Ontem, dia 26.06.2015, sexta-feira, à tarde, houve um principio de incêndio no lampião de iluminação pública afixado na fachada da loja localizada na Rua Direita n° 85 que, felizmente, foi debelado pelo proprietário do referido estabelecimento comercial atingido. A Rua Direita, com seu belo casario ligado uns aos outros, é o mais bonito conjunto arquitetônico existente na cidade. Desde que minha família foi morar nela, em 1949, portanto há 66 anos, a Rua Direita passou por duas fases distintas: Na primeira fase, os seus proprietários usavam as suas casas para residência no segundo andar e, no térreo, para exercer as suas atividades comerciais. Posteriormente, com a morte dos antigos proprietários, seus descendentes, com raras e honrosas exceções, transformaram as propriedades totalmente comerciais, alugando-as para terceiros que, por sinal, não têm nenhum compromisso com segurança do imóvel alugado.
Algumas casas na Rua Direita nunca fizeram a revisão de suas instalações elétricas. Há, inclusive, instalações elétricas anteriores a entrada da Cemig em Mariana em 1966 e nunca foram revisadas e atualizadas. Qualquer curto circuito é capaz de destruir, num irresistível efeito dominó, todas as casas ali geminadas, causando uma tragédia que poderia ser evitada e não é apenas por negligencia dos proprietários ou locatários relapsos, como também por omissão dos poderes públicos municipais, estaduais e federais.
Aqui em Mariana não temos Corpo de Bombeiro, as ruas não têm hidrantes. O perigo de incêndio no centro histórico de Mariana é tão grande que nenhuma das seguradoras de incêndio de bancos comerciais instalada aqui se arrisca a proteger o nosso casario colonial. O município, o IPHAN, o Ministério Publico não tomam nenhuma providência para obrigar os proprietários de imóveis proceder a uma vistoria geral compulsória nas instalações elétricas de imóveis da Rua Direita em particular e do Centro histórico em geral. Lamentável!
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