CONVITE
Há quarenta e cinco anos caminhamos. Durante esse tempo, o Madrigal Mariana fez muitos amigos que ajudaram a amadurecer nosso trabalho e você, com certeza, ocupa um lugar especial em nossa trajetória.
Agradecendo carinhosamente seu apoio, convidamos você e sua família para o Concerto a se realizar na Academia Marianense de Letras quando nossas vozes se elevam ao céu para agradecer a Deus.
Programação
Data: 29 de outubro - sábado – às 20,30 horas
1. Concerto pelo Madrigal Mariana
2. Apresentação do Grupo Musical “Uns & Outros”, comemorando seus 15 anos de existência.
Local: Casa de Cultura de Mariana – Rua Frei Durão, 84 – centro.
Este evento artístico-cultural faz parte das comemorações do 54º aniversário de fundação da Academia Marianense de Letras.
45 ANOS
DO MADRIGAL MARIANA
Em 1971, um pugilo de jovens se uniu para fundar um
coral. Eram moças e rapazes dotados de bom conhecimento musical e de vozes
privilegiadas. A matéria prima estava, pois, latente, esperando apenas
materializar o sonho. Mariana foi sempre a cidade da música, bastando lembrar a
União XV de Novembro, a 16 de Julho e a São Vicente, na sede urbana, as duas de Passagem, a São
Caetano de Monsenhor Horta que completou 180 anos e as outras dos demais
distritos.
Àquela época, já
não existiam a São José e a do Seminário Menor, o que ocorreu também com a
Orquestra e a Schola Cantorum do Seminário Maior. Enquanto isto,
multiplicavam-se os conjuntos musicais. No entanto, faltava algo que se
apresentasse na Semana Santa, nas solenidades cívicas e acadêmicas, que nos fizesse
voltar aos mestres como João de Deus de Castro Lobo e Lobo de Mesquita. Daí, os
nossos aplausos aos destemidos pioneiros como Terezinha Dutra, Timóteo os Moura
Santos e outros mais cujos nomes são fundamentais para a criação do Madrigal
Mariana.
Não sei de quem foi a ideia do nome Madrigal, aliás uma
pérola, que, em sua origem significa uma composição poética, evoluindo-se no
século XIV para uma composição poético-musical. Já no século XVI, era um dos
gêneros mais considerados da música italiana. Escrevia-se um madrigal para uma
até seis vozes que se faziam acompanhar ou não de algum instrumento como a
harpa.
Desejosos de aperfeiçoamento, em certo momento a pedido
da dedicada Aparecida Santos, patrocinei a colaboração de uma professora
especializada em regência, tudo com aprovação da Terezinha Dutra. Parece ter
sido muito bom para todos os madrigalistas.
Somado ao termo Madrigal, pôs-se Mariana, outra feliz
iniciativa porque a terra da música precisa manter viva sua tradição
tricentenária. Eis aí o Órgão Arp Schnitger da Catedral, o mais importante
instrumento histórico musical do Brasil, e o Museu da Música, inscrito no
“Programa Memória del Mundo da UNESCO, título equivalente a Patrimônio Cultural
da Humanidade.
Hoje, continuam numerosas nossas “Bandas de Música
(Mariana detém o maior número em Minas), os conjuntos musicais (tradicionais e
pop), diversos corais como o TOM MAIOR que está completando 10 anos que canta e
encanta todos com seus adolescentes cantores e dançarinos, orquestras de câmara,
músicos que se apresentam solo.
Tudo isto tem sua importância para Mariana, pois, retrata
a alma e a vida marianense voltada para a alegria e até para situações
lúgubres. No primeiro caso, a música é um tônico que explode no sorriso; no
outro, é bálsamo que alivia a alma e o coração até que se desponte uma nova
aurora.
É desta forma que vemos a existência do Madrigal Mariana
e por que nosso fundador e líder, o saudoso prof. Waldemar Moura Santos,
abraçou, desde o início, o Madrigal, acolhendo-o na Casa de Cultura como um dos
objetivos desta.
Seguindo os passos do Waldemar, mantemos a mesma conduta,
pois, se trata de um equipamento cultural que já fez e continuará fazendo muito
bem à Cultura marianense.
Nesta solenidade de júbilo pelos 45 anos do Madrigal
Mariana, apresenta-se também o Grupo Musical “Uns e Outros” que está
comemorando seus quinze anos de existência.
Desejamos a ambos, “Madrigal Mariana” e “Uns e Outros”,
vida longa, espalhando harmonia, paz e alegria.
Por fim, é de se registrar que, fundada em 28 de outubro
de 1962, a Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras chegou a seus 54 anos
procurando ser um baluarte em defesa de nossa Cultura e de nossas tradições.
Aos fundadores, aos Acadêmicos e a todos os colaboradores esta Casa expressa
sua gratidão.
Roque Camêllo
Presidente