“Roque Camêllo passou a infância no Piteiro, lugarejo pertencente ao subdistrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana. Desde jovem, dedicou a sua vida a amar seu pedaço de chão e estendeu esse amor à sua Minas Gerais. Ele proclama que “proteger as cidades históricas é preservar a história mineira e dar exemplo para todos os municípios fazerem o mesmo”.
Foi aluno do Seminário de Mariana de onde saiu para se formar em Letras e Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Enriqueceu seus estudos na Universidade de Harvard (EUA) e na France Langue de Paris. Foi conselheiro da Associação Universitária Internacional (AUI), sediada em São Paulo.
Professor, fundou o Colégio São Vicente de Paula, em Belo Horizonte, onde também presidiu a Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico da OAB/MG.
Sem nunca abandonar sua vocação de servir a Mariana, foi vereador, vice-prefeito e prefeito da cidade. Como pesquisador propôs, em 1977, a criação do Dia do Estado de Minas Gerais, comemorado em todo o território mineiro em 16 de julho. No início dos anos 80, liderou o movimento para construção da estrada de contorno para salvar o centro histórico de Mariana.
São inúmeras suas contribuições para a preservação da Memória e promoção da Cultura mineira. Presidiu a Academia Marianense de Letras e foi diretor-executivo da Fundação Cultural e Educacional da Arquidiocese de Mariana (FUNDARQ), pela qual foi responsável pela segunda reforma do Órgão Arp Schnitger da Catedral de Mariana; pelo restauro do Santuário Nossa Senhora do Carmo, consumido, em grande parte, pelo incêndio de 1999, e do Antigo Palácio dos Bispos. Ainda pela fundação, vinha conduzindo com uma equipe de arqueologia e arquitetura a reconstrução e a revitalização dos Jardins Históricos deste Palácio.
Coordenou a publicação do livro “16 de Julho, o Dia do Estado de Minas Gerais” e encaminhou para a UNESCO o projeto de certificação e inscrição do acervo do Museu da Música de Mariana no programa “Registro Memoria Del Mundo”, deferido em 2011.
Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, tornou-se uma das maiores referências da história de Mariana e suas influências para a formação do estado e do país“.
Gustavo Nolasco
Membro Efetivo a Academia Marianense de Letras
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