A minha primeira participação no carnaval de Mariana foi em 1950, quando tinha apenas nove anos. O Marianense F.C. pediu autorização a meus pais para compor uma das alas de vários blocos carnavalescos promovidos pelo clube. Naquela ocasião, os grandes organizadores do carnaval de rua do Marianense F. C. eram os saudosos carnavalescos José Mesquita e Fabinho Gomes, que escolhiam o enredo, as alegorias, os adereços e fantasias do bloco rubro-negro.
Ao contrário de hoje, o custo da confecção das fantasias ficava a cargo dos foliões. Os próprios sócios do clube doavam toda estrutura necessária e mão-de-obra gratuita para construção dos grandes e belíssimos carros alegóricos. Como o Marianense, o Guarany F.C. também fazia belíssimos blocos carnavalescos e carros alegóricos, tudo construído com recursos próprios dos foliões e sócios dos clubes.
Naquele tempo, a prefeitura de Mariana era paupérrima. Não tinha sequer um veículo. A coleta de lixo de Mariana era feita numa carroça puxada por um burro, até o final da década de 1960. Mas o carnaval era maravilhoso, chique, charmoso, elegante, criativo, com muito confete e serpentina e o cheiro maravilhoso dos lança-perfumes. Depois do carnaval de rua, começava, a partir de onze horas da noite, o carnaval nos salões do Marianense, Guarany e Maracatu.
A partir da década de 1970, com o advento das multinacionais empresas mineradores, como a Vale, a Samarco e a Samitri, a prefeitura municipal de Mariana ficou riquíssima. O orçamento no ano passado foi de 150 milhões de reais. Foi quando a sociedade civil marianense e os clubes sociais de Mariana se acomodaram.
Naquele tempo, a prefeitura de Mariana era paupérrima. Não tinha sequer um veículo. A coleta de lixo de Mariana era feita numa carroça puxada por um burro, até o final da década de 1960. Mas o carnaval era maravilhoso, chique, charmoso, elegante, criativo, com muito confete e serpentina e o cheiro maravilhoso dos lança-perfumes. Depois do carnaval de rua, começava, a partir de onze horas da noite, o carnaval nos salões do Marianense, Guarany e Maracatu.
A partir da década de 1970, com o advento das multinacionais empresas mineradores, como a Vale, a Samarco e a Samitri, a prefeitura municipal de Mariana ficou riquíssima. O orçamento no ano passado foi de 150 milhões de reais. Foi quando a sociedade civil marianense e os clubes sociais de Mariana se acomodaram.
Para suprir essa lacuna, o município de Mariana começou a bancar toda a infra-estrutura material e financeira do carnaval, com doação de verbas especificas para as escolas de samba e blocos carnavalescos. No meu entendimento, salvo melhor juízo, apesar das verbas generosas da prefeitura, a qualidade do carnaval de Mariana piorou.
Atualmente, os blocos carnavalescos marianenses não têm nenhuma criatividade. Ao receberem verbas municipais, os organizadores desses blocos compram com dinheiro público camisetas simples com o logotipo do grupo, vendendo-as depois para os foliões que participam dos blocos. A outra parte da verba pública é destinada à compra de bebidas alcoólicas para animar os foliões. Nos últimos anos, os blocos carnavalescos patrocinados pela prefeitura viraram um incestuoso balcão de negócios para promover políticos e favorecer fornecedores de bebidas alcoólicas.
Conclusão da historia: a união do suor dos foliões com o bafo de onça transforma o nosso carnaval no mais fedorento da região dos Inconfidentes, capaz inclusive de espantar qualquer turista. A atual administração municipal precisa ficar mais rigorosa na liberação de verbas para os blocos carnavalescos, exigindo de seus dirigentes mais criatividade e menos balcão de negócios particulares com recursos públicos.
Os contribuintes marianenses, que gostam de carnaval-arte, esperam que o dinheiro público seja mais bem aplicado!
Atualmente, os blocos carnavalescos marianenses não têm nenhuma criatividade. Ao receberem verbas municipais, os organizadores desses blocos compram com dinheiro público camisetas simples com o logotipo do grupo, vendendo-as depois para os foliões que participam dos blocos. A outra parte da verba pública é destinada à compra de bebidas alcoólicas para animar os foliões. Nos últimos anos, os blocos carnavalescos patrocinados pela prefeitura viraram um incestuoso balcão de negócios para promover políticos e favorecer fornecedores de bebidas alcoólicas.
Conclusão da historia: a união do suor dos foliões com o bafo de onça transforma o nosso carnaval no mais fedorento da região dos Inconfidentes, capaz inclusive de espantar qualquer turista. A atual administração municipal precisa ficar mais rigorosa na liberação de verbas para os blocos carnavalescos, exigindo de seus dirigentes mais criatividade e menos balcão de negócios particulares com recursos públicos.
Os contribuintes marianenses, que gostam de carnaval-arte, esperam que o dinheiro público seja mais bem aplicado!
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