A CASA DE CULTURA-ACADEMIA MARIANENSE DE LETRAS lança o livro de poesias “A VIDA EM MISTÉRIOS - Uma roda gigante de aventuras, alegrias e perigos, dando voltas...”, de autoria de JAILDA DE FREITAS SILVA, membro da 1ª turma da Academia Infantojuvenil de Letras. Será no próximo 25 de abril, às 19h30, Rua Frei Durão, 84 – Centro Histórico, Mariana.
Idealizada pela professora Hebe Rôla, a Academia Infantojuvenil de Letras foi fundada em 14 de agosto de 2004 como um departamento da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras. Seu público alvo é formado por crianças, adolescentes e jovens entre 9 a 21 anos. Para ser fundada, contou com o apoio e o incentivo do presidente da Academia Roque Camêllo.
Para a profa. Hebe “a nossa preocupação é com as crianças, adolescentes e jovens que estão se afastando da leitura e têm dificuldades na expressão oral e escrita e desconhecem boa parte da norma culta da língua portuguesa. Queremos despertar neles o gosto pela leitura como fonte de cultura pelo lazer”.
Semanalmente esses “Acadêmicos” se encontram com membros da Academia para estudos em torno da análise de obras, leitura, produção de textos e iniciação ao teatro.
Jailda faz parte daqueles adolescentes que, em 2004, sob a coordenação da profª. Hebe, formaram a turma inicial da Infantojuvenil de Letras. Hoje, é universitária cursando Artes Cênicas na UFOP e leciona teatro no Recreavida, um departamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. É dinâmica e está envolvida em outros trabalhos sociais da cidade.
Na apresentação do livro, Roque Camêllo escreveu: “A baianinha-marianense chegou a Mariana vinda de Nordestina, aos 10 anos de idade. Sua mãe, Justina Freitas, veio de São Paulo onde encontrou e se encantou com um mineiro de Diogo de Vasconcelos. Decidiram morar em Mariana. Justina buscou, na Bahia, as duas filhas, Lourdinha e Jailda.
Menina tímida que se alfabetizou na Escola Estadual Dom Benevides, com seu sotaque bem baiano chamou a atenção de todos, inclusive pela vontade de ler e escrever. Mostrava gosto pelo estudo. Jailda tornou-se poeta registrando suas experiências vividas em Nordestina. Traz para as páginas do seu livro as pessoas e os lugares de sua infância. Nela, retrata suas angústias, canta o amor e dá asas à esperança.
Segundo o acadêmico Gustavo Nolasco, “foi na leitura que Jailda se encontrou. Aprendeu a amar as letras, ler, escrever e interpretar, já que desponta também como uma atriz.”
Em eventos da Academia, os infantojuvenis se apresentam e alguns escrevem seus poemas. Quando de uma homenagem ao marianense, Acadêmico Fernando Morais, Jailda escreveu o poema: “Fernando não nasceu, estrelou”. O celebrado escritor se emocionou ao ver-se nos pueris momentos pelas ruas de Mariana. Ela também homenageou, com seus textos, Dom Francisco Barroso, o jornalista J.D. Vital, o poeta Lucas Guimaraens, o saudoso marianense Vicente Cândido da Silva e outros
*Fonte: texto de Merania Oliveira
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