde 1939 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Segundo estudiosos, o inicio da construção se deu em 1709, mas a comissão organizadora dos festejos se baseou nas pesquisas do historiador mineiro Diogo de Vasconcelos (1843-1927), para quem o ano correto é 17l3. Olhando o interior do templo, que será restaurado, a partir de 2014 – com verba de R$ 18 milhões do Programa de Aceleramento das Cidades Históricas para serviços na estrutura, cobertura, elementos artísticos, parte elétrica e outros – padre Nedson diz que as parede são de taipa e os pilares de madeira. São 11 altares, sendo o de Nossa Senhora da Conceição executado pelo português José Coelho Noronha (1704-1765), mestre de Antonio Francisco Lisboa, o aleijadinho (1730-1814). Já os dois retábulos do cruzeiro, consagrados a Nossa Senhora do Rosário e São Miguel, sofreram influência dos que foram executados, em 1746, para a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, na vizinha Ouro Preto, pelo português Xavier de Brito, falecido em 1751.

Marco

Na sua casa, na rua Direita, o historiador e integrante do Coral Madrigal Mariana Rafael Arcanjo Santos guarda uma série de documentos sobre a igreja que fica a poucos metros. Com orgulho, ele cita momentos importantes dessa história, como o ano de 1906, quando Mariana se tornou arquidiocese, também a primeira do estado; e 16 de julho de 196ª, ao ser elevada a catedral, por determinação do papa João XXIII, à categoria de basílica menor. “Era criança, mas me lembro bem, pois a imagem original de Nossa Senhora Aparecida veio de Aparecida (SP) para a solenidade presidida pelo arcebispo de Mariana dom Oscar de Oliveira. Foi uma festa bonita”, recorda-se.
Rafael ressalta que, da Arquidiocese de Mariana, saíram dois ex-presidentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006) e o atual arcebispo, dom Geraldo Lyrio Rocha. “O presidente da CNBB e bispo de Aparecida, dom Raimundo Damasceno, estudou no seminário de Mariana”, afirma.

Outro marco é o órgão musical da catedral, construído no século 18, em Hamburgo (Alemanha), por Arp Schnitger (1648-1719). Enviado a uma igreja franciscana em Portugal, o instrumento chegou em 1753, como presente da Coroa portuguesa ao primeiro bispo da cidade, dom Frei Manoel da Cruz. Entre os exemplares sobreviventes da manufatura Schnitger, trata-se de um dos mais bem conservados e o único que se encontra fora da Europa. Os concertos ocorrem às sextas (11,30) e domingos (12,15) a cargo das organistas Josinéia Godinho e Elisa Freixo, que se revezam nas apresentações.
(...)
Fonte: jornal “Estado de Minas”, de 10.10.2013.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Centenário de Padre Mendes

Centenário do Padre Mendes, figura exponencial do Magistério Mineiro

EMÍLIO IBRAHIM (*)


Sinto-me deveras emocionado ao prestar este singelo depoimento, ao ensejo do transcurso do centenário desse extraordinário mestre, que representa o mais marcante símbolo das atividades do meu querido e prestigiado Colégio Arquidiocesano na formação da mocidade de Ouro Preto. A celebração desse evento de extraordinária significação para todos nós tem a organizá-la as figuras ilustres de diversos professores, que divulgaram um incisivo apelo para que os que privaram da amizade e do convívio do Padre Mendes, contribuíssem com o aporte de notícias, episódios e escritos diversos, no sentido de ser feita uma compilação de dados para a elaboração de uma publicação comemorativa dessa importante efeméride.

Na realidade, as homenagens que ora presto a esse emérito professor, de tantas gerações mineiras, traduzem o reconhecimento inconteste do papel por ele desempenhado na difusão de conhecimentos variados, em que o emérito mestre pontificou, sempre com a sua comprovada proficiência, notadamente no domínio e capacidade de transmissão do saber dos mais intrincados meandros da língua portuguesa. Tanto é verdade que consolidou seus sábios ensinamentos, generosamente difundidos entre seus discípulos, na sua obra notável "Análise Sintática", reconhecidamente uma abordagem, em âmbito nacional, inédita e exaustiva, desse capítulo importante do idioma pátrio, em defesa da prevalência da norma culta sobre a avalanche do medíocre linguajar corrente, descompromissado e atentatório aos cânones rigorosos e escorreitos seguidos pelos nossos escritores clássicos.

Mas, a amplitude da atuação do Padre Mendes não se restringiu à língua portuguesa. Também o latim, o francês e o idioma inglês foram por ele religiosamente cultivados e difundidos, objeto também do seu magistério dedicado e sábio, do que nos dá mostras a publicação da sua obra intitulada American English.
Padre. Mendes, ao lado da sua brilhante trajetória no campo do ensino, demonstrou também possuir excelentes dotes de empreendedor, ao conceber, realizar e manter, na qualidade de fundador e construtor de sua sede, o nosso querido Grêmio Literário Tristão de Ataíde - GLTA, a que me orgulho de pertencer, o qual nos propicia o agradável convívio, ao abrigo das letras pátrias, numa comunhão de sentimentos e de fervor literário, que periodicamente se renova. A propósito, lembro-me de que uma das mais caras emoções da minha vida foi presidir, em 1981, a reunião do aniversário de 43 anos do nosso sodalício, com a honrosa presença do seu patrono, o grande pensador e filósofo brasileiro, sobre quem sentenciei, na ocasião: "a figura invulgar de Tristão de Ataíde, que nos leva a refletir, com um pensamento dele próprio, que bem retrata a nossa época e que, uma vez mais, reafirma a sua larga visão e o seu enorme talento de pensador católico: diz-nos, assim, o grande mestre: "Estamos no crepúsculo de uma era e na aurora da outra (...) A ciência não suplantou a fé, eis o balanço que o século XX nos apresenta, mas a fé pode vir a suplantar a ciência, no decurso do próximo século. A expressão concreta da ciência é o domínio da razão, como a expressão concreta da fé é o domínio do coração. "E só da união entre a razão e o coração é que pode resultar o verdadeiro respeito à personalidade humana".

Pois bem, a grande lição que nos deixou o nosso querido Padre Mendes foi exatamente esta simbiose entre a razão e o coração, entre o saber e os sentimentos, que ele cultivava com amor e com ardor inexcedíveis, não sobrepondo a sua erudição a uma das mais caras razões do coração, esse microcosmo de emoções, ao qual o festejado filósofo francês Blaise Pascal se referia como um órgão que "tem razões que a própria razão desconhece". É que Padre Mendes foi pródigo em manifestações de solidariedade e sadia convivência com seus discípulos, a que não esteve ausente a sua participação ativa e sempre constante nas pelejas esportivas, não raro por ele utilizadas para a difusão de seus conhecimentos lingüísticos, ao corrigir, no calor das disputas, os eventuais deslizes gramaticais de seus alunos.

Por último, devo confessar ser esta a minha visão indelével e imorredoura desse homem de Deus, que marcou sua vida com uma trajetória voltada para a felicidade do próximo e para a formação cultural e religiosa de tantas gerações de nosso país, memória que, indubitavelmente, permanecerá viva, anos afora, como incentivo à prática do bem e à aquisição de conhecimentos por parte de nossa juventude.

(*) Engenheiro, sócio honorário do GLTA, membro da Academia Marianense de Letras e ex-Secretário de Obras e Serviços Públicos dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.