segunda-feira, 21 de novembro de 2016

J.D. Vital lança livro em Mariana


A revoada dos anjos de Minas

      Lançamento do livro “A Revoada dos Anjos de Minas” (Ou A diáspora de Mariana) do jornalista membro efetivo da Academia Marianense de Letras J.D. Vital. O evento será hoje, dia 21 de novembro, segunda-feira, às 19h30, na Casa de Cultura de Mariana.

      Veja na postagem abaixo “A revoada dos anjos de Minas”, datada de 08.11.16, a resenha literária escrita por Roque Camêllo sobre o livro de J.D. Vital.

sábado, 19 de novembro de 2016

Seminário Maior São José e os Lazaristas


Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues*

(...) Mas, na crônica da administração de Dom Oscar, ficou lavrado um registro doloroso concernente à história do Seminário Maior. No dia 02.09.66, a Diretoria e professores da casa, depois de um conselho, subiram até o Sr. Arcebispo a quem foram comunicar a inviabilidade de prosseguirem com o seminário aberto, “por falta de piedade, disciplina, obediência, desinteresse por estudos sérios, franca oposição de alguns ao celibato e insubmissão ao Decreto Pontifício “Optatam Totius”. Diante deste quadro de declarada rebeldia, não restou ao Arcebispo outra medida senão a de acatar a sugestão da Direção, mas o Sr. Arcebispo fez questão que ouvissem logo sua primeira avaliação pessoal sobre todos aqueles tristes acontecimentos: “os senhores estão simplesmente colhendo daquilo que semearam”.
 
     A bem da justiça, há que se admitir que um impetuoso furacão, movido por uma tendenciosa e pouco ortodoxa interpretação do ultimo Concilio, agitou e confundiu a Igreja deixando estragos na convivência eclesiástica seminários, congregações religiosas... Com a misericordiosa derrogação na disciplina do celibato clerical, permitida por João XXIII e mantida por Paulo VI, somente na Arquidiocese de Mariana, onze sacerdotes abandonaram o ministério sacerdotal pela secularização, havendo de apenas um a recusa em normalizar sua situação, pelo pedido da dispensa dos votos. Outras dioceses e congregações religiosas lastimaram uma deserção bem maior que a nossa. Não era fácil manter o equilíbrio em meio a um desassossego tão grande! Mas também, numa homenagem à justiça, não se eximem de culpa alguns professores e lazaristas da época, pelos dias conturbados que o seminário maior conheceu. Faltou prudência, faltou cuidado na formação dos alunos e no governo da casa, não faltou um certo envolvimento demagógico e comprometedor! (...)
    
     O antecipado encerramento das atividades letivas no Maior, acontecido em data de 08.09.66, foi maldosamente explorado pela imprensa sensacionalista que, de modo inescrupuloso, veiculou informações caluniosas, denegrindo o conceito da Arquidiocese e o nome de seu Arcebispo. Neste reprovável desserviço, distinguiu-se o jornal de Belo Horizonte “O Diário”, que antes chegou a ser conhecido como “católico”. Alguns seminaristas, aliás alunos, se prestaram ainda, imprudentes e mal intencionados, a dar entrevistas para jornais e revistas sem que tivessem competência e critério para tanto.Estas notícias distorcidas e criticas injustas trouxeram profunda amargura ao coração do Arcebispo, amargura que não foi facilmente esquecida. Cinco anos depois,em agosto de 1971, recebendo a cordial visita de Sua Eminência, o Sr. Cardeal Dino Staffa, Prefeito da Signatura Apostólica, o Sr. Arcebispo se queixava com ele destes amargos dissabores, que tão agudamente o feriram .
 
     Lazaristas
     Estes lamentáveis episódios determinaram ainda a ruptura de um convênio secular celebrado entre a Arquidiocese e a Congregação da Missão, a cujo governo estavam entregues os seminários, há 111 anos. O venerando contrato que, desde o distante ano de 1855, no abençoado bispado de Dom Viçoso, era sempre reformado de dez em dez anos e que expiraria ao final de 1969, foi denunciado num respeitoso acordo com o Visitador lazarista da época, Rvm° Pe. Demerval José Mont’Alvão. Também isto não aconteceu sem um duro sofrimento para o coração do Sr. Arcebispo, ex-aluno sempre agradecido e sinceramente amigo dos congregados vicentinos.
   
     Não lhe faltou, no entanto, uma fervorosa solidariedade vinda até mesmo de expressivos elementos da própria Congregação da Missão. De fato, o apostolado Vicentino procurava outras metas, diferentes daquelas que lhe traçou o Santo Fundador – as missões e os seminários – e onde, no passado, os Lazaristas fizeram magnífico bem. Paulatinamente, arrefeceu o entusiasmo com a formação sacerdotal e os Padres Vicentinos foram entregando sucessivamente os seminários que, no passado, com reconhecida maestria, dirigiram no Brasil: em Fortaleza (Prainha), Salvador da Bahia, São Luis do Maranhão, Curitiba no Paraná, Diamantina no norte de Minas, Aparecida e Assis em São Paulo, Brasília e... Mariana. Também o espírito sacerdotal, em alguns meios, tinha degenerado sensivelmente: não menos de nove dos professores Lazaristas, que trabalharam em Mariana, laicizaram-se posteriormente, nesta época conturbada!
 
     Mas aos 20 de fevereiro do ano seguinte, 1967, sob a direção dos padres diocesanos, o seminário São José reabriu as suas portas, com trinta e seis promissoras vocações, retomando esperançoso sua histórica missão.
 
*Excerto extraído do livro “O Báculo e a Mitra de Dom Oscar de Oliveira, 11° Bispo e 3° Arcebispo de Mariana (1960-1988), de autoria de Monsenhor Flávio Carneiro Rodrigues, Membro Efetivo da Academia Marianense de Letras.

sábado, 12 de novembro de 2016

Prisão em 2ª instância já vale em todo país


STF decide que prisão em 2ª instância pode valer para todos

     Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que vale para todos os casos do país a decisão da Corte, tomada no mês passado, sobre a possibilidade de execução de penas – como a prisão – após a condenação pela Justiça de segundo grau. O entendimento do STF foi formado em votação concluída na noite de quinta-feira, no plenário virtual da Corte, que é uma espécie de plataforma online em que os ministros se posicionam, entre outras coisas, sobre a aplicação da repercussão geral de certos casos.
 
     Em outubro, dos 11 ministros que compõem a Corte, seis votaram pela possibilidade de cumprimento da pena antes do esgotamento de todos os recursos. Outros cinco se posicionaram contra a execução da pena antes do chamado “trânsito em julgado” - fim do processo penal. Na época, o ministro Marco Aurélio Mello destacou que a Corte estava decidindo sobre a cautelar, não sobre o mérito das ações.
 
     O ministro Teori Zavascki abriu uma votação online para que os ministros se pronunciassem sobre a repercussão geral e a reafirmação da jurisprudência da Corte de permitir a prisão após condenação em segunda instância. Na prática, com a confirmação da decisão do STF, as instâncias inferiores devem seguir o entendimento do Supremo.
Divisão
 
     Na votação realizada no plenário virtual, votaram a favor da reafirmação da jurisprudência do STF os ministros Teori Zavascki, Edson Fachin, Luiz Fux, Luiz Roberto Barroso, Gilmar Mendes e a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. Todos eles já haviam votado a favor da execução antecipada da pena no julgamento realizado em outubro.
 
     À época, os ministros alegaram que a prisão depois do julgamento na segunda instância era importante para combater a morosidade da Justiça, a sensação de impunidade e a de impedir que um volume grande de recursos seja utilizado para protelar o inicio do cumprimento da pena.
 
     Contra a reafirmação da jurisprudência posicionaram-se os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
 
     A ministra Rosa Weber, que havia se posicionado contra a prisão de réus com condenação em segunda instância, não se manifestou sobre a reafirmação da jurisprudência no plenário virtual da Corte.
 
     Criminalistas reclamam que a decisão do STF fere o principio da presunção de inocência. Por outro lado, investigadores apontam que, se a Corte voltasse atrás no entendimento, operações como a Lava Jato poderiam ficar prejudicadas, já que isso desestimularia condenados que temem a prisão a colaborar com a Justiça.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A revoada dos anjos de Minas


Lançamento do livro “A Revoada dos Anjos de Minas” (Ou A diáspora de Mariana) do jornalista membro efetivo da Academia Marianense de Letras JD Vital, faz Mariana voltar à cena. O evento será hoje 8 de novembro, terça-feira, às 19h30, na Livraria Leitura do Shopping Pátio Savassi.
 
     A REVOADA DOS ANJOS DE MINAS retrata, após cinquenta anos, o fechamento temporário do Seminário Maior de Mariana-MG, em 1966, quando os ventos renovadores do Concílio Vaticano II sopravam a poeira dos casarões religiosos mineiros e brasileiros.
     O autor tem grande ligação com Mariana, além de pertencer a Arquidiocese, nascido em Barão de Cocais. JD Vital ocupa a cadeira nº 04 da Academia Marianense de Letras cujo Patrono é DOM ANTÔNIO FERREIRA VIÇOSO. O convite para ocupar esta cadeira foi-lhe feito por mim, em razão de seu conhecimento e estudos sobre Bispos e Arcebispos do Brasil. Para ocupar a Cadeira de Dom Viçoso, precisava ser alguém que conhecesse a história do “Santo Particular”, assim chamado pelo poeta Carlos Drumond de Andrade, e Vital era a pessoa certa para dar a Dom Viçoso seu merecido destaque.
      O jornalista é autor de vários livros-reportagem, entre eles, “Quem Calçará as Sandálias do Pescador?”, “A CBMM e a Cidadania” e “Como se Faz um Bispo - segundo o Alto e o Baixo Clero". Com este, Vital traz a público dados importantes e desconhecidos sobre a sagração de uma autoridade episcopal.
     Para a também Acadêmica Profa. Regina Almeida, “JD Vital é um autor sempre muito bem recebido pelo público leitor, em face do estilo fluente e da qualidade de seus escritos, além de seu preparo vaticanista e como grande conhecedor da História da Igreja do Brasil ”.
      O novo livro de JD Vital, vindo a lume por solicitação da Associação dos Ex-alunos dos Seminários de Mariana (AEXAM), registra os fatos inusitados causadores do fechamento temporário das portas da tradicional Instituição fundada por Dom Frei Manoel da Cruz, em 1750. Na época em que se deu a interrupção das atividades, o titular do Arcebispado de Mariana era Dom Oscar de Oliveira. Embora inativo por pouco tempo, o fato abalou a Imprensa Nacional porque representava uma gama de questionamentos que os atores, seminaristas então chamados de Anjos de Minas, levantavam a partir das discussões e decisões do Concílio Vaticano II. Uma das consequências foi o rompimento administrativo com a benemérita Congregação da Missão, Padres Lazaristas que dirigiam os Seminários, há mais de um século, a convite de Dom Viçoso, 7º Bispo de Mariana. A tradicional Casa de formação eclesiástica com seus Cursos de Humanidades, Filosofia e Teologia, meses depois foi reaberta sob a responsabilidade de padres do clero arquidiocesano.
     Pelo Seminário Marianense passaram grandes nomes da vida eclesiástica brasileira, muitos estudantes que se tornaram próceres da política nacional, cientistas, historiadores e professores. Este Seminário foi o precursor da formação universitária mineira com seus Cursos de Filosofia e Teologia, pois, Minas somente veio a conhecer outros (Farmácia e Engenharia) 100 anos depois.
     JD Vital pesquisou meses a fio para produzir “A REVOADA DOS ANJOS”, lendo jornais da tumultuada época da diáspora (1966) e fazendo entrevistas com pessoas que viveram aquele momento, alunos, padres e leigos. De tudo se conclui como foi e continua importante para o Brasil esta Casa de formação religiosa, cultural e cívica que caminha para seus 270 anos. Ao mesmo tempo, com seu estilo leve, agradável e convidativo, transporta o leitor a um tempo de notáveis transformações não só para a Igreja, mas também para a sociedade brasileira.
     Embora o assunto nada tem a ver com o outro, o livro de JD Vital chega num momento em que Mariana, a primeira capital de Minas, se vê mergulhada na maior tragédia ambiental do Brasil com o rompimento da Barragem de Fundão no distrito de Bento Rodrigues, a 24 km do sítio histórico urbano. O noticiário nacional e internacional, colocando sempre o lado negativo do acontecimento, lamentavelmente inegável, traz consequências funestas a esta importante Cidade Histórica tombada pelo IPHAN. Não fazendo a mídia os necessários e úteis esclarecimentos, deixa a cidade e seus magníficos monumentos e equipamentos culturais como se estivessem sob a lama da Barragem do Fundão, amedrontando os turistas.
     Os prejuízos se avolumam porque a receita municipal, oriunda da atividade minerária, se interrompeu e o turismo praticamente desapareceu. Assim, chegar ao público, nesta hora, mais um livro tratando de outro tema pelo qual se evidencia a importância do Seminário de Mariana, é consolador e pode contribuir para mudar o eixo da força negativa para a esperança de um novo tempo. Vital merece todos os nossos encômios, fazendo Mariana voltar à cena, ao palco de sua verdadeira vocação.
Roque Camêllo, Presidente da Academia Marianense de Letras.

sábado, 5 de novembro de 2016

Luciano Guimaraães toma posse na Academia


Jovem advogado, escritor e pesquisador Luciano Guimarães Pereira toma posse na Academia Marianense de Letras

     A Academia Marianense de Letras recebe com festa o novo Acadêmico Efetivo, o advogado, pesquisador e escritor Luciano Guimarães Pereira que ocupará a Cadeira nº 36 cujo Patrono é o Conselheiro do Império JOSÉ JOAQUIM DA ROCHA, dia 05 de novembro, às 19h30, na sede da Casa de Cultura, rua Frei Durão, 84, Centro Histórico de Mariana.
A saudação ao recipiendário será proferida pelo Acadêmico Anício Chaves, Cadeira nº 07, Patrono Monsenhor José Silvério Horta.
      Sua posse ocorre dentro das comemorações dos 54 anos de fundação da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras instituída por intelectuais de renomado conhecimento dentre os quais Waldemar de Moura Santos, Pedro Aleixo, Alphonsus de Guimaraens Filho, Wilson Chaves, Dom Oscar de Oliveira, José Mesquita de Carvalho, Padre Antônio da Cruz, Salomão de Vasconcelos, Cristovão Breyner, Maria Teixeira da Fonseca, Marly Moysés, Padre Belchior Cornélio da Silva e Edgar de Vasconcelos Barros. Entre os diversos objetivos daquele grupo estavam o incentivo, a promoção e o resgate da cultura mineira com ênfase na defesa do idioma nacional.
    
     Luciano Guimarães, nascido em Ouro Preto e criado em Mariana onde aprendeu a ler e cursou o Fundamental e o 2º Grau, fez Direito na UFOP. É mestre em História e especialista em Direito Público. Foi Vereador em Mariana, sendo, na época, o mais jovem do Brasil (1997 a 2000).
     Participou de diversas entidades da sociedade organizada, com especial destaque para o LEO Clube de Mariana Gaveteiro. É membro do LIONS Clube de Mariana, tendo sido Governador do Distrito LC-4, em 2009/2001. Na galeria dos Governadores, ele aparece como o mais jovem do mundo.
     Hoje, integra a Comissão de Transição instituída pelo Prefeito eleito de Ouro Preto, Júlio Pimenta.
É autor de “A Defesa da Honra: Ações de injúria no século XVIII em Mariana”. Recentemente lançou “Água do Coração”. Para o escritor que tem “a maioria dos textos vindos dos sonhos”, nada mais natural do que, numa madrugada, acordar e escrever o primeiro texto que daria origem à obra homônima – “Água do Coração”. Sempre ousado e decidido a dar oportunidade a outros, pesquisou e incorporou textos dos autores Nina Carta e Gualter Silva.
 
     Em “A Defesa da Honra”, estudou a sociedade mineira no século XVIII que estava em formação. Sua dissertação investiga as ações de injúria propostas no foro secular, durante o século XVIII, em Mariana, com o propósito de analisar a aplicação do direito na defesa da honra, considerando as virtudes que delimitavam o papel da honra naquela sociedade.
Para a Acadêmica professora Patrícia Ferreira, integrante da banca de doutores que analisou sua tese de Mestrado, “Luciano começa a historiar partindo de seu universo de formação como advogado. Depois, deixa-se enlear no manto de Clio. Começa a despontar, entre suas descobertas e interpretações, a tentativa de compreensão do que significaram os valores como a honra e os crimes que a envolviam no universo do Antigo Regime”.
 
     Para o Acadêmico Ozanan Santos, “a posse de Luciano Guimarães, na semana comemorativa dos 54 anos da Academia, é um fato auspicioso, pois, nos faz lembrar a alegria do nosso fundador Waldemar Moura Santos quando um jovem se despontava para a produção intelectual. Esta é a Mariana que desejamos”.
Segundo o presidente da Academia Marianense de Letras, historiador Roque Camêllo, “Mariana é cidade inspiração para escritores, desde o século XVIII, iniciando com o advogado e poeta Cláudio Manoel da Costa. O neoacadêmico confirma esta tese. Luciano engrandecerá a Instituição com sua capacidade de criar, escrever e gostar de pesquisa.”
 
     Na oportunidade, será homenageada a professora Andréa Mól, diretora da Escola Municipal de Goiabeiras. É um exemplo de amor e dedicação ao Ensino. Graduou-se em Letras e é pós graduada em Psicopedagogia Institucional. Lecionou em várias instituições como na Escola do Gogô e nas Escolas Estaduais de Bento Rodrigues, Cônego Mauro de Faria, em Bandeirantes, Monsenhor Morais, em Furquim, e Dom Silvério. Exerceu também o magistério no Colégio Providência e no Arquidiocesano de Ouro Preto. Atualmente é diretora da Escola Municipal Joaquim Emílio Baptista, em Goiabeiras, cujo aluno Pedro Eduardo Gonçalves Barbosa se classificou para a “Olimpíada Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” – categoria “Crônica”. Pedro Eduardo concorreu com o texto “A bezerra voadora” que será lido na solenidade. O autor cursa o 9º ano do Ensino Fundamental sendo sua professora Cláudia Aparecida de Freitas.
A Andréa Mól e Cláudia receberão o Diploma do Mérito Cultural Moura Santos.
 
Merania de Oliveira, Assessoria de Comunicação da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras.