sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Posse de Márcio Vasconcelos na Academia

Márcio Valadares Vasconcelos toma posse na Academia Marianense com homenagem ao benemérito Raul Bernardo Nelson de Senna

A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras empossa o escritor e poeta MÁRCIO NOGUEIRA VALADARES VASCONCELOS na Cadeira Nº 31 cujo Patrono é NELSON COELHO DE SENNA. O titular anterior foi RAUL BERNARDO NELSON DE SENNA, grande benemérito da Academia. A solenidade será hoje, 19 de dezembro, às 19h30, na sua sede, rua Frei Durão nº 84,Centro Histórico.
O acadêmico, jornalista GUSTAVO NOLASCO, fará a saudação ao recipiendário.
O advogado Márcio Vasconcelos nasceu em Belo Horizonte. É descendente de marianenses como Dona Joaquina de Pompéu e de Diogo de Vasconcelos. É sobrinho neto do político Benedito Valadares e casado com Joana D’Arc, filha da marianense Maria Zadra, de Passagem de Mariana.
Além de sua formação jurídica, domina diversos idiomas. Concluiu licenciatura em Inglês pela FAFICH da UFMG, após aprovação em exames de proficiência pelas Universidades de Cambridge (Inglaterra), Michigan e Illinois (Estados Unidos). Foi professor do ICBEU, Yazigi e em cursos preparatórios para vestibular, em Belo Horizonte, na década de setenta. Durante sua vida internacional, adquiriu amplos conhecimentos de italiano, francês, alemão e espanhol. Sua longa experiência pela Europa, Estados Unidos e Oriente lhe deu uma visão abrangente do direito internacional e da política mundial.
Em 1979, aceitou o desafio de trabalhar na consultoria jurídica da Construtora Mendes Junior no Iraque. Logo depois, eclodiu a guerra Iraque-Irã que Márcio vivenciou, por oito anos. Em seguida, deu-se a crise do Golfo, de 1990, culminando em conflito com os Estados Unidos e aliados. Enfrentou desafios profissionais e viagens a diversos países pela empresa. Esta movimentada trajetória se deu dentro do contexto quando residiu no Iraque trabalhando com outros brasileiros que fizeram história nas terras mesopotâmicas. Dois dos seus filhos têm a marca da história universal porque como diz “são nascidos às margens do Rio Eufrates cujas águas a Humanidade bebe, há milênios”.
De sua autoria, “No Iraque, hoje, basta estar vivo” foi matéria de primeira página do caderno internacional do Jornal do Brasil, de 07 de outubro de 1990, com chamada de capa em destaque com o título Carta de Bagdá.
Seu “Para Sempre Bagdá” revela momentos marcantes da história contemporânea do Iraque, com mensagens e reflexões de alcance universal, sem ser mero livro de história. Descortina tradições islâmicas e aspectos culturais, políticos e ideológicos em guerras de Saddam Hussein. São estórias dentro da História, dela inseparáveis. Ficção e não ficção se mesclam, em perfeita harmonia. O autor se projeta como narrador e protagonista de fatos vividos, não raro ao lado de personagens que parecem reais, sem desprezar o tempero da fantasia e do humor, na dose certa, para tornar gostosa a leitura da obra. Além de suas inserções na História, fazendo o registro de fatos por ele testemunhados, Márcio Vasconcelos transita pelo universo poético com seu livro “Poesias dos meus sessenta”.
Na sessão de posse do escritor Márcio Vasconcelos, a Academia Marianense de Letras prestará homenagem ao falecido acadêmico Raul Bernardo Nelson de Senna, benemérito da Instituição, que, como Secretário de Governo do então Governador Israel Pinheiro, conseguiu a desapropriação e a doação do imóvel, sede da Academia, em 1969. Este solar foi a primeira Intendência de Minas durante parte do século 18.
Nos anos sessenta, além de o proprietário desejar vendê-lo, encontrava-se o imóvel em precárias condições, sujeito a possível desabamento. Para que isto não acontecesse, procurou-se a intervenção do Secretário de Governo Raul Bernardo Nelson de Senna.
O secretário, que tinha raízes marianenses como neto de Maria Emília Gomes Cândido, por sua vez descendente do juiz e político Antônio Gomes Cândido, atendeu aquele pedido. Assim, em 18 de julho de 1969, o Governador Israel Pinheiro, acompanhado de Raul Bernardo, de outros Secretários de Estado e do Ministro Mário Andreazza, entregou solenemente o histórico solar à Academia Marianense de Letras que, em 2014, completou 52 anos de fundação.
Os integrantes da ACADEMIA INFANTOJUVENIL DE LETRAS, sob a coordenação da Acadêmica professora. Hebe Rola, prestarão homenagem à memória do Dr. Raul Bernardo e ao novo acadêmico Márcio Valadares Vasconcelos.
Roque Camêllo, Presidente

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Restauração da Catedral e Órgão da Sé de Mariana - 30 Anos!

                                               Restauração da Catedral e órgão da Sé de Mariana


Memória artístico-cultural

Mariana comemora nos dias 8 e 9 de dezembro de 2014 os 30 anos da restauração da Catedral Basílica da Sé e de seu famoso órgão Arp Schnitger.
Justo preito de gratidão e louvor
Na ocasião, o então benemérito Arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira, escreveu a seguinte carta de agradecimento.

"Nesta formosíssima data, em que é esplendidamente reinaugurado o quase tricentenário Órgão da Sé-Catedral da primeira Diocese das Minas Gerais, também ela totalmente restaurada, cumpre-me o grato dever de, em nome da Arquidiocese de Mariana, render o preito de perenal agradecimento a todas as Entidades e Empresas que, generosamente, colaboraram nas obras de restauração e festividades.
Porém, muito especialmente, cabe-me a alegria de relevar a decidida cooperação da CEMIG, através de tantos de seus funcionários, dentre os quais o então Exmo Sr. Presidente Dr. Francisco Afonso Noronha, a quem confiei, em 1978, a coordenação das obras de restauração, bem como o Exmo atual Presidente da CEMIG, Dr. Mário Penna Bhering, que, nobremente, ofereceu todo apoio desta grande empresa ao antigo Presidente, para que se concretizasse a beleza deste imortal evento.
Mariana, 08 de dezembro, festa de Nossa Senhora da Conceição de 1984.
Dom Oscar de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de Mariana".

Histórico
Em 31 de agosto de 1978, Dr. Francisco Afonso Noronha recebe de Dom Oscar de Oliveira a honrosa incumbência de promover a restauração da Igreja Catedral e de seu órgão barroco, ambos de grande tradição histórica, religiosa e cultural. No final de 1978, o órgão voltaria para Hamburgo para consertar, instrumento que em 1701 saíra das oficinas do mestre Arp Schnitger para Mariana. Lá para conserto o órgão permaneceu durante seis anos.
Em convênio assinado com a Arquidiocese, o IPHAN ficou encarregado de restaurar o templo, enquanto o CECOR – Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG ficou encarregado da restauração da caixa do órgão. Em 1° de outubro de 1984, chega a Mariana, para montagem, o órgão da Sé.
Finalmente, no dia 8 de dezembro de 1984, o velho órgão da Sé, emudecido desde 8 de dezembro de 1937, há 47 anos, voltou a funcionar.

Concerto de Mariana
Nos dias 8 e 9 de dezembro de 1984, na Catedral Basílica da Sé de Mariana, tivemos duas memoráveis apresentações da Orquestra Brasileira de Câmara e Coro, regido pelo maestro suíço Michel Corboz, além do protagonista da festa o famoso órgão Arp Schnitger tocado pelo organista francês, Francis Chapelet.
Recebendo um convite pessoal do saudoso e benemérito arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira, tive a honra e o privilégio de assistir aos dois maravilhosos concertos. A orquestra e coro eram constituídos por músicos e cantores de diversas nacionalidades de renome internacional. Para se ter noção da grandiosidade artístico-cultural dos dois concertos, a orquestra era composta por 12 violinistas, 4 violeiros, 4 violoncelistas, 2 contrabaixista, 2 oboístas,1 fagotista, 2 trompistas, 1 trompetista e 1 cravista. O coro era constituído por 12 sopranos, 11 contraltos, 8 tenores e 10 baixos.

Programa das comemorações
Dia 8 de dezembro de 1984, Missa Solene, às 10 horas, na igreja da Sé
Missa em Fá Maior de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita.
Kyrie/Glória/Credo/Sanctus/Benedictus/Agnus Dei
Solistas
Brigitte Fournier, soprano
Brigitte Balleys, contralto
Marcos Thadeu, tenor
Jaques Bona, baixo
Orquestra e Coro sob a regência de Michel Corboz

Dia 8 de dezembro às 19 horas
Dia 9 de dezembros às 20 horas – Catedral da Sé de Mariana
Concerto (1ª Parte)
J.E. Lobo de Mesquita
Ladainha in Honorem Beatae Mariae Virginis
G.F. Haendel
Concerto em Fá Maior n° 4 para órgão e orquestra
Solista: Francis Chapelet (órgão)
J. S. Bach
Cantata BWV 69 para contralto
Órgão, Coro e Orquestra
Solistas: Brigitte Balleys, contralto
Francis Chapelet, órgão
Concerto (2ª Parte)
J. S. Bach
Concerto Duplo em Ré para violino, oboé e orquestra
Solistas: Maria Vischnia (violino) e Manfred Clement (oboé)
J. S. Bach
Cantata BWV 10 para Vozes Solistas – Coro e orquestra (“Minha Alma Glorifica o Senhor”) – Coro/Ária/Recitativo/Ária/Dueto/Recitativo/Coro
Solistas: Helle Hinz, soprano – Brigitte Balleys, contralto – Marcos Tadeu, tenor e Jacques Bona, baixo
Antonio Vivaldi
Salmo n° 111 “Beatus Vir”, para Solistas, Dois Coros e Duas Orquestras
Solistas: Brigitte Fournier, soprano – Jacques Bona e Amaro Soren, baixo
Regencia: Michel Corboz

Recital de Órgão
Dia 09 de dezembro de 1984 – às 17 horas
Programação: composições musicais de Pedro Araújo, Francisco Correa de Arauxo, Antonio Mestres, Nicolas de Grigny, Dietrich Buxtehude e J. S. Bach.
Ao órgão: Francis Chapelet, organista titular da Igreja de Sant Séverin em Paris.

Observação: após alguns meses da histórica restauração da Sé e do órgão, os organizadores das festividades lançaram um álbum contendo dois discos de vinil, long-play, dupla face, além de um opúsculo contendo dados técnicos, históricos, artísticos e culturais sobre o órgão, composições musicais e seus autores e também sobre a restauração da igreja da Sé.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Restauração do Órgão da Sé

Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ)

Celebração do 1º restauro do ÓRGÃO ARP SCHNITGER DA CATEDRAL DE MARIANA.
Em 08 de dezembro, completam-se 30 anos da primeira restauração do Órgão Arp Schnitger da Catedral de Mariana. Em 1984, após 5 décadas em silêncio, voltou a funcionar, apresentando-se, naquela solenidade, famosos organistas europeus com corais brasileiros.
Em 1978, o Arcebispo Dom Oscar de Oliveira pediu ao Governador de Minas, Aureliano Chaves, apoio para restaurar o Órgão, um presente de Dom João VI ao primeiro Bispado do Interior do Brasil, localizado em Mariana já elevada, em 1745, à categoria de cidade, recebendo o nome da esposa do mandatário português, Dona Maria Ana D’Áustria.
O Governador indicou o então presidente da CEMIG, Dr. Francisco Afonso Noronha, culto engenheiro e especialista em música clássica para que assumisse aquela empreitada. Com investimento de empresas coordenadas por Francisco Noronha, o instrumento foi levado para a Alemanha passando por ampla reforma nas oficinas de RUDOLPH VON BEKHERATH. Desde 1984, o Arp Schnitger de Mariana vem cumprindo extensa programação nas celebrações litúrgicas, além dos concertos regulares, didáticos e os internacionais.
Entre 2000 e 2002, com o patrocínio da PETROBRAS e outras empresas, foi realizada pela Bernhardt H. Edskes uma 2ª restauração visando alcançar o máximo da originalidade do instrumento, fabricado, em 1701, pelo célebre organeiro de Hamburgo, Arp Schnitger, o mesmo que Sebastian Bach contratava.

Hoje, domingo (7/12), às 12h, haverá um concerto comemorativo na Catedral quando a Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ) homenageará os beneméritos da restauração do mais importante instrumento musical do Brasil, Dr. ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA (In Memoriam) e Dr. FRANCISCO AFONSO NORONHA, inesquecível líder de sua realização.
A organista Eliza Freixo executará peças especiais com a participação do flautista MAURÍCIO FREIRE.
Ainda como forma de marcar as três décadas do primeiro restauro, os ingressos para alguns concertos do mês de dezembro terão preços simbólicos. As apresentações dos dias 12, 14, 19 e 21 de dezembro terão valor único de R$10,00 – inteira - e R$5,00 - meia entrada.
Esses concertos de dezembro são temáticos, com repertório natalino para órgão. Além das diversas variações de cantos religiosos e populares dos séculos XV a XVIII, obras chamadas de Pastorais que eram muito comuns, à época. Estas peças procuram recriar a atmosfera de paz na qual os pastores se encontravam quando receberam dos anjos a notícia do nascimento de Jesus. O público terá também a oportunidade de ouvir outro repertório natalino, os Noéis que são melodias francesas de origem popular.
Roque Camêllo
Diretor-executivo da Fundação Cultural da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ)

sábado, 15 de novembro de 2014

Multa e corte para quem desperdiçar água

Desperdício de água pode gerar multa em Mariana*
Em meio a seca prolongada com os níveis de água dos mananciais baixos, os vereadores aprovaram na segunda-feira (10) um projeto de lei de autoria do Executivo Municipal que coíbe o uso não racionalizado de água potável distribuída para uso humano. Quem desperdiçar água em Mariana poderá ser multado. Para entrar em vigor, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Celso cota.
Com a lei, os agentes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) poderão multar quem estiver desperdiçando água, como por exemplo, lavando calçadas, regando jardins e gramados ou lavando veículos com o uso continuo de água. A lei é mais uma ferramenta no combate ao desperdício e para criar a cultura do uso racional da água, evitando que o município venha propor racionamento ou suspensão do abastecimento. O objetivo é conscientizar a população.
“Como todos sabem, a cidade, bem como todo o país, vive um problema ambiental que é a escassez de água disponível para consumo, e os impactos tendem a ser cada vez mais graves. Acredito que a medida tende a ser eficaz em seu propósito. Ajudando no controle de água. É preciso mais consciência no uso em qualquer instancia”, avalia o diretor executivo do SAAE Mariana, Valdeci Fernandes.

Valores
De acordo com a lei aprovada, a multa para quem estiver desperdiçando água é de 20 UFM (Unidades Fiscais do Município) sendo que cada unidade UFM equivale a R$ 1,89. O infrator também terá o corte do fornecimento de água por 24 horas. O desperdício poderá ser denunciado pelos cidadãos ao SAAE, para que providências sejam tomadas, assim como a apuração das responsabilidades pelo desperdício e aplicação das penalidades.

Economia
O SAAE de Mariana informa ainda que o horário entre as 18 h e às 20 h é o momento de maior consumo em toda cidade. Dessa forma, quem puder evitar tomar banho, lavar roupa ou utensílios domésticos nesse horário ajuda na preservação da água. Para denúncias, sugestões ou reclamações disque 15 ou (31) 3557-9300.
*Fonte: jornal “O Liberal” – edição 1120, de 10 a 16.11.2014.

Meu comentário
O Prefeito, por ter enviado para a Câmara o projeto de lei, faltando apenas a sua sanção, e os vereadores por tê-lo transformado em lei, todos, portanto, estão de parabéns. Em vários artigos publicados neste blog sempre afirmei que o desperdício de água em Mariana chega a ser criminoso. Como não se paga nada pelo uso e abuso da água, parte da população inescrupulosa da cidade e que não gosta de pagar impostos municipais se acha no direito infame de desperdiçar o hoje, mais do que nunca, precioso liquido. Mas para que a lei saia do papel e seja obedecida e cumprida será necessária que haja uma fiscalização rigorosa capaz de punir os infratores. No meu entendimento, enquanto a água não for cientificamente tratada como deveria ter sido feita há muitos anos, a única solução emergencial para acabar com  o crônico desperdício de água em Mariana é realmente multar e cortar o fornecimento dela durante 24 horas. Para uma população que criminosamente desperdiça água e não gosta de pagar nada e quer tudo de graça, se as multas forem de fato aplicadas sobrará água em Mariana.

Um Amor entre as Montanhas

"Um Amor entre as Montanhas", romance vivido em Minas será lançado em Mariana e Belo Horizonte
A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, dentro das comemorações dos seus 52 anos de existência, lança, em Mariana dia 15 de novembro, às 19h30, na sede da Instituição, rua Frei Durão nº 84, Centro Histórico, e, em Belo Horizonte, dia 20 de novembro, às 19h, no Conservatório de Música da UFMG, av. Afonso Pena nº 1534, o livro “Um Amor Entre As Montanhas”, de autoria de Nilson Silva.
O primeiro lançamento de “Amor Entre As Montanhas” se dará, em Mariana, porque o autor, Nilson Silva, retrata em seu livro de ficção, editado pela Editora Chiado de Portugal, encontros e desencontros de um casal que se conhece numa escola rural, no distrito de Goiabeiras de Mariana. Depois, a protagonista Virgínia, foi estudar interna, no Colégio Providência, primeira escola feminina regular criada, em Minas Gerais, no século 19, por Dom Viçoso, o 7º Bispo de Mariana.
Com fidelidade, o autor aborda a vida dos jovens que desejavam estudar e tinham que sair crianças de casa. As meninas iam para o Colégio interno, pagando ou como órfãs, enquanto os jovens trabalhavam para seu sustento. O autor registra como era a vida das famílias rurais, suas dificuldades para encontrar médicos, sendo comum mulheres morrerem de parto e homens serem mordidos por cobras nos sítios e fazendas. O texto de Nilson Silva faz um relato da vida dos tropeiros e da história nas nossas duas primeiras capitais, Mariana e Ouro Preto. De maneira bem sucinta, mostra os horrores que passaram os estudantes quando da luta contra a repressão nos anos 60 e 70.
Virgínia e Santiago se apaixonaram na adolescência, separam-se e, depois, se encontram em Ouro Preto, revivendo a paixão interrompida. A grande efervescência política da época acaba envolvendo o personagem Santiago nos movimentos de contestação que abalavam à capital mineira, na década de 70. Subitamente, Santiago, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) se vê na prisão, em Belo Horizonte. Virgínia deixa a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e reúne forças para lutar pelo grande amor de sua vida.
A narrativa envolve o leitor do começo ao fim do romance que, mesmo sendo ficção, tem um contorno histórico contemporâneo vivido pela sociedade brasileira.

União XV de Novembro – 113 Anos
Programação
9 horas – Hasteamento das Bandeiras na sede da Corporação Musical
9,30 horas – Desfile da União – Rua Direita, Rua Frei Durão, Travessa São Francisco e Praça Minas Gerais.
10 horas – Missa em Ação de Graças – Santuário do Carmo, celebrada pelo Padre Wander Sebastião Martins.
20 horas – Concerto no Teatro Sesi-Mariana sob a regência de José Raimundo da Silva.

Uns & Outros
Hoje à noite, no Terminal Rodoviário, o Grupo Musical Uns & Outros estará se apresentando.

sábado, 8 de novembro de 2014

Posse dos primeiros concursados na Câmara

Durante muitos meses, a Câmara Municipal de Mariana fez uma intensa campanha publicitária e institucional nas emissoras de rádio, televisão e jornais da Região dos Inconfidentes anunciando com pompa e circunstância a realização do primeiro e histórico concurso público para preenchimento de cargos na tricentenária Câmara Municipal de Mariana.
Segundo informações divulgadas pelos jornais desta semana, tomaram posse dez concursados: Bruna Santos exercendo o cargo de jornalista; Ciro Mendes, Jônatas Peixoto e Leonardo Menin assumem o cargo de agente legislativo; Francisco Carlos de Lima, Juscélia Dias e Sandra dos Reis assumem a função de auxiliar legislativo; Gabriel Guimarães toma posse no cargo de técnico em administração, Ricardo da Silva tem o cargo de advogado e Wesley Morais o de almoxarife.

Excesso de funcionários
A notícia mais interessante estampada nos jornais foi a de que um projeto de resolução foi protocolado pela mesa diretora da Câmara propondo a extinção de 12 vagas de nomeação e que serão ocupadas pelos concursados. A informação bombástica que os contribuintes marianenses ainda não sabiam até hoje é a de que Câmara tem atualmente 140 servidores nomeados, obviamente sem concurso, mas por indicação política dos 15 vereadores, gerando um impacto de 301 mil reais por mês na folha de pagamento. Caso o projeto não seja aprovado, o número de funcionários passará para 152 servidores gerando um impacto de 320 mil reais por mês. Multiplicando R$ 320 mil por 12 meses, a despesa da Câmara, só com pessoal, chega a quase 4 milhões de reais por ano.

Meu comentário: a própria Mesa Diretora da Câmara reconhece a existência excessiva de funcionários, a maioria absoluta nomeada pelos vereadores e sem concurso. O que adianta dar posse a apenas doze servidores por concurso, enquanto 140 são nomeados sem concurso? É por causa disso que eu tenho razão ao afirmar que o legislativo, como é exercido no país, é um poder inútil, pois não fiscaliza nada e, o pior, custa muito caro não só aos contribuintes marianenses, com também aos brasileiros!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Lançamento de livro: Provocações Éticas

Hoje, 5 de novembro, quarta-feira, às19 horas, na Casa de Cultura de Mariana – Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, será lançado o livro Provocações Éticas, de autoria do Padre Edmar José da Silva.

domingo, 2 de novembro de 2014

Órgão do Museu da Música de Mariana

O órgão do Museu da Música de Mariana*

O órgão do Museu da Música de Mariana foi construído por Abel Vargas, a partir do reaproveitamento de peças usadas em restaurações do órgão Arp Schnitger da catedral de Mariana. Não se trata, portanto, de um órgão barroco, de uma réplica ou de um órgão feito com peças originais do instrumento da catedral, mas sim de um órgão totalmente moderno, que apenas reaproveitou peças das restaurações realizadas anteriormente na catedral.

Complicado?
Então vamos explicar com detalhes:
Em fins do século XIX, o órgão Arp Schnitger da catedral de Mariana (que foi construído em 1701) havia sido totalmente reafinado um tom acima, e alguns poucos tubos originais de metal (apenas metade de um registro) haviam sido substituídos por tubos de madeira. No final do ano de 1937 o órgão deixou de funcionar e, nas décadas subsequentes, foi se deteriorando e seus tubos foram sendo avariados, alguns deles definitivamente perdidos.

Entre 1980-1984, quando, pela primeira vez, o órgão da catedral foi restaurado, pela firma Beckerath Orgelbau, em Hamburgo, os tubos originais foram reparados e alguns tubos que faltavam foram substituídos por novos. Além disso, foram substituídos os antigos manuais (teclados) por novos exemplares, foi anexado um novo banco para o(a) organista e instalada, pela primeira vez, uma pedaleira. Todo o material removido foi cuidadosamente guardado e reenviado a Mariana.

Entre 2000-2002 foi realizada a segunda restauração do órgão Arp Schnitger, desta vez pela firma Edskes Orgelbau, que reconstituiu o tamanho original dos tubos e a afinação do século XVIII. Durante essa restauração de 2000-2002 (parte na Suíça e parte em Mariana), foram realizadas outras intervenções técnicas, como a troca daqueles poucos tubos de madeira do século XIX por novos tubos de metal, o retorno dos manuais originais do século XVIII (removidos entre 1980-1984), a troca do banco e da pedaleira por exemplares construídos segundo modelos do século XVIII, bem como a substituição dos tubos instalados pela Beckerath, por tubos mais próximos dos originais. Todo o material inserido pela Beckerath entre 1980-1984 e removido pela Edskes, em 2000-2002, também foi cuidadosamente guardado.

Finalmente em 2010, a partir de um projeto da organista Elisa Freixo, com financiamento da Prefeitura de Mariana/Conselho Municipal do Patrimônio Cultural/COMPAT, o luthier Abel Vargas reuniu as peças retiradas pelas firmas Beckerath e Edskes, que estavam encaixotadas desde 2002, e construiu o órgão do Museu da Música de Mariana, acrescentando apenas o fole, o motor, a caixa externa, mais alguns tubos e algumas outras peças para dar unidade ao instrumento. O órgão do Museu da Música é, portanto, um órgão reciclado!

Agora ainda faltam os ajustes finos, como o término da afinação e da regulagem dos manuais, o revestimento acústico do motor e alguns outros acabamentos técnicos. Até o final do ano, o órgão estará pronto e, em 2015, já estará disponível para os projetos do Museu da Música, principalmente voltados ao ensino e ao estudo.
*Fonte: Museu da Música de Mariana 



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Candidata do Bolsa Família ganha em Mariana

A candidata do PBF, Partido do Bolsa Família, Dilma Rousseff, ganhou em Mariana com mais do dobro de votos do candidato derrotado Aécio Neves. Confira os números.

Dilma Rousseff: 23.469
Aécio Neves:     10.534
Diferença:          12.935

Eleitorado de Mariana: 44.510 eleitores

Comparecimento:         36.189 eleitores (81,31%)

Votos Válidos:             34.003 (93,96%)

Votos nulos:                  1.603 (4,43%)

Votos brancos:                583 (1,61%)

Abstenção:                   8.321 eleitores (18,69%)

Somando os votos brancos (583), nulos (1.603) e abstenções (8.321), deixaram de votar nos dois candidatos ao cargo de presidente da Republica 10.507 eleitores em Mariana.

Meu comentário: a eleição presidencial no país e em Mariana não é diferente foi sempre atípica, pois sofre pouca influência das lideranças políticas locais. Lideranças locais que são boas de votos estão mais interessadas em eleger seus deputados estaduais e federais que serão seus importantes representantes junto ao governo estadual e federal. Para o cargo de presidente, a maioria dos eleitores vota espontaneamente no candidato de sua preferência pessoal, sem interferência política. Tanto isso é verdade que quase todos os candidatos presidenciais, inclusive os nanicos, tiveram muitos votos em Mariana. Este ano, algumas lideranças políticas de oposição locais, a maioria ruim de votos, por puro oportunismo, tiveram a cara de pau em afirmar que a grande votação de Dilma Rousseff se devia a eles. Mentira pura! O grande cabo eleitoral dela foi o imbatível Partido do Bolsa Família, o notório PBF...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dilma Rousseff reeleita

Resultado final Votos
Dilma Rousseff: 54.501.118
Aécio Neves : 51.041.155
Diferença: 3.459.063
Eleitorado: 142.822.046
Abstenção 30.137.479 (21,10%)
Não apurado: 688
VotosVálidos: 112.683.879
Brancos: 1.921.819 (1,71%)
Nulos: 5.219.787 (4,63%)

Minas petista, São Paulo antipetista
Minas falta ao encontro marcado e dá ao PT a quarta vitória consecutiva no país*

Minas não compareceu ao encontro marcado. A Minas que muitos imaginavam existir — e que só estaria à espera de um filho da terra para ungi-lo à Presidência da República, quem diria?, era São Paulo. Nas terras paulistas, sim, a vitória do PSDB foi acachapante: 64,31% contra 35,69%, com uma diferença de 6.807.906 votos. Nunca antes na história de São Paulo, nem mesmo quando os candidatos que enfrentavam o PT eram paulistas, algo semelhante se viu. Por que é assim? Ainda voltarei a este assunto, mas adianto: nem tanto é por Dilma, é pelo PT. O que cresce na capital paulista e no Estado é o repúdio ao partido e a seus métodos.
Faço um breve comentário a respeito e retomo o fio: os petistas voltaram a explorar a crise hídrica no Estado, buscando jogar a responsabilidade nas costas dos tucanos. Deu errado de novo. Mas voltemos a Minas.
Vejam que coisa: no Brasil, a petista obteve 51,64% dos votos válidos — em Minas, 52,41%; no país, Aécio ficou com 48,36%; no seu Estado, com 47,59%. Vale dizer: ela ficou acima de sua média, e ele abaixo. A diferença entre os dois, ali, foi de 550 mil votos; no Brasil como um todo, de 3.459.963. Se a diferença mineira de lado, ainda assim, ele perderia. Ocorre que a conta a se fazer é outra.
Em Minas, os votos válidos foram de quase 11,5 milhões. Se o Estado tivesse dado a Aécio a proporção que lhe deu São Paulo, a fatura estaria liquidada. É claro que, matematicamente, não faz sentido atribuir a derrota a um único estado. Ocorre que estamos diante de uma questão política. A expectativa era que Minas votasse esmagadoramente com Aécio.
É inescapável concluir que erros vários foram cometidos pelo PSDB no Estado — e a escolha do candidato do partido ao governo, Pimenta da Veiga, não foi o menor deles. Estava afastado havia tempos da linha de frente da política. Do outro lado, havia o petista Fernando Pimentel, uma brasa encoberta, político que pode ser notavelmente agressivo nos métodos.
A campanha petista de desconstrução da imagem de Aécio parece que acabou tendo mais eficácia em sua terra natal, coisa com qual, convenham, ninguém contava. E esse pode ter sido o grande acerto estratégico do PT. Se a gente observar no detalhe, por mais que os petistas tenham tentando fazer barulho em São Paulo, o objetivo, por aqui, era não sofrer uma derrota humilhante — mesmo assim, humilhante ela foi.
Os “companheiros” perceberam a tempo que a fronteira da vitória ou da derrota seria mesmo Minas. Não se trata, obviamente, de ficar caçando responsáveis. O fato é que, se o PSDB quiser se estruturar para as batalhas vindouras, parece que algo há de se fazer por ali. O Estado votou majoritariamente com o PT em 2002, 2006, 2010 e 2014. E contará agora com um governador do PT.
São Paulo foi o Estado que, individualmente, deu mais votos a Aécio e, percentualmente, ficou em segundo lugar, com 64,3%. Só perdeu para Santa Catarina, com 64,59%. Com seus magros 47,59%, Minas faltou ao encontro marcado e deu ao PT a quarta vitória consecutiva não apenas no Estado, mas também no país.
*Blog do Reinaldo Azevedo

Meu comentário: Minas jamais foi um grande estado, mas sim, um estado grande: só tem tamanho. É o estado que mais possui municípios no país: 853, a maioria constituída de municípios paupérrimos, que não têm renda própria, são sustentados pelo Fundo de Participação dos Municípios, alguns tão pequenos que são menores que alguns distritos e bairros de Mariana. Geograficamente, o estado de Minas Gerais está situado no sudeste, mas economicamente no nordeste. Tanto assim é verdade que, durante muitos anos, o norte e o Vale do Jequitinhonha, regiões paupérrimas, eram amparadas pela antiga SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e, atualmente, pelo Bolsa Família, o invencível cabo eleitoral dos petistas, programa assistencial que sustenta e aumenta os bolsões de miséria no país. São Paulo, ao contrário, é um estado rico, com a metade de municípios de Minas, com um eleitorado independente do Bolsa família. Por causa disso, São Paulo é um estado majoritariamente antipetista, enquanto Minas, com sua crônica pobreza, continuará sempre refém do bolsa família e do petismo. Foi assim em 2002, 2006, 2010 e agora em 2014.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PBF, o maior partido do planeta!

O PBF nasceu grande em 2003, há 12 anos. Começou com cinco milhões de filiados e cresceu rapidamente possuindo hoje 40 milhões de adeptos, um quinto da população brasileira. O PBF é maior do que a soma dos 32 partidos existentes no país e registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Portanto, o PBF é o maior partido do planeta. Pelos seus “estatutos”, o partido surgiu com a finalidade exclusiva de acabar com a miséria no país, mas não deu certo. Seus filiados não são incentivados pelo governo a arranjar empregos, vivem compulsoriamente da caridade estatal que os impede de melhorar de vida. Ficam reféns da miséria até morrer. Ao invés de diminuir, a miséria aumentou geometricamente no país.
Este partido é tão forte eleitoralmente que todos os políticos da situação ou da oposição o temem. Se os da oposição caírem na desgraça de serem acusados falsa e mentirosamente de inimigos do partido, como tem acontecido desde 2003, não conseguem ganhar eleições, principalmente as presidenciais. Por causa disso, o Brasil hoje é um país democrático atípico onde, por causa do PBF, não há alternância de poder. Quem está no poder e institucionaliza a permanência da miséria no país é sempre premiado: permanece no poder.
Os filiados ao PBF votam maciçamente em políticos corruptos e coniventes com a contumaz roubalheira e não ficam indignados, conscientes ou não, que banqueiros, empresários, empreiteiras e doleiros, em conivência com os políticos do governo de plantão, roubem bilhões de reais de nossas empresas estatais, mas, paradoxalmente, não admitem votar em políticos que nada têm a haver com a corrupção que grassa no país como uma pandemia.
Mas, afinal de contas, que partido é esse? É o Partido do Bolsa Família, o famoso (PBF)...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A fila da miséria e o bolsa família

Aqui em Mariana, entre as décadas de 70 a 90, tivemos um prefeito populista. Quando a prefeitura ainda funcionava no prédio da Câmara Municipal, todo santo dia havia uma imensa fila esperando o prefeito chegar. Essa fila foi denominada pelos adversários do prefeito como a fila da miséria. A população carente do município, humilhada, era obrigada a entrar na fila para pedir e implorar benefícios a que ela tinha direito por lei. O prefeito fazia questão de autorizar pessoalmente a concessão de benefícios como educação, saúde, alimentação, remédios, consultas médicas, exames laboratoriais e de imagem, ambulâncias para transporte de doentes para Belo Horizonte. Era considerado o pai dos pobres, fazendo “caridade” com dinheiro público.
Certa ocasião, orgulhoso com a falsa caridade que fazia ao povo carente, esse prefeito, achando que estava contando vantagem, em entrevista ao um jornal local disse o seguinte: “no princípio, eu autorizava uma média de mil remédios por mês para os pobres, hoje forneço dez mil e prometo aumentar cada vez mais”.  Espertamente usava a eleitoreira medicina curativa que rendia muitos votos ao invés da medicina preventiva que diminuiria o número de doentes e de remédios, como o tratamento da água, dos esgotos e rios que, até hoje, ainda não são tratados como deviam. Esse prefeito, falso pai dos pobres, foi eleito três vezes, governou e ficou no poder durante 14 anos.
A partir de 2003, portanto há 12 anos, em abrangência nacional, o PT criou o bolsa família, cujo objetivo primordial era acabar com a miséria no país. No principio, eram apenas cinco milhões de beneficiários, hoje quase 40 milhões de pessoas são assistidas pelo programa assistencial, um quinto da população brasileira. Paradoxalmente, o bolsa família não melhora as condições de vida dos pobres, pelo contrário piora e os faz ficar economicamente dependentes a vida inteira. Por causa disso, ao invés de diminuir aumentou a miséria no país. Mas o que importa aos políticos não é acabar com a miséria do povo, mas sim, perpetuar-se no poder. Enquanto os políticos, empreiteiras e banqueiros roubam bilhões de reais das estatais brasileiras, o povo pobre se contenta com as migalhas do bolsa família e, o pior, ainda ajuda os políticos corruptos a ficar muitos anos no poder!
Qualquer semelhança da fila da miséria em Mariana com o bolsa família no Brasil é apenas uma mera coincidência...

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Semana do Mestre Ataíde

Histórico: A Semana do mestre Ataíde nasceu através de uma iniciativa do Movimento Renovador de Mariana, entidade criada e sediada na Casa de Cultura de Mariana. A Semana de Ataíde surgiu em 1994, portanto há 20 anos, com o objetivo de valorizar e divulgar aquele que foi o maior mestre da pintura do Barroco Mineiro e nascido em Mariana. A partir do ano 2004, o evento passou a fazer parte do calendário oficial de eventos da cidade de Mariana, sendo desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura e Turismo juntamente com a Secretaria de Educação.

Biografia
Mestre Ataíde, batizado como Manuel da Costa Ataíde, nasceu no dia 18.10.1762, em Mariana. Ele foi um dos pintores, douradores, artífices na arte da encarnação. Este grande artista do período barroco de Minas Gerais exerceu uma intensa influência sobre as gerações de artistas em sua terra natal, pois foi um exímio mestre, formando vários discípulos na arte da pintura. Um dos traços dominantes em sua produção foi o uso de cores vivas, como o azul, o vermelho e o ocre. O que caracterizou mais sua obra foi a utilização de santos e anjos mulatos, dando uma característica própria ao barroco Mineiro, que é denominado por críticos e historiadores como mulatismo.

Programação da semana cultural em homenagem ao famoso pintor marianense Manuel da Costa Ataíde, de 17 a 24.10.2014.

17.10.14 – Sexta-Feira – Centro de Atenção ao Turista
19,30 horas – Abertura Oficial da “Semana do Mestre Ataíde”. Apresentação do Coral Recriavida

18.10.14 – Sábado – Catedral Basílica da Sé
19 horas – Missa In Memoriam do mestre Ataíde com participação do Coral Canarinhos de Santana

19.10.14 – Domingo
11 horas – Retreta com a Corporação Musical São Sebastião de Bandeirantes. Local: Praça Gomes Freire. Projeto Música com Classe/ Especial Semana do Mestre Ataíde – Participação da Academia Marianense Infantojuvenil de Letras, Artes e Ciências com o projeto “Ataíde Manda Recados”.
13 horas – Projeto Arte na Praça/Escola de Arte Geraldino Silva/AMAP (Associação Marianense dos Artistas Plásticos – Local: Praça Gomes Freire.
20,30 horas – Seresta do Grupo “Uns e Outros”, em frente a Casa de Cultura de Mariana.

De 20 a 24 de outubro (segunda a sexta-feira)
Oficina “Ataíde manda lembranças” desenvolvida nas escolas do município de Mariana.

22.10.14 - Quarta-Feira
Oficina de Iniciação a Douramento e Policromia/Artista Plástico Edney do Carmo. Público alvo: todas as idades e gratuita, inscrições no CAT (Centro de Atenção ao Turista), Rua Direita, 93.
Local da Oficina: AMAP (Associação Marianense dos Artistas Plásticos), Casa dos Artistas, Rua Direita, 99. Horários: Manhã e Tarde. Turma 1ª – 10 vagas. De 9 às 12 horas. Turma 2ª – 10 vagas. De 14 às 17 horas.

23.10.14 – Quinta-Feira
Durante todo o dia visita monitorada a Casa dos Artistas Mestre Ataíde (AMAP – Associação Marianense dos Artistas Plásticos) Rua Direita, 99. Horário de funcionamento: de 8,30 às 17 horas (agendar horário).

24.10.14 – Sexta-Feira – Local CAT (Centro de Atenção ao Turista)
19,30 horas – Abertura de exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos da Rede de Educação e Oficinas durante a Semana do Mestre Ataíde, acompanhado de Musica na Sacada, com a participação da Incrível Banda.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

1ª Exposição de Arte Infantojuvenil de Mariana

A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras promove a 1ª EXPOSIÇÃO DE ARTE INFANTOJUVENIL DE MARIANA sob a coordenação do artista plástico Geraldino Silva. (Vernissage: hoje, dia 10 de outubro, às 19h, na sede da Instituição, rua Frei Durão nº 84, Centro Histórico).
O evento acontece abrindo as comemorações dos 252 anos de nascimento do maior pintor barroco mineiro, Manoel da Costa Ataíde. Além da Exposição, membros da Academia Infantojuvenil de Letras, um departamento da cinquentenária Academia Marianense, declamarão poemas exaltando este marianense, uma das maiores expressões da pintura sacra brasileira.
A exposição mostrará o trabalho de óleo sobre tela de 9 alunos do prof. Geraldino Silva. O grupo reúne crianças e jovens de 8 a 17 anos: Miguel Drumond (9), Maria Eduarda Zambolin (9), o caçulinha Guilherme Zano (8), Herick Natalicio (9), Yuri Rodrigues (17), Felipe Jacques (14), Tânia Elen (13), Lívia Andrade (11) e Aline Santana (11). Mesmo não sendo alunos de Geraldino Silva foram convidados Gil Drummond (13) e César Guimarães Filho (14). A obra de Gil apresenta um conjunto de trabalhos digitais a mão livre. César Guimarães Filho (14) produz entalhe em madeira.
Relembrando um pouco a rica história cultural marianense, a reconhecida artista plástica Erna Y Antunes, nascida na Iugoslávia, formada em Belas Artes em Viena, na Áustria, radicou-se no Brasil desde 1949. Em 1965, organizou e realizou o 1º Festival de Artes de Ouro Preto e Mariana e, em 1966, fundou sua escola de pintura em Mariana pela qual muitos dos nossos veteranos e hoje celebrados artistas passaram.
Para o presidente da Academia, Roque Camêllo, “com esta exposição Mariana confirma sua vocação de cidade dos artistas. São jovens talentos que mostram seus trabalhos, alguns ainda crianças. Para eles as portas do futuro estão se abrindo e o sucesso os consagrará como no passado e no presente para aqueles que, em Mariana, fincaram suas raízes. Hoje, temos nomes conhecidos nacionalmente como Hélio Petrus, Elias Layon, Olga Tukoff, Camaleão, Paiva, César Guimarães, Edney de Castro, Álvaro Silva, Maria do Carmo Gamarano, Artur Pereira, Adão de Lourdes, Graciano Borges e tantos outros. Uma nova geração vai surgindo com nossos aplausos e admiração”.
Segundo Geraldinho Silva, que, aos 14 anos, iniciou o curso de pintura com o artista plástico Aluízio Morais na escolinha da Casa de Cultura, seu desejo é que “meus alunos busquem na arte uma forma de interagir com a Cultura e que esta seja um caminho para que fiquem longe das drogas e se realizem como cidadãos úteis e exemplares para a comunidade”.
A Exposição ficará aberta, de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h, e aos sábados e domingos, de 9h às 13h30, durante o período de 11 a 31 de outubro.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eleições 2014 em Mariana

Resultados eleitorais em Mariana

Candidatos a Deputado Estadual
Nomes                      Votos em Mariana   Total de votos
Tiago Costa                     14.196               65.745 (eleito)
Walter Rodrigues              1.835               20.134
Rodrigo Melo Franco        1.206                 1.652
Neuza Zuzu                           365                    659

Deputado Federal
Bizute                                   387                 574

Candidatos a Governador      Votos em Mariana
Fernando Pimentel                          17.188
Pimenta da Veiga                              9.309
Tarcisio Delgado                              1.037

Candidatos a Presidente    Votos em Mariana
Dilma Rousseff                        16.403
Aécio Neves                             9.455
Marina Silva                             4.701

Eleitorado de Mariana: 44.510
Abstenção:              7.763
Comparecimento: 36.747
Votos válidos       29.273
Votos brancos:       3.811
Votos nulos:           3.663
Votos normais:    26.283


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PAC da Dilma empacou

PAC das cidades históricas de Dilma empacou!

No papel, o PAC das cidades históricas é um programa do governo federal concebido para prover verbas às obras de recuperação de monumentos históricos. Na prática, a iniciativa tornou-se uma monumental peça de marketing. Lançado por Lula em 2009, já foi reanunciado por Dilma Rousseff três vezes: uma em 2012 e duas em 2013. E continua sendo um empreendimento por fazer. O reanúncio mais recente ocorreu em agosto de 2013, em São João Del-Rei. O palco do lançamento original também foi uma cidade histórica de Minas Gerais: Ouro Preto, em outubro de 2009. Naquela época, Dilma chefiava a Casa Civil. Equipava-se para a sucessão de 2010. Presente, ela testemunhou a cena. Lula soou grandiloquente: “O PAC das Cidades Históricas é a maior ação conjunta pela revitalização e recuperação das cidades históricas já implantada em nosso país”. Disse isso ao lado da estátua de Tiradentes.

O programa, de fato, era ambicioso. Beneficiaria 173 cidades em todos os Estados. Investiria R$ 890 milhões até 2012. Na metade de 2010, a coisa parecia evoluir muito bem. Pelo menos no gogó. Em 29 de junho daquele ano, a quatro meses da eleição presidencial, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) anunciou a adesão de 30 cidades ao programa. Somando-se as verbas federais, estaduais e municipais trombeteavam-se uma cifra mais gorda do que a prevista por Lula: R$ 1,129 milhão.

Dilma elegeu-se presidente. O tempo passou. Em setembro de 2012, época de eleições municipais, a presidente anunciou em seu discurso a destinação de R$ 1 bilhão para o PAC das Cidades Históricas.

Promessas da Dilma para Mariana que não saíram do papel

Restauração da Catedral da Sé, do Museu Arquidiocesano, da igreja de São Francisco, Casa do Conde de Assumar, da igreja do Rosário, da igreja de Santana, da igreja de Nossa Senhora das Mercês, da Capela de Santo Antonio, Capela do Seminário Menor (ICHS), do prédio da Câmara Municipal de Mariana e outras promessas mais que não saíram do papel. No papel, foram destinados 67 milhões de reais para a preservação do nosso patrimônio histórico. Haja promessas eleitoreiras!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Dom Barroso lança livro em Mariana


A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras lançará hoje o livro “A grandeza de um pequeno projeto” de autoria de Dom Francisco Barroso Filho. Na solenidade, será prestada a este oupretano-marianense uma homenagem.
O evento será dia 16 de setembro, às 19h30, na sede da Academia, antigo solar onde funcionou a Intendência do Ouro, no século XVIII – Rua Frei Durão, 84, Centro Histórico de Mariana.

Dom Barroso passou parte de sua infância e adolescência em Mariana, nos Seminários Menor e Maior, fazendo os Cursos de Humanidades, de Filosofia e Teologia. É formado em Direito Canônico, além de ter cursos de violoncelo e regência. Nomeado bispo de Oliveira, realizou um importante trabalho de evangelização criando a Pastoral Vocacional juntamente com o Movimento Serra, Pastoral da Juventude, Familiar, Carcerária e da Criança.

Sendo um homem da cultura, foi regente e fundador do Coral e Orquestra São Pio X, o Museu do Aleijadinho e a Escola de Música de Ouro Preto. É membro de Academias além de autor de vários livros: “Museu do Aleijadinho”, Santa Teresinha e as Pastorais”, “A Espiritualidade na Arte”, “Ateísmo Contemporâneo”, “Reminiscências Históricas” e “Tricentenário de Ouro Preto”.

“A grandeza de um pequeno projeto” conta a história de seu avô, cujo apelido era “Tonico Barateiro” e através de fatos reais acontecidos na sua família o autor leva o leitor a reflexões do evangelho. Para o presidente da Academia, prof. Roque Camêllo: “A Grandeza de um Pequeno Projeto” é um encontro amoroso com a vida de seu avô materno, Antônio Luiz de Freitas, o Tonico Barateiro, nascido em Catas Altas da Noruega em 1860 e que viveu em Rio Espera, Ouro Preto e Cipotânea. A alcunha de Barateiro soltou para dentro da Família Freitas como se fosse sobrenome tal a força de seu significado “em virtude de suas qualidades excepcionais, enfeixadas por uma generosidade sem igual” como diz o acadêmico Ângelo Oswaldo em seu texto de apresentação do livro”.

A saudação a Dom Barroso está a cargo da Professora Hebe Rola e a Academia Infanto-Juvenil e o grupo de teatro da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras farão uma homenagem ao escritor antes da sessão de autógrafos

domingo, 31 de agosto de 2014

Ação de despejo

Ação de despejo deixa famílias na rua, em Passagem de Mariana*
A decisão judicial pode deixar mais 22 famílias desabrigadas

Diversas famílias podem ficar na rua depois de decisão judicial em processo de usucapião entre a Companhia Mina da Passagem e os moradores da Rua Vila Portuguesa, antiga Rua do Hospital, em Passagem de Mariana. A sentença da ação de despejo, decorrente do processo de reapropriação da terra em 2007, garantiu à Cia. Mina da Passagem o direito de ordenar desocupação das casas onde famílias moram há mais de 30 anos, podendo até mesmo derrubá-las.
Na segunda-feira 25 aconteceu a demolição da primeira casa de uma família que morava há 28 anos no local. A moradora alegou que seu ex-marido trabalhava na Companhia, permitindo a eles que ocupassem lugar naquela época. A cozinheira Lucilene Aparecida, que viveu por mais de três décadas no lugar, conta que várias famílias tentaram regularizar a situação na justiça com ações de usucapião, porém não conseguiram. Ela disse que o prazo para as famílias saírem das antigas casas terminou na última semana, dia 20 de agosto. “A qualquer momento a Mina pode chegar e mandar desocupar e derrubar” explica Lucilene.
Apesar do local se tratar de uma área privada, alguns moradores cobram o auxilio da Prefeitura de Mariana diante da situação. A prefeitura ainda não se manifestou em relação à vulnerabilidade das famílias, no entanto, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania oferece aos cidadãos a oportunidade de participar do Programa de Auxilio Moradia (aluguel social) um beneficio concedido às famílias que apresentam hipossuficiência financeira.
*Fonte: jornal “O Liberal”, edição nº 1109, de 25 a 31.08.2014.

Meu comentário: esse problema social é conseqüência do cruel e desumano latifúndio improdutivo. Os latifundiários preferem manter suas terras intocáveis, sem nenhuma serventia, a cedê-las para quem precisa, num gesto indecente de desprezo com os problemas sociais vividos pelas pessoas sem moradias em Mariana. Depois, insensíveis, os latifundiários ainda têm a cara de pau de pedir votos à população carente...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Política lucrativa

José Casado

Um dos melhores negócios do mercado brasileiro é ser dono de partido político. Convive-se com 32 deles, dos quais duas dezenas têm bancadas no Congresso. Na essência, diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se transformaram num “agregado de pessoas que querem um pedacinho do orçamento”.
Partido político no Brasil se tornou ativo financeiro de alto retorno, sem risco e com recursos públicos garantidos por lei elaborada e votada pelos próprios interessados.
Em ano de eleição, as doações de empresas representam cerca de 60% das receitas declaradas, mas é do orçamento federal que sai o financiamento das despesas regulares da estrutura e da propaganda partidária (o horário eleitoral gratuito só é gratuito para partidos e candidatos, quem paga a conta é o público, telespectador ou não, via isenção fiscal).
Nunca os partidos brasileiros receberam tanto dinheiro público como neste ano: R$ 313,4 milhões, dos quais 57% já repassados.
O Fundo de Assistência Financeira, que sustenta as máquinas partidárias, aumentou 184,5% nos últimos dez anos. Seu valor nesse período subiu em ritmo muito acima da inflação, da correção da poupança e do salário mínimo, da valorização da Bolsa de Valores (Ibovespa) e do Certificado de Depósito Bancário (CDB).
Os contribuintes vão pagar, além disso, mais R$ 600 milhões como compensação fiscal às emissoras de rádio e televisão pelo horário de propaganda eleitoral.
Todos os 32 partidos registrados na Justiça Eleitoral têm direito a um pedaço do orçamento. É o que diferencia o Brasil. Há países com mais de 50 organizados e em atividade, mas o acesso ao dinheiro público é limitado àqueles que têm representação legislativa.
A maioria dos partidos brasileiros é controlada por duas dezenas de famílias, em regime de revezamento nos cargos de direção e com mandato variável entre cinco e oito anos.
Caso exemplar é o Partido Trabalhista Cristão (PTC). Há 25 anos atendia pela sigla PRN e hospedou Fernando Collor como candidato à Presidência. Tem 14 pessoas na cúpula. Cinco partilham o mesmo sobrenome (Tourinho) e cerca de R$ 150 mil mensais do fundo.
No Legislativo funciona um condomínio partidário baseado na perpetuação do poder familiar. Metade dos deputados federais eleitos em 2010 tem pais, filhos, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, cônjuges, genros, noras ou cunhados em cargos eletivos. Sete de cada dez estão nas ruas, batalhando a reeleição.
Dos deputados eleitos em 2010, e que na época tinham menos de 30 anos de idade, 79% eram herdeiros (filhos ou netos) de clãs políticos — informa a ONG Transparência.
Ser dono de partido no Brasil é ótimo negócio porque garante acesso a dinheiro fácil, sem custo, direto do orçamento. Basta ter o registro da Justiça Eleitoral.
Melhor ainda é ser dono de partido com bancada na Câmara. A fatia do fundo partidário é maior e já vem com a garantia de um tempo mínimo na propaganda eleitoral. É mercadoria passível de negociação, a dinheiro ou em barganhas por cargos.
O que se vê nesta eleição é que nenhum partido político pode ser tão ruim quanto seus líderes.

Meu comentário: qualquer semelhança com os costumes políticos de Mariana é mera coincidência. Aqui, políticos e partidos recebem muito dinheiro público e privado para vender sua mercadoria política que são os votos dos eleitores marianenses para candidatos a deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da República.
Até candidatos e partidos nanicos ruins de votos ganham muito dinheiro saindo como candidatos. Em Mariana já estão pedindo votos marianenses candidatos nanicos, verdadeiros catadores de votos. Não são eleitos, pois são muito ruins de votos, mas ganham dinheiro por cada voto conquistado e ajudam a legenda a eleger deputados mais votados dos partidos, sejam eles nanicos ou não.
Conforme a quantidade de votos que arranjam para os partidos, alguns candidatos de araque são contemplados com bons empregos nos gabinetes dos parlamentares eleitos. Os eleitores, coitados, inocentes úteis, idiotas ou otários, votam num candidato e ajudam eleger outro que nunca viram na vida, num verdadeiro estelionato eleitoral. Concluindo, eu diria, que o Legislativo como é exercido no Brasil é um Poder inútil, não fiscaliza nada e, o pior, custa muito caro aos cofres públicos.

domingo, 24 de agosto de 2014

Getúlio Vargas, 60 anos de sua morte!

Memória política

No dia 24 de agosto de 1954, eu estava com 13 anos de idade e já acompanhava pelo rádio, com muito interesse, a política nacional, pois a televisão ainda não tinha chegado a Minas Gerais, só existia no Rio e São Paulo. Naquele dia fatídico, como fazia todos os dias, estava ouvindo pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, o Repórter Esso, o noticiário mais famoso na época, na sua primeira edição de 8 às 8,30 da manhã.
O assunto era a crise dos militares que queriam depor Getulio Dorneles Vargas do poder. Quando o noticiário acabou, veio logo em seguida uma edição extraordinária informando que Getúlio havia acabado de suicidar no Palácio do Catete, então sede do poder executivo federal.
Quando Getúlio Vargas esteve em Ouro Preto, a convite do então governador de Minas, Juscelino Kubitscheck, para participar das solenidades do dia da Inconfidência Mineira, tive a oportunidade, ao lado de meu pai, de conhecê-lo bem de perto, sempre acompanhado de seu famoso guarda-costa, Gregório Fortunato. O que muito me impressionou na época, além do seu suicídio que chocou todo o país, foi a dramática carta testamento que ele escreveu para a posteridade.

“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadearam sobre mim (...) Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. (...) Mas esse povo de quem fui escravo não será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. (...) Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história”.

Seu estilo de governo, de caráter populista, carismático, procurando o apoio dos trabalhadores, deixou profundas marcas na política brasileira. A força do getulismo se manifestaria um ano depois, na eleição do Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira (1902-1976), que venceu as forças de oposição a Vargas. João Goulart, que foi eleito vice-presidente por duas vezes, assumiu a presidência em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros sendo afastado em 1964.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Seminário Maior e Fábrica de Tecidos São José - 80 Anos!

Memória econômico-educacional

Há oitenta anos, coincidentemente na mesma data, 15 de agosto de 1934, surgiram duas importantes instituições que fizeram história em Mariana no campo educacional e econômico: o “Seminário Maior São José” e a “Fiação e Tecelagem São José Ltda.”.
O professor e historiador Rafael Arcanjo Santos transcreve neste blog parte do noticiário do jornal “O Cruzeiro”, desta cidade, do dia 19.09.1934, dirigido pela “União de Moços Catholicos”, de Mariana, a respeito das duas solenidades alusivas à inauguração do novo seminário e instalação da nova fábrica de tecidos.

Seminário Maior São José
“A grande solenidade da inauguração do Seminário São José, em Mariana”. Este foi o título da manchete estampada na 2ª página do jornal “O Cruzeiro”, desta cidade, no dia 19 de setembro de 1934, noticiando o grande evento para a comunidade católica marianense, realizada no dia 15 de agosto.
Resumidamente, assim registrava o jornal “União dos Moços Catholicos” de Mariana o grande evento de 1934.
“A tradicional cidade de Mariana virou com a inauguração do novo Seminário Maior São José, aqui levantado pelo esforço do grande e notável arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira. A inauguração do novo Seminário se deu na data alvissareira de 15 de agosto, comemorativa da sagração episcopal d Dom Helvécio. O jornal noticia a presença do Núncio Apostólico, Dom Benedicto Aloisi Massela, de Benedicto Valadares Ribeiro, Interventor Federal, de bispos e sacerdotes, de quatro bandas, além da presença de três mil pessoas na cidade.
A chegada do Núncio Apostólico se deu na véspera, quando ele foi recebido na estação ferroviária da Central por autoridades civis e eclesiásticas, irmandades e pela corporação musical de São Caetano. Após os primeiros cumprimentos, o Núncio Apostólico seguiu de carro até a Catedral, quando a Banda São José executou o Hino Pontifício. Logo após, entrou na igreja acompanhado pelo Cabido Metropolitano. Às 20 horas, no Cine Teatro Municipal, realizou-se uma grande manifestação popular em homenagem ao Núncio Apostólico. O discurso de saudação ao Núncio em nome da municipalidade de Mariana foi proferido pelo prefeito Josaphat Macedo. Após a execução do hino nacional, o escritor Dr. Augusto de Lima Júnior recitou poesia, de autoria de seu pai, Augusto de Lima, Minha Terra. O Núncio agradeceu e, em nome do Papa, deu a bênção apostólica a todos os presentes.
Abrilhantou a festividade do Cine teatro Municipal, promovida pelo Cura da Catedral, Cônego Rafael Arcanjo Coelho, as bandas de música São José, São Sebastião e São Caetano. Às 24 horas, na colina de São Pedro, a banda São José tocou assinalando a passagem do dia 15 de agosto, data de aniversário de sagração episcopal de Dom Helvécio. Lá esteve também a banda do 10º Batalhão de Comunicação de Ouro Preto.
No dia 15 de agosto, houve estrondosa alvorada, repicando-se festivamente todos os sinos das igrejas. Às 8,30 horas, chegava a Mariana o Interventor Federal e sua comitiva, destacando-se figuras ilustres de Carlos Luz e Juscelino Kubitscheck. Às 10 horas, na Catedral, realizou-se a soleníssima Missa Pontifical. A missa foi cantada pelo coro do Seminário Menor, sob a regência do padre José Lázaro das Neves. A homilia coube ao Monsenhor João Castilho Barbosa, vigário de Ouro Preto. Terminada a cerimônia religiosa, o Cabido Metropolitano reuniu-se para prestar homenagem ao Núncio. Monsenhor Alípio Odier de Oliveira, Vigário Geral, saudou o embaixador da Santa Sé. Da Catedral em cortejo foram em direção ao novo seminário. Lá, iniciou-se solene bênção do educandário. Às 12 horas, realizou-se o almoço íntimo oferecido ao Núncio e demais autoridades civis e eclesiásticas. Após o almoço, a comitiva se dirigiu ao salão nobre do novo seminário quando foram prestadas homenagens ao Núncio e ao Interventor Federal. Discursara na ocasião, o cônego Francisco Vieira Braga e cônego Antonio Carlos Rodrigues. Depois autoridades civis foram recebidas na Prefeitura Municipal, onde os aguardavam os Drs. Josaphat Macedo e Celso Arinos Motta, respectivamente, Prefeito Municipal e Chefe do Partido Progressista de Mariana. Ambos fizeram uma saudação ao Interventor Benedito Valadares”.

Fabrica de Tecidos São José
“Às 16 horas, na praça fronteira à estação da Central, onde se ergueu o grande edifício da Fábrica de Tecidos São José, teve lugar à cerimônia da bênção e inauguração de mais esse melhoramento para a cidade de Mariana. As autoridades presentes foram recebidas pelos ilustres industriais marianenses. Terminada a cerimônia da bênção, que foi feita pelo Núncio Apostólico e auxiliado por Dom Helvécio e demais bispos presentes, discursou o Dr. Augusto Freire de Andrade, saudando os presentes, o Interventor Federal, o Núncio Apostólico, os arcebispos e bispos e a todos os secretários e sacerdotes. Ao brinde de champanhe, falou o Dr. Oscar Magalhães Pereira, gerente proprietário da Fábrica de tecidos São José que agradeceu a honra da presença do Núncio Apostólico, do Interventor Federal e das demais autoridades presentes naquela útil realização que acabara de ser entregue à comunidade de Mariana, demonstrando o quanto de progresso e vida adviria para a cidade desse centro de atividade que acabava de ser inaugurado com as bênçãos de Deus e da Igreja”, ponderou o Dr. Oscar. A Fábrica de Tecidos São José encerrou suas atividades na década de 1960, sendo transferida para a cidade Barbacena. Hoje, em seu lugar, foi construido o Centro de Convenções poeta Alphonsus de Guimaraens Filho.  

Lembretes: este ano a Estação Ferroviária de Mariana estará comemorando o centenário de sua fundação ocorrida em 1914. Será que os responsáveis pelo Trem da Vale irão lembrar e comemorar esta data tão importante? Será que o atual clero marianense vai lembrar e comemorar os 80 anos de fundação do Seminário Maior São José? Os 50 anos de fundação do importante Museu Arquidiocesano, obra prima criada pelo benemérito arcebispo Dom Oscar de Oliveira foram solenemente esquecidos pelo clero. Ninguém comemorou a data em setembro de 2012!
Antes e após a existência do trem de ferro em Mariana, a mobilidade urbana, rural e de cargas era feita através do uso de animais. O transporte pessoal e individual era feito de montarias em cavalos e éguas. O transporte de cargas, como lenhas para fogão e gêneros alimentícios, era feito por burros e mulas. Havia as carroças de burro e boi, ambas feitas com rodas de madeira. Até a década de 1970, a coleta de lixo da prefeitura em Mariana era ainda feito por intermédio das carroças de lixo com tração animal. Nós, que  estudamos em Ouro Preto, éramos obrigados a usar o trem de ferro que saia daqui às 5 horas da manhã e só voltávamos ao meio dia. Durante o dia inteiro, só circulava em Mariana dois ônibus: um que ia para Belo Horizonte de manhã e outro que voltava à noite para Mariana. Com os trens de ferro acontecia a mesma coisa: um trem que saia daqui e outro que voltava ou de Belo Horizonte ou de Ponte Nova. Não era fácil sair ou voltar para Mariana naqueles velhos tempos!

domingo, 20 de julho de 2014

Restauração dos jardins do Palácio dos Bispos

Restauração dos jardins do Antigo Palácio dos Bispos de Mariana-MG.

Comunico a todos, em especial aos marianenses, que terão início, em breve, as obras de restauração dos jardins do Antigo Palácio dos Bispos, em Mariana, hoje, sede do Museu da Música.
São os jardins do século 18 que foram retratados em aquarelas do Padre Viegas, de 1805. Felizmente deles encontramos vestígios arqueológicos.

Em 2010, a Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ) entrou com um projeto junto ao Conselho Estadual dos Direitos Difusos (CEDIF) de autoria do arquiteto Pedro Morais para obter verba para esta obra.

O projeto foi baseado nas aquarelas de autoria do Padre Viegas, de 1805, em relatos do naturalista e botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, em pesquisas arqueológicas preliminares do ICHS da UFOP e em trabalho acadêmico de Moacir Maia.

A engenheira Patrícia Sena Souza será a responsável pela obra de restauração através da empresa SENA E SOUZA PRESTADORA DE SERVIÇO LTDA.

Roque Camêllo
Diretor-executivo da FUNDARQ

sábado, 19 de julho de 2014

Centenário de nascimento de Dr. Salvador Ferrari

Celebração do centenário de nascimento do escritor Dr. Salvador Ferrari

Hoje, dia 19 de julho, será celebrado o centenário de nascimento do médico e intelectual Dr. Salvador Geraldo Ferrari, falecido aos 96 anos
Nascido, em 1914, na cidade de Ponte Nova, formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, em 1935, com apenas 21 anos de idade. Exerceu sua profissão em Mariana, onde, na década de 1940, foi Prefeito Municipal. A partir dos anos 50, retornou a Ponte Nova onde praticou, com desvelo e dignidade, a Medicina até seu falecimento.
Estudioso da História, da Literatura, da Bíblia e poliglota, exerceu o magistério e foi um dos fundadores da Academia de Letras de Ponte Nova (Alepon) Escreveu diversos livros e inúmeros artigos sobre os mais variados temas.
Na Academia Marianense de Letras, ocupou a Cadeira nº 24 sucedendo a outro médico e historiador Dr. Salomão de Vasconcelos, razão pela qual este Sodalício vai prestar ao ilustre mineiro justa homenagem em sessão solene, dia 19 de julho, às 19h, oportunidade em que seu filho, também médico, Dr. Antônio Eugênio Motta Ferrari, será empossado como Acadêmico, sucedendo ao pai.

As solenidades constarão de:
17h30 - Missa na Capela do Colégio Providência, sendo celebrante
Dom Francisco Barroso - (Rua Dom Silvério,116)
19 horas - Sessão Solene na sede da Academia Marianense de Letras
Casa de Cultura - Rua Frei Durão, 84 – Centro Histórico

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Grupo Musical "Uns & Outros"



Abaixo, os componentes do grupo musical "Uns & Outros" que estiveram tocando e cantando na sede do Marianense F.C. durante o almoço oferecido pelo município de Mariana aos agraciados com a medalha do Dia de Minas, em 16 de julho de 2014. 


Órgão da Sé - 20 anos de Concertos Regulares

O organista francês Patrick Delabre abre comemorações e se apresenta também em Tiradentes

Desde 1994, o Órgão Arp Schnitger, da Catedral da Sé de Mariana (MG) dá cor às sextas e domingos, com concertos regulares ininterruptos, comandados pelas organistas Elisa Freixo e Josinéia Godinho, com a participação especial de musicistas brasileiros e internacionais. O órgão também acompanha a vida litúrgica da Catedral, soando em missas e demais celebrações. O organista francês Patrick Delabre, da Catedral de Chartres (França), abre as apresentações comemorativas dos 20 anos de Concertos Regulares do Órgão da Sé, no dia 27 de julho (domingo), às 12h15. Ingressos a partir de R$ 28.
No dia 25 de julho, sexta-feira, às 20h, Patrick Delabre se apresenta ao Órgão da Matriz de Tiradentes, com ingressos a R$ 30 (inteira).
O repertório dos concertos de Patrick conta com peças de Racquet e Purcell, entre outros autores. O musicista irá apresentar improvisações ao órgão.
Patrik, que vive em Chartres, na França, cidade medieval e primeira a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade no país, está ansioso em conhecer e participar de concertos em cidades barrocas brasileiras. “Espero conhecer outro lado do mundo, visitar cidades de outras épocas – barrocas. Além disso, ter sensações auditivas novas e conhecer a terra natal da Elisa Freixo”, conta Patrick.
Já Elisa Freixo destaca a amizade de mais de três décadas que cultiva com o musicista e a satisfação em receber um organista tão renomado. “Patrick é meu amigo há 33 anos. Estudamos na mesma época em Paris e dividíamos os horários de estudo em Chartres, na Catedral. A cada vez que eu visito Chartres, ele disponibilza o órgão para mim. Quando morei em Chartres, em 1981, e estudei em Paris, toquei em algumas missas para ajudá-lo nessa função. Ele é um grande improvisador. A improvisação é uma arte muito difundida na França”, comenta Elisa.
Serviço:
Organista Patrick Delabre
25 de julho, sexta-feira, 20h
Local: Matriz de Tiradentes
Ingressos a partir de R$30,00 (inteira)
27 de julho, domingo, 12h15
Local: Órgão da Sé de Mariana
Ingressos a partir de R$28,00 (inteira
Fonte: orgãose@uai.com.br

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dia de Minas - Mariana comemora 318 anos!

Programação
9 horas – Missa solene na igreja de Nossa Senhora do Carmo oficiada por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana

10 horas – Sinerata – os sinos das igrejas irão tocar durante 10 minutos

11 horas – Início da Cerimônia Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais 
Honras militares
Execução do Hino Nacional Brasileiro
Pronunciamentos

12,30 – Encerramento da Cerimônia com desfile da Guarda de Honra.

Nos bastidores
Segundo fontes bem informadas, o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, chegará mais cedo a Mariana para poder participar da missa solene, às 9 horas, na igreja do Carmo, celebrada pelo arcebispo de Mariana. Após a solenidade oficial comemorativa do Dia de Minas, o governador será recepcionado com um almoço no Marianense F.C., com a participação musical do Grupo Uns & Outros da Casa de Cultura de Mariana.

Dia de Minas Gerais
Memória cívico-cultural
Cronologia do Dia do Estado de Minas Gerais

16.07.1977 – o atual presidente da Casa de Cultura de Mariana, Prof. Roque Camêllo, durante sessão solene comemorativa do 281º aniversário de Mariana na Academia Marianense de Letras lança a ideia de se instituir o 16 de Julho como data cívica estadual. O projete recebe o apoio dos acadêmicos, das autoridades municipais e da comunidade marianense. Roque Camêllo encaminha o projeto ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa.

07.08.1977 – o saudoso presidente da Casa de Cultura de Mariana, historiador Waldemar de Moura Santos, publica no jornal “Estado de Minas” o seu primeiro artigo sobre o assunto intitulado “Dia de Minas”

19.10.1979 – O governador de Minas Francelino Pereira dos Santos sanciona a Lei nº 7561, instituindo o 16 de Julho como o Dia do Estado de Minas Gerais.

10.06.1980 – O então prefeito Jadir Macedo sanciona a Lei Municipal 561/80, instituindo a Medalha do Dia do Estado de Minas Gerais.

1º.02.1989 - Em nome da Casa de Cultura de Mariana e da municipalidade de Mariana, Roque Camêllo comparece ao plenário da Constituinte Mineira e apresenta uma proposição no sentido de que fosse o 16 de Julho – Dia do Estado de Minas Gerais – declarado data cívica constitucional e que nesse dia a capital do Estado fosse transferida simbolicamente para Mariana.

21.09.1889 - É promulgada a nova Constituição do Estado de Minas Gerais, editando em seu Título V, das Disposições Gerais, o Art. 256 que reproduz a proposta apresentada em 1º.02.1989.

16.07.1990 – Cumprindo o artigo 256 da Constituição do Estado, a capital é transferida simbolicamente para Mariana pela primeira vez.

16.07.2014 – Ao completar 318 anos de fundação, a comemoração do Dia de Minas Gerais faz este ano 35 anos de existência.