Em entrevista concedida a uma emissora de rádio local, o presidente da Câmara Municipal de Mariana revelou que, segundo seus cálculos, o município teria que repassar 16 milhões de reais à Câmara, mas este ano o valor entregue foi de 14 milhões, dois milhões a menos do que o previsto.
Como os contribuintes marianenses, por falta contumaz de transparência das contas públicas municipais, jamais souberam o quanto custava a manutenção anual do nosso legislativo, a revelação, como não poderia ser de outra maneira, causou espanto.
Com a crise financeira que assola o nosso município, com funcionários públicos municipais perdendo o emprego ou diminuindo o seu salário para não perdê-lo, até agora nenhum vereador se dispôs a diminuir os seus altos salários.
Na verdade, só mesmo para manter 15 vereadores, talvez uma meia centena de funcionários, custeio de aluguel de gabinetes, de automóveis, ajudas de custo, diárias, passagens aéreas e terrestres, gastos milionários com matérias publicitárias em emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas, da realização daquelas pomposas e eleitoreiras festas de agraciação de títulos, comendas, medalhas, diplomas e outras mordomias, para custear enfim tudo isso seria preciso realmente ter uma dotação orçamentária de 16 milhões.
À guisa de comparação, centenas de municípios mineiros não têm uma dotação orçamentária legislativa tão generosa como essa. A dotação orçamentária para o legislativo dos municípios de Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Alvinópolis, Barra Longa, juntos, é bem menor do que o daqui.
Como eu sempre digo e repito: o legislativo como é praticado no Brasil é um poder inútil, pois não fiscalizar nada e, o pior, a sua manutenção custa muito caro aos cofres públicos.
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