Gustavo Werneck
Conhecida como Rua dos Artistas, a Rua Dom Silvério será toda revitalizada, com melhorias nos passeios, troca do calçamento e instalação de rede subterrânea, hidrantes e câmeras de vigilância.
Mariana, primeira capital de Minas, dá um passo decisivo para se tornar patrimônio da humanidade, título já concedido pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) a Ouro Preto, Diamantina e à Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Para garantir mais fidelidade à paisagem original e valorizar os monumentos, começam, hoje, as obras de revitalização da Rua Dom Silvério, conhecida como “dos Artistas”, uma das principais do Centro Histórico. No trecho de quase mil metros, a prefeitura local vai gastar R$ 2 milhões na substituição da iluminação aérea pela subterrânea, iniciativa que vai garantir mais leveza, beleza e segurança para os moradores.
As obras integram o plano diretor e o projeto de requalificação urbanística e arquitetônica, do arquiteto Gustavo Penna, e vão durar dois meses, ficando prontas para as comemorações do aniversário da cidade, em 16 de julho. Considerada uma das vias públicas tradicionais da cidade, com seus casarões e igrejas do século 18, ateliês de artistas plásticos e residências das famílias mais antigas, a Dom Silvério vai passar por completa modificação. As intervenções, de acordo com informações da prefeitura, incluem retirada de cabos de eletrificação e de telefonia e dos postes, troca de partes do calçamento e dos passeios, além de instalação de oito hidrantes e câmeras de segurança. Um dos charmes será a instalação de lampiões na fachada das casas coloniais.
"A nossa intenção é fazer com que a rua, que abriga tão importante conjunto arquitetônico barroco, se torne mais atrativa para os turistas e melhore a qualidade de vida dos seus moradores", afirma o prefeito Celso Cota. Para não causar problemas à circulação de veículos, nem comprometer o acesso ao Hospital Monsenhor Horta, a uma escola e hotéis, a guarda municipal e funcionários do departamento municipal de trânsito vão atuar no local durante todo o período. Em reunião com a comunidade, o prefeito disse que o objetivo é despoluir visualmente a região e melhorar o trânsito, sem comprometer a estrutura das casas.
Moradora da Rua Dom Silvério há 30 anos, a historiadora Maria do Carmo Neme de Queiroz diz que o trabalho é “muito salutar”, pois valoriza a parte de maior relevância de Mariana, que fica a 115 quilômetros de Belo Horizonte. “Estamos muito satisfeitos e a nossa única preocupação é de que tudo saia dentro do prazo”, disse Maria do Carmo, que participou da reunião na prefeitura sobre a condução do projeto.
O escultor e entalhador Hélio Petrus Viana, que mantém o seu ateliê no local há 40 anos, aplaude a medida que vai livrar a rua da poluição visual em todos os aspectos, desde a Praça Minas Gerais, com as igrejas do Carmo e São Francisco e a sede da Câmara, passando pelo Colégio Providência e pela igreja da arquiconfraria de Nossa Senhora dos Anjos até chegar à de São Pedro dos Clérigos (1752).
As obras contemplam ainda os passeios, que serão recuperados, alinhados e padronizados com quartzito e a substituição do calçamento em paralelepípedo por seixo. "Toda intervenção em cidade histórica é delicada. E esta obra vai trazer desconforto aos moradores porque as
garagens não poderão ser usadas e nem os carros vão trafegar pela rua. Mas todos os departamentos da prefeitura estão envolvidos para amenizar os transtornos", afirmou o secretário municipal de Obras, Targino Guido.
A igreja de São Pedro dos Clérigos, uma das portas de entrada do Centro Histórico, terá o asfalto de seu entorno retirado e substituído por paralalepípedos. “As pedras antigas dos passeios, que forem retiradas, serão guardadas pelas famílias que moram em frente do trecho em serviço”, adianta a engenheira civil Fátima Guido, que é coordenadora do programa Monumenta/Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)/Mariana Histórica e integra a equipe da prefeitura que conduz o projeto de requalificação da cidade.
*Matéria extraida do jornal "Estado de Minas", de 05.05.2008.
Mariana, primeira capital de Minas, dá um passo decisivo para se tornar patrimônio da humanidade, título já concedido pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) a Ouro Preto, Diamantina e à Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Para garantir mais fidelidade à paisagem original e valorizar os monumentos, começam, hoje, as obras de revitalização da Rua Dom Silvério, conhecida como “dos Artistas”, uma das principais do Centro Histórico. No trecho de quase mil metros, a prefeitura local vai gastar R$ 2 milhões na substituição da iluminação aérea pela subterrânea, iniciativa que vai garantir mais leveza, beleza e segurança para os moradores.
As obras integram o plano diretor e o projeto de requalificação urbanística e arquitetônica, do arquiteto Gustavo Penna, e vão durar dois meses, ficando prontas para as comemorações do aniversário da cidade, em 16 de julho. Considerada uma das vias públicas tradicionais da cidade, com seus casarões e igrejas do século 18, ateliês de artistas plásticos e residências das famílias mais antigas, a Dom Silvério vai passar por completa modificação. As intervenções, de acordo com informações da prefeitura, incluem retirada de cabos de eletrificação e de telefonia e dos postes, troca de partes do calçamento e dos passeios, além de instalação de oito hidrantes e câmeras de segurança. Um dos charmes será a instalação de lampiões na fachada das casas coloniais.
"A nossa intenção é fazer com que a rua, que abriga tão importante conjunto arquitetônico barroco, se torne mais atrativa para os turistas e melhore a qualidade de vida dos seus moradores", afirma o prefeito Celso Cota. Para não causar problemas à circulação de veículos, nem comprometer o acesso ao Hospital Monsenhor Horta, a uma escola e hotéis, a guarda municipal e funcionários do departamento municipal de trânsito vão atuar no local durante todo o período. Em reunião com a comunidade, o prefeito disse que o objetivo é despoluir visualmente a região e melhorar o trânsito, sem comprometer a estrutura das casas.
Moradora da Rua Dom Silvério há 30 anos, a historiadora Maria do Carmo Neme de Queiroz diz que o trabalho é “muito salutar”, pois valoriza a parte de maior relevância de Mariana, que fica a 115 quilômetros de Belo Horizonte. “Estamos muito satisfeitos e a nossa única preocupação é de que tudo saia dentro do prazo”, disse Maria do Carmo, que participou da reunião na prefeitura sobre a condução do projeto.
O escultor e entalhador Hélio Petrus Viana, que mantém o seu ateliê no local há 40 anos, aplaude a medida que vai livrar a rua da poluição visual em todos os aspectos, desde a Praça Minas Gerais, com as igrejas do Carmo e São Francisco e a sede da Câmara, passando pelo Colégio Providência e pela igreja da arquiconfraria de Nossa Senhora dos Anjos até chegar à de São Pedro dos Clérigos (1752).
As obras contemplam ainda os passeios, que serão recuperados, alinhados e padronizados com quartzito e a substituição do calçamento em paralelepípedo por seixo. "Toda intervenção em cidade histórica é delicada. E esta obra vai trazer desconforto aos moradores porque as
garagens não poderão ser usadas e nem os carros vão trafegar pela rua. Mas todos os departamentos da prefeitura estão envolvidos para amenizar os transtornos", afirmou o secretário municipal de Obras, Targino Guido.
A igreja de São Pedro dos Clérigos, uma das portas de entrada do Centro Histórico, terá o asfalto de seu entorno retirado e substituído por paralalepípedos. “As pedras antigas dos passeios, que forem retiradas, serão guardadas pelas famílias que moram em frente do trecho em serviço”, adianta a engenheira civil Fátima Guido, que é coordenadora do programa Monumenta/Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)/Mariana Histórica e integra a equipe da prefeitura que conduz o projeto de requalificação da cidade.
*Matéria extraida do jornal "Estado de Minas", de 05.05.2008.
Meu Comentário: Sinceramente, não entendi a razão de retirar pedras antigas dos passeios da Rua Dom Silvério e doá-las aos moradores. E nem entendi também por que trocar as pedras antigas dos passeios por pedras novas. Seria para "prestigiar" donos de pedreiras? Por que na Rua Direita, o mais importante casario colonial barroco de Mariana, não foram instalados também câmaras de segurança e hidrantes e nem restaurados os passeios?
Perguntar não ofende!
Um comentário:
eu karine e tia geralda estamos em campos do jordao estamo adorando a cidade apesar da chuva.Estamos bem foi o unico jeito de escrever para vc de noticias em casa pois nao teve jeito de ligar.Abracos.karinee tia geralda.
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