Quando surgiu no Brasil, o telefone celular custava cerca de cinco mil reais. O preço era muito alto e só pessoas com bom poder aquisitivo poderiam adquiri-lo. Aliás, até mesmo o preço do telefone fixo era alto, na faixa de dois mil reais e a gente era obrigado a declarar a posse dele na Receita Federal, como bem patrimonial na declaração do imposto de renda.
Naquela época, as pessoas de renda alta não perderam tempo: durante muito tempo tiveram os seus quinze minutos de fama desfilando e exibindo o telefone celular pelas ruas da cidade. À medida que o valor do telefone celular foi diminuindo, as pessoas de renda média começaram a possuir também o aparelho, antes uma exclusividade apenas dos ricos.
As pessoas de classe média, a exemplo da rica, também não perderam tempo: passaram a exibir orgulhosas o seu celular, desfrutando também por muito tempo os seus quinze minutos de fama. Quando o telefone celular se tornou muito popular e barato, foi a vez das pessoas de renda baixa a ter seus quinze minutos de fama, momentos que desfrutam até hoje.
Agora, são as pessoas de baixa renda que mais utilizam o telefone celular em público. Esse uso popular do celular em público mudou o comportamento das pessoas de renda alta e média, causando nelas certo constrangimento.
Antigamente, quando o preço do celular era muito alto, falar em público no telefone celular era uma exibição muito chique. Hoje, para essas pessoas mais abonadas e enciumadas, virou uma exibição brega, coisa de pobre.
Na verdade,porém, as pessoas de renda alta, média e baixa sempre usaram o telefone celular em público não por necessidade pessoal inadiável ou de emergência, mas sim, para exibir, demonstrar que são prestigiadas, importantes, conquistadoras, amadas, pessoas de negócio.
Na verdade,porém, as pessoas de renda alta, média e baixa sempre usaram o telefone celular em público não por necessidade pessoal inadiável ou de emergência, mas sim, para exibir, demonstrar que são prestigiadas, importantes, conquistadoras, amadas, pessoas de negócio.
O telefone celular sempre foi um amuleto para pessoas vaidosas e exibicionistas, que precisam demonstrar personalidade e esconder sua timidez.
Então, para demonstrar prestigio para o sexo oposto, jovens adolescentes adoram ficar ligando para todo mundo, inclusive para ninguém, quando fingem estar recebendo uma ligação fantasma. Por falta de personalidade querem mostrar o que não são.
Mas não são somente os jovens que têm esse comportamento imbecil. Alguns marmanjos, já passados dos 40 anos, gostam também de exibir. Alguns funcionários da Prefeitura Municipal de Mariana, por exemplo, usando veículos oficiais, são useiros e vezeiros em desrespeitar as leis de trânsito dirigindo e atendendo celular ao mesmo tempo. Até vereadores dão péssimo exemplo dirigindo e telefonando ao mesmo tempo. Querem mostrar que têm muito serviço e não podem perder tempo e parar o veículo. Proprietários de veículos particulares fazem a mesma coisa. A vontade de aparecer é irresistível, uma doença incurável. Esses motoristas deslumbrados e idiotas infratores jamais serão punidos, pois falta fiscalização no trânsito de Mariana. Que moral o Demutran terá para multar outras pessoas que praticam essas infrações de trânsito graves, se toda hora essas infrações são praticadas por seus superiores hierárquicos em veículos da Prefeitura e Câmara dando publicamente mal exemplo?
Mas, convenhamos, pior do que a exibição silenciosa dos celulares é a barulheira infernal provocada por bandos de jovens tímidos e mal amados que, dentro de seus carros, querem chamar a atenção das jovens através de potentes caixas de som. Apesar de proibida por lei municipal, a poluição sonora continua a infernizar os moradores do centro histórico de Mariana.
O que adianta proibir se não há fiscalização? Perguntar não ofende!
Mas, convenhamos, pior do que a exibição silenciosa dos celulares é a barulheira infernal provocada por bandos de jovens tímidos e mal amados que, dentro de seus carros, querem chamar a atenção das jovens através de potentes caixas de som. Apesar de proibida por lei municipal, a poluição sonora continua a infernizar os moradores do centro histórico de Mariana.
O que adianta proibir se não há fiscalização? Perguntar não ofende!
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