sexta-feira, 29 de abril de 2016

Fernando Pimentel e a Medalha da Inconfidência


Pimentel condecorou mais da metade dos desembargadores do TJ-MG

Dos 46 desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, 26 receberam medalha Tiradentes, a maior honraria concedida pelo governo mineiro. Carolina Oliveira, a mulher de Pimentel, ganhou foro privilegiado e será julgada pela corte.

PROPINA -  A PF suspeita que a campanha eleitoral de Pimentel foi financiada com dinheiro oriundo de negócios escusos com o governo federal

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), agraciou com a Medalha da Inconfidência, no último 21 de abril, dia de Tiradentes, 26 dos 43 desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MG). Os condecorados serão os responsáveis por julgar eventuais processos criminais contra a primeira-dama Carolina Oliveira, que ganhou foro especial na corte após ser nomeada secretária do Trabalho e do Desenvolvimento Social pelo marido.

Carolina e Pimentel são investigados na Operação Acrônimo, que apura suposto esquema de corrupção envolvendo recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros órgãos federais. O caso corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em função do envolvimento do governador. Só em caso de desmembramento, o que não ocorreu, a primeira-dama responderia em outra instância.

Com a ascensão ao primeiro escalão do governo, a primeira dama passa a responder a ações no TJ-MG quando se tratar de caso estadual. Se o caso for federal, a exemplo da Acrônimo, o processo corre em tribunal regional federal.

A Medalha da Inconfidência é a principal condecoração do governo mineiro, que evoca o martírio de Tiradentes. Na entrega, que ocorre em Ouro Preto, o maior número de agraciados este ano veio do TJ-MG. A homenagem foi na quinta-feira. No sábado, o governador almoçou com o presidente da corte, Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, e o desembargador recém-eleito para comandar a corte, Hebert Carneiro, e aliados políticos. A escolha se deu na segunda-feira, após a distribuição da insígnia e o almoço.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Governo de Minas, que ainda não se pronunciou a respeito.

Fonte: Portal da Veja (Estadão Conteúdo)

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Lançamento de livro na Casa de Cultura de Mariana

 Flagrantes do lançamento do livro "Mariana: assim nasceram as Minas Gerais" que celebra os 305 anos da criação da primeira vila de Minas Gerais. Livro revela detalhes da formação de Minas Gerais a partir da história da cidade de Mariana. Livro de autoria do Prof. Roque Camêllo, presidente da Casa de Cultura de Mariana - Academia Marianense de Letras.
















Fotos: Vandeir Santos

domingo, 10 de abril de 2016

Assim nasceram as Minas Gerais*

Roque Camêllo, presidente da Casa de Cultura de Mariana Academia Marianense de Letras Artes e Ciências

Mariana
O calendário mineiro é rico em celebrações cívicas e religiosas. Embora seja o Estado sem infância, nascendo adulto e produzindo riqueza quase dois séculos após o descobrimento do Brasil, teve tempo de construir a mais densa história cultural do país.

O fim do século XVII e o século XVIII fizeram de Minas o centro econômico e cultural da colônia. Era a joia preciosa da Coroa portuguesa.
Seu povo se formou a partir de muitos encontros de grupos étnicos que se entrelaçaram no impulso de agredir o silêncio do desconhecido. Superaram terríveis obstáculos como transpor a serra da Mantiqueira, vencer os belicosos cataguazes, passar pelos caudalosos rios Paraopeba e das Velhas para alcançar os ribeirões auríferos.

Com a descoberta do ouro, o fluxo de pessoas se acentuou a tal ponto de esvaziar-se o litoral brasileiro. Grande parte da população portuguesa foi à busca do metal luzente destas montanhas e vales.
Surgiram os conflitos. Os bandeirantes não eram muito afeitos ao trabalho das minas, das quais tinham a propriedade pela Carta Régia de 1694. Muitos as abandonavam, ocupando-as outro grupo, apelidado de forasteiros ou emboabas. Eis a origem da Guerra dos Emboabas, primeiro movimento nativista com larga repercussão na gênese brasileira, episódio que passou por Borba Gata, José Vaz Pinto, Silva Bueno e, de outro lado, os forasteiros, comandados por Manuel Nunes Viana, o vencedor.

Ao identificar um quadro opositor, Portugal procurou compor as forças com a nomeação de Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, o estadista que harmonizou a terra de ninguém, estabelecendo o império da lei, a força do direito sobre o direito da força. Criou as três primeiras vilas de Minas Gerais.
A primeira foi a Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo em 8 de abril de 1711, que, em 1745, se elevou à categoria de cidade pelo rei dom João V com o nome de Mariana, em homenagem a sua esposa, Maria Anna. À Vila do Carmo seguiram-se Vila Rica (Ouro Preto) e a Vila de Nossa Senhora da Conceição (Sabará).

Eis porque estamos celebrando os 305 anos da primeira vila e capital de Minas Gerais. Homenageando-a, estamos lançando o livro “Mariana: Assim Nasceram as Minas Gerais. Uma Visão Panorâmica da História”. 
É um tributo à “urbs mea celula mater”  e um incentivo para que todas as nossas primeiras vilas o façam também, registrando cada uma sua história, porque só se ama e se respeita o que se conhece. No caso de Mariana, a antiga Vila do Carmo, mais do que nunca, precisa ser amada por Minas e pelo Brasil, após a dolorosa tragédia da barragem de Fundão, no subdistrito de Bento Rodrigues.

Como Mariana foi sempre mãe, entregando-se historicamente ao bem da nação, agora vítima daquele fato, se oferece como exemplo para que tal não se repita. Por isso, esse livro é uma mensagem de amor e respeito às nossas origens, a nossos antepassados que nos legaram princípios inalienáveis.
*Fonte: artigo transcrito do  jornal “O Tempo”, de 09.04.2016

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Casa de Cultura de Mariana lança livro histórico

Livro revela detalhes da formação de Minas Gerais a partir da história da cidade de Mariana
”Mariana: assim nasceram as Minas Gerais” celebra os 305 anos da criação da primeira vila de Minas Gerais
 
Mariana/MG foi a primeira vila, capital da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro e cidade de Minas. Berço da formação da sociedade mineira é o tema do livro “Mariana: assim nasceram as Minas Gerais – uma visão panorâmica da história” do professor Roque Camêllo, presidente da Academia Marianense de Letras. A obra traz uma visão inédita e fatos nunca antes revelados sobre diversas passagens da história de Minas Gerais que tiveram origem nessa cidade.
 
Serão dois lançamentos: o primeiro em Mariana, dia 08/04 (sexta-feira), às 19,30, na Casa de Cultura de Mariana e o segundo, em Belo Horizonte, 11/04 (segunda-feira), às 19,30, na Academia Mineira de Letras.
 
Em Mariana, o lançamento da obra marcará também as comemorações dos 305 anos da criação da primeira vila e capital de Minas Gerais. Evento contará ainda com apresentações da Sociedade Musical União XV de Novembro, do Coral Tom Maior e desfile do Bloco Zé Pereira da Chácara com seus famosos bonecões e do Congado Nossa Senhora do Rosário.
O livro “Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais” surge como um tributo aos primórdios da formação da sociedade mineira. Revela fatos históricos de Mariana que influenciaram diretamente a construção de Minas Gerais e do Brasil, a partir do século XVII.
 
Ao mergulhar na leitura desta obra, o leitor, ávido por descobertas históricas, se surpreenderá com grandes revelações: a primeira luta pela liberdade em Minas Gerais; qual foi a primeira lei de caráter ambiental do Brasil; a historia do bispo da Igreja Católica que lutou contra a escravidão no país; o surgimento do conceito de “preservação do patrimônio” e consequentemente dos museus em terras brasileiras; além da história de importantíssimos brasileiros que revolucionaram seus tempos, como Manuel da Costa Ataíde, Cláudio Manoel da Costa, Frei Santa Rita Durão, Diogo de Vasconcelos, dentre tantos outros.

O Livro
A edição do livro “Assim nasceram as Minas Gerais: uma visão panorâmica da história” marcará os 305 anos da criação da primeira vila das Minas do Ouro por decisão do governador Antonio de Albuquerque, o estadista que pôs fim à Guerra dos Emboabas.
Foi uma iniciativa da Academia Marianense de Letras. A edição e a coordenação editorial ficaram a cargo do também escritor Gustavo Nolasco, membro da mesma academia. “A obra é uma jazida de grandes preciosidades da história mineira e brasileira, desde o século XVII, garimpadas com maestria por um dos maiores estudiosos do assunto no país”, adianta Nolasco.

O Autor
O professor Roque Camêllo é membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Tornou-se uma das maiores referencias da historia de Mariana e suas influências para a formação do estado e do país. Como pesquisador propôs, em 1977, a criação do Dia do Estado de Minas Gerais, comemorado em todo o território mineiro em 16 de julho. Passou a infância no Piteiro, lugarejo pertencente ao subdistrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana. Desde jovem até os dias de hoje, dedica sua vida profissional à defesa da cultura e dos patrimônios de Mariana e, consequentemente, de Minas Gerais. Segundo ele, “proteger as cidades históricas é preservar a História Mineira e dar exemplo para todos os municípios fazerem o mesmo”.
É diretor-executivo da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (Fundarq), pela qual foi responsável pela segunda reforma do Órgão Arp Schnitger da Catedral de Mariana; pelo restauro do Santuário Nossa Senhora do Carmo, consumido, em grande parte, pelo incêndio em 1999, e do Antigo Palácio dos Bispos. Pela Fundarq, vem conduzindo, com uma equipe de arqueologia e arquitetura, a reconstrução e a revitalização dos Jardins Históricos deste Palácio. Roque Camêllo encaminhou para a UNESCO o projeto de certificação e inscrição do acervo do Museu da Música de Mariana no programa “Registro Memoria Del Mundo”, deferido em 2011. Hoje, preside a Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico da OAB/MG e é Conselheiro da Associação Internacional (AUI).
 
Fonte: Luz Comunicação