Desde que acompanho a política marianense, a partir do final da década de 1950, os anais históricos da nossa edilidade registram que a Câmara Municipal de Mariana já cassou politicamente o mandato eletivo de quatro políticos: três prefeitos e um vereador. No passado, um prefeito e um vereador foram injustamente cassados pelo plenário da Câmara.
Agora, sem que fosse ouvido o plenário, a Mesa da Câmara, - constituída apenas pelo presidente, o vice e o secretário, acatando uma mera sugestão do Ministério Público, sem que houvesse até hoje qualquer decisão da Justiça Eleitoral a quem cabe a prerrogativa constitucional de fato decidir a permanência ou não do prefeito e vice no cargo, - afastou Celso Cota do cargo de prefeito e colocando no lugar dele o vice Duarte Junior que governa o município há quase dois meses.
Dos doze vereadores que não decidiram o afastamento de Celso e nem sequer a posse de Duarte Junior no cargo de prefeito, somente um protestou: Pedro Eldorado. Os demais calaram e quem cala consente.
Por sua vez, o Ministério Público, que não pode dar sugestão ao juiz como deu à Câmara para afastar ou dar posse a alguém, corretamente, do ponto de vista legal, pediu à Justiça Eleitoral duas providências: que o prefeito e vice, eleitos, sejam afastados e haja novas eleições para o preenchimento do cargo. Ou seja, o Ministério Público, ao mesmo tempo em que sugere à Câmara que afaste o prefeito e dê posse ao vice, pede à Justiça Eleitoral o contrário: o afastamento dos dois do cargo. Haja incoerência!
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