sábado, 15 de novembro de 2014

Multa e corte para quem desperdiçar água

Desperdício de água pode gerar multa em Mariana*
Em meio a seca prolongada com os níveis de água dos mananciais baixos, os vereadores aprovaram na segunda-feira (10) um projeto de lei de autoria do Executivo Municipal que coíbe o uso não racionalizado de água potável distribuída para uso humano. Quem desperdiçar água em Mariana poderá ser multado. Para entrar em vigor, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Celso cota.
Com a lei, os agentes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) poderão multar quem estiver desperdiçando água, como por exemplo, lavando calçadas, regando jardins e gramados ou lavando veículos com o uso continuo de água. A lei é mais uma ferramenta no combate ao desperdício e para criar a cultura do uso racional da água, evitando que o município venha propor racionamento ou suspensão do abastecimento. O objetivo é conscientizar a população.
“Como todos sabem, a cidade, bem como todo o país, vive um problema ambiental que é a escassez de água disponível para consumo, e os impactos tendem a ser cada vez mais graves. Acredito que a medida tende a ser eficaz em seu propósito. Ajudando no controle de água. É preciso mais consciência no uso em qualquer instancia”, avalia o diretor executivo do SAAE Mariana, Valdeci Fernandes.

Valores
De acordo com a lei aprovada, a multa para quem estiver desperdiçando água é de 20 UFM (Unidades Fiscais do Município) sendo que cada unidade UFM equivale a R$ 1,89. O infrator também terá o corte do fornecimento de água por 24 horas. O desperdício poderá ser denunciado pelos cidadãos ao SAAE, para que providências sejam tomadas, assim como a apuração das responsabilidades pelo desperdício e aplicação das penalidades.

Economia
O SAAE de Mariana informa ainda que o horário entre as 18 h e às 20 h é o momento de maior consumo em toda cidade. Dessa forma, quem puder evitar tomar banho, lavar roupa ou utensílios domésticos nesse horário ajuda na preservação da água. Para denúncias, sugestões ou reclamações disque 15 ou (31) 3557-9300.
*Fonte: jornal “O Liberal” – edição 1120, de 10 a 16.11.2014.

Meu comentário
O Prefeito, por ter enviado para a Câmara o projeto de lei, faltando apenas a sua sanção, e os vereadores por tê-lo transformado em lei, todos, portanto, estão de parabéns. Em vários artigos publicados neste blog sempre afirmei que o desperdício de água em Mariana chega a ser criminoso. Como não se paga nada pelo uso e abuso da água, parte da população inescrupulosa da cidade e que não gosta de pagar impostos municipais se acha no direito infame de desperdiçar o hoje, mais do que nunca, precioso liquido. Mas para que a lei saia do papel e seja obedecida e cumprida será necessária que haja uma fiscalização rigorosa capaz de punir os infratores. No meu entendimento, enquanto a água não for cientificamente tratada como deveria ter sido feita há muitos anos, a única solução emergencial para acabar com  o crônico desperdício de água em Mariana é realmente multar e cortar o fornecimento dela durante 24 horas. Para uma população que criminosamente desperdiça água e não gosta de pagar nada e quer tudo de graça, se as multas forem de fato aplicadas sobrará água em Mariana.

Um Amor entre as Montanhas

"Um Amor entre as Montanhas", romance vivido em Minas será lançado em Mariana e Belo Horizonte
A Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, dentro das comemorações dos seus 52 anos de existência, lança, em Mariana dia 15 de novembro, às 19h30, na sede da Instituição, rua Frei Durão nº 84, Centro Histórico, e, em Belo Horizonte, dia 20 de novembro, às 19h, no Conservatório de Música da UFMG, av. Afonso Pena nº 1534, o livro “Um Amor Entre As Montanhas”, de autoria de Nilson Silva.
O primeiro lançamento de “Amor Entre As Montanhas” se dará, em Mariana, porque o autor, Nilson Silva, retrata em seu livro de ficção, editado pela Editora Chiado de Portugal, encontros e desencontros de um casal que se conhece numa escola rural, no distrito de Goiabeiras de Mariana. Depois, a protagonista Virgínia, foi estudar interna, no Colégio Providência, primeira escola feminina regular criada, em Minas Gerais, no século 19, por Dom Viçoso, o 7º Bispo de Mariana.
Com fidelidade, o autor aborda a vida dos jovens que desejavam estudar e tinham que sair crianças de casa. As meninas iam para o Colégio interno, pagando ou como órfãs, enquanto os jovens trabalhavam para seu sustento. O autor registra como era a vida das famílias rurais, suas dificuldades para encontrar médicos, sendo comum mulheres morrerem de parto e homens serem mordidos por cobras nos sítios e fazendas. O texto de Nilson Silva faz um relato da vida dos tropeiros e da história nas nossas duas primeiras capitais, Mariana e Ouro Preto. De maneira bem sucinta, mostra os horrores que passaram os estudantes quando da luta contra a repressão nos anos 60 e 70.
Virgínia e Santiago se apaixonaram na adolescência, separam-se e, depois, se encontram em Ouro Preto, revivendo a paixão interrompida. A grande efervescência política da época acaba envolvendo o personagem Santiago nos movimentos de contestação que abalavam à capital mineira, na década de 70. Subitamente, Santiago, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) se vê na prisão, em Belo Horizonte. Virgínia deixa a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e reúne forças para lutar pelo grande amor de sua vida.
A narrativa envolve o leitor do começo ao fim do romance que, mesmo sendo ficção, tem um contorno histórico contemporâneo vivido pela sociedade brasileira.

União XV de Novembro – 113 Anos
Programação
9 horas – Hasteamento das Bandeiras na sede da Corporação Musical
9,30 horas – Desfile da União – Rua Direita, Rua Frei Durão, Travessa São Francisco e Praça Minas Gerais.
10 horas – Missa em Ação de Graças – Santuário do Carmo, celebrada pelo Padre Wander Sebastião Martins.
20 horas – Concerto no Teatro Sesi-Mariana sob a regência de José Raimundo da Silva.

Uns & Outros
Hoje à noite, no Terminal Rodoviário, o Grupo Musical Uns & Outros estará se apresentando.

sábado, 8 de novembro de 2014

Posse dos primeiros concursados na Câmara

Durante muitos meses, a Câmara Municipal de Mariana fez uma intensa campanha publicitária e institucional nas emissoras de rádio, televisão e jornais da Região dos Inconfidentes anunciando com pompa e circunstância a realização do primeiro e histórico concurso público para preenchimento de cargos na tricentenária Câmara Municipal de Mariana.
Segundo informações divulgadas pelos jornais desta semana, tomaram posse dez concursados: Bruna Santos exercendo o cargo de jornalista; Ciro Mendes, Jônatas Peixoto e Leonardo Menin assumem o cargo de agente legislativo; Francisco Carlos de Lima, Juscélia Dias e Sandra dos Reis assumem a função de auxiliar legislativo; Gabriel Guimarães toma posse no cargo de técnico em administração, Ricardo da Silva tem o cargo de advogado e Wesley Morais o de almoxarife.

Excesso de funcionários
A notícia mais interessante estampada nos jornais foi a de que um projeto de resolução foi protocolado pela mesa diretora da Câmara propondo a extinção de 12 vagas de nomeação e que serão ocupadas pelos concursados. A informação bombástica que os contribuintes marianenses ainda não sabiam até hoje é a de que Câmara tem atualmente 140 servidores nomeados, obviamente sem concurso, mas por indicação política dos 15 vereadores, gerando um impacto de 301 mil reais por mês na folha de pagamento. Caso o projeto não seja aprovado, o número de funcionários passará para 152 servidores gerando um impacto de 320 mil reais por mês. Multiplicando R$ 320 mil por 12 meses, a despesa da Câmara, só com pessoal, chega a quase 4 milhões de reais por ano.

Meu comentário: a própria Mesa Diretora da Câmara reconhece a existência excessiva de funcionários, a maioria absoluta nomeada pelos vereadores e sem concurso. O que adianta dar posse a apenas doze servidores por concurso, enquanto 140 são nomeados sem concurso? É por causa disso que eu tenho razão ao afirmar que o legislativo, como é exercido no país, é um poder inútil, pois não fiscaliza nada e, o pior, custa muito caro não só aos contribuintes marianenses, com também aos brasileiros!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Lançamento de livro: Provocações Éticas

Hoje, 5 de novembro, quarta-feira, às19 horas, na Casa de Cultura de Mariana – Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, será lançado o livro Provocações Éticas, de autoria do Padre Edmar José da Silva.

domingo, 2 de novembro de 2014

Órgão do Museu da Música de Mariana

O órgão do Museu da Música de Mariana*

O órgão do Museu da Música de Mariana foi construído por Abel Vargas, a partir do reaproveitamento de peças usadas em restaurações do órgão Arp Schnitger da catedral de Mariana. Não se trata, portanto, de um órgão barroco, de uma réplica ou de um órgão feito com peças originais do instrumento da catedral, mas sim de um órgão totalmente moderno, que apenas reaproveitou peças das restaurações realizadas anteriormente na catedral.

Complicado?
Então vamos explicar com detalhes:
Em fins do século XIX, o órgão Arp Schnitger da catedral de Mariana (que foi construído em 1701) havia sido totalmente reafinado um tom acima, e alguns poucos tubos originais de metal (apenas metade de um registro) haviam sido substituídos por tubos de madeira. No final do ano de 1937 o órgão deixou de funcionar e, nas décadas subsequentes, foi se deteriorando e seus tubos foram sendo avariados, alguns deles definitivamente perdidos.

Entre 1980-1984, quando, pela primeira vez, o órgão da catedral foi restaurado, pela firma Beckerath Orgelbau, em Hamburgo, os tubos originais foram reparados e alguns tubos que faltavam foram substituídos por novos. Além disso, foram substituídos os antigos manuais (teclados) por novos exemplares, foi anexado um novo banco para o(a) organista e instalada, pela primeira vez, uma pedaleira. Todo o material removido foi cuidadosamente guardado e reenviado a Mariana.

Entre 2000-2002 foi realizada a segunda restauração do órgão Arp Schnitger, desta vez pela firma Edskes Orgelbau, que reconstituiu o tamanho original dos tubos e a afinação do século XVIII. Durante essa restauração de 2000-2002 (parte na Suíça e parte em Mariana), foram realizadas outras intervenções técnicas, como a troca daqueles poucos tubos de madeira do século XIX por novos tubos de metal, o retorno dos manuais originais do século XVIII (removidos entre 1980-1984), a troca do banco e da pedaleira por exemplares construídos segundo modelos do século XVIII, bem como a substituição dos tubos instalados pela Beckerath, por tubos mais próximos dos originais. Todo o material inserido pela Beckerath entre 1980-1984 e removido pela Edskes, em 2000-2002, também foi cuidadosamente guardado.

Finalmente em 2010, a partir de um projeto da organista Elisa Freixo, com financiamento da Prefeitura de Mariana/Conselho Municipal do Patrimônio Cultural/COMPAT, o luthier Abel Vargas reuniu as peças retiradas pelas firmas Beckerath e Edskes, que estavam encaixotadas desde 2002, e construiu o órgão do Museu da Música de Mariana, acrescentando apenas o fole, o motor, a caixa externa, mais alguns tubos e algumas outras peças para dar unidade ao instrumento. O órgão do Museu da Música é, portanto, um órgão reciclado!

Agora ainda faltam os ajustes finos, como o término da afinação e da regulagem dos manuais, o revestimento acústico do motor e alguns outros acabamentos técnicos. Até o final do ano, o órgão estará pronto e, em 2015, já estará disponível para os projetos do Museu da Música, principalmente voltados ao ensino e ao estudo.
*Fonte: Museu da Música de Mariana