O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594). Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc. O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura. A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
Essas manifestações atuais contra a discriminação racial em todo país me fez lembrar alguns episódios socioculturais ocorridos em Mariana até a segunda metade do século XX. Aqui em Mariana entre 1950 a 1980, ainda no meu tempo de criança, juventude e já bem adulto, a Praça Gomes Freire, o nosso conhecido jardim, era dividido em duas partes: à noite, durante o footing, passeio a pé para espairecer, uma parte do jardim era destinada a pessoas brancas e a outra parte destinada a pessoas negras. Atualmente no jardim só há um saudável preconceito contra o comportamento animalesco de marginais que não respeitam e nem convivem civilizadamente com a ordeira e pacata comunidade marianense.
Alguns clubes sociorecreativos e esportivos não permitiam a entrada de negros em sua sede social, a não ser alguns sócios negros proprietários de cotas ou jogadores que, embora negros, faziam parte da equipe de futebol do clube. Para compensar essa odiosa discriminação racial, foi criado naquela época em Mariana o clube Maracatu destinado exclusivamente a pessoas negras. Outro fato que escandalizava Mariana naquele tempo era o casamento entre pessoas negras e brancas.
Em passado mais remoto, no século XVIII, foram criadas várias irmandades religiosas com viés racista. A irmandade do Santíssimo da igreja da Sé, a Irmandade Carmelita, da igreja do Carmo e a Irmandade Franciscana, da igreja de São Francisco eram destinadas a pessoas de cor branca, enquanto as Irmandades das igrejas do Rosário, das Mercês e da Confraria eram destinadas a pessoas de cor negra.
E o fato mais auspicioso, demonstrando civilidade, é que este tipo de racismo social e religioso em Mariana acabou por livre e espontânea vontade de seus habitantes, sem precisar da atuação de grupos antirracistas politicamente organizados.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc. O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura. A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
Essas manifestações atuais contra a discriminação racial em todo país me fez lembrar alguns episódios socioculturais ocorridos em Mariana até a segunda metade do século XX. Aqui em Mariana entre 1950 a 1980, ainda no meu tempo de criança, juventude e já bem adulto, a Praça Gomes Freire, o nosso conhecido jardim, era dividido em duas partes: à noite, durante o footing, passeio a pé para espairecer, uma parte do jardim era destinada a pessoas brancas e a outra parte destinada a pessoas negras. Atualmente no jardim só há um saudável preconceito contra o comportamento animalesco de marginais que não respeitam e nem convivem civilizadamente com a ordeira e pacata comunidade marianense.
Alguns clubes sociorecreativos e esportivos não permitiam a entrada de negros em sua sede social, a não ser alguns sócios negros proprietários de cotas ou jogadores que, embora negros, faziam parte da equipe de futebol do clube. Para compensar essa odiosa discriminação racial, foi criado naquela época em Mariana o clube Maracatu destinado exclusivamente a pessoas negras. Outro fato que escandalizava Mariana naquele tempo era o casamento entre pessoas negras e brancas.
Em passado mais remoto, no século XVIII, foram criadas várias irmandades religiosas com viés racista. A irmandade do Santíssimo da igreja da Sé, a Irmandade Carmelita, da igreja do Carmo e a Irmandade Franciscana, da igreja de São Francisco eram destinadas a pessoas de cor branca, enquanto as Irmandades das igrejas do Rosário, das Mercês e da Confraria eram destinadas a pessoas de cor negra.
E o fato mais auspicioso, demonstrando civilidade, é que este tipo de racismo social e religioso em Mariana acabou por livre e espontânea vontade de seus habitantes, sem precisar da atuação de grupos antirracistas politicamente organizados.
Hoje a miscigenação no Brasil é tão espontânea que os negros e negras de tão bonitos são convidados a participar de concurso de beleza e de desfiles de moda.
Discordando em parte, não totalmente, da ideia geral de que só há discriminação racial no país, no meu entendimento, salvo melhor juízo, o que acontece realmente de pior no Brasil de hoje é a discriminação socioeconômica. Explico: hoje o negro e o branco, pobres, são discriminados, enquanto o negro e branco, ricos, são privilegiados. Os pobres, sejam brancos ou negros, não conseguem entrar nas melhores escolas, cursos, faculdades e universidades do país, enquanto os ricos, brancos e negros, conseguem. Essa odiosa discriminação socioeconômica também precisa acabar concedendo indistintamente a educação de qualidade para todos.
Discordando em parte, não totalmente, da ideia geral de que só há discriminação racial no país, no meu entendimento, salvo melhor juízo, o que acontece realmente de pior no Brasil de hoje é a discriminação socioeconômica. Explico: hoje o negro e o branco, pobres, são discriminados, enquanto o negro e branco, ricos, são privilegiados. Os pobres, sejam brancos ou negros, não conseguem entrar nas melhores escolas, cursos, faculdades e universidades do país, enquanto os ricos, brancos e negros, conseguem. Essa odiosa discriminação socioeconômica também precisa acabar concedendo indistintamente a educação de qualidade para todos.