segunda-feira, 23 de março de 2009

Oposição midiática

Alguns empresários da imprensa falada e escrita de Mariana, não todos evidentemente, têm feito severas críticas ao comportamento político e administrativo do atual prefeito que está no poder há apenas três meses. Nem bem começou a sua gestão, já virou saco de pancadas de parte da imprensa. Acusam-no de estar incomunicável e mais distante do povo, afirmando, sem explicar, que estamos vivendo um terror na cidade de Mariana e que o isolamento e a indiferença do prefeito com a imprensa assustam. São contra a postura do prefeito que se esconde da imprensa e do povo e deixam claro que a falta de decisão e esclarecimento para com a imprensa é lamentável.
Desde o começo do século XX até 2008, a transição política em Mariana era muito mais fácil. O grupo político da Esquerda ou da Direita que perdia eleição deixava a prefeitura livre e desimpedida para que o grupo vencedor tomasse posse imediata do poder. Na eleição de 2004, quando a Direita tradicional apoiou a Esquerda dissidente reelegendo Celso Cota, o vice-prefeito eleito, Roque Camêllo, para não criar embaraços, jamais interferiu na sua administração, como, por exemplo, indicando nomes para o secretariado. Celso Cota continuou com a sua antiga equipe de trabalho. Mas quando foi eleito com o apoio da Esquerda dissidente, Roque Camêllo, para não criar problemas com o grupo de Celso Cota, está mantendo o grupo provisoriamente na sua administração. Como nunca teve interferência direta no funcionamento da máquina administrativa municipal, apesar de ser vice-prefeito, Roque Camêllo, cauteloso, resolveu contratar uma empresa especializada para fazer um diagnóstico técnico da administração municipal, ainda não conhecido.
No meu entendimento, salvo melhor juízo, é com esse diagnóstico, que muitos chamam de auditoria, que Roque Camêllo irá começar a administrar o município. Baseado nele e sem perseguições políticas, ele irá então escolher os seus secretários definitivos e nomeará pessoas para os cargos de confiança da atual administração.
Mas será que os empresários da comunicação estão realmente preocupados apenas com o sumiço do prefeito que não dá entrevista à imprensa e foge do povo? Será que eles estão mesmo preocupados com o bem estar da população marianense e com a suposta falta de respeito do prefeito para com seus leitores e ouvintes?
Os marianenses precisariam ser muito idiotas e otários para acreditar nessa versão fajuta dos empresários da comunicação. Mas a preocupação é outra, bem diferente. Na verdade, impacientes, estão preocupados é com a falta das verbas públicas publicitárias que ainda não saíram para eles até hoje. Quando saírem, aposto que cessarão essas preocupações.
Os empresários da comunicação, por exemplo, não estão nada preocupados com o comportamento da Câmara e de seus vereadores. Lá estão recebendo generosas verbas publicitárias semanalmente. Se faltar verbas, coitados , pau neles!
A verdade é que prefeitos e vereadores anteriores já foram também vítimas dessa crônica chantagem jornalística praticada por alguns gananciosos empresários da comunicação. Como alguns prefeitos e vereadores tinham telhado de vidro e rabo preso com a imprensa, para não ser desmoralizados, sempre foram compelidos a injetar em empresas jornalísticas, emissoras de rádios e televisão generosas verbas publicitárias pagas pelo contribuinte marianense. No passado, essa estratégia chantagista contra prefeitos sempre deu certo. No futuro dará? Com Roque Camêllo na prefeitura, não acredito!

Um comentário:

Unknown disse...

783Bom dia!... Eu sou um dos descendentes da família Diniz, meus bisavós e avós, dos Diniz, Garcêz, Almeida, Neves e Novais, muitos destes, sepultados no adro daquela linda igreja de Santana, hoje totalmente destruida quase sem nenhuma referência,a capela, pontinho branco naquela montanha cinza, escura,onde eu caminhei na infância difícil em inúmeras procissões, pois fui ajudante de missas, que levava cavalo celado a Mariana no primeiro domingo do mês para que D. Oscar de Oliveira la celebrace missa; Capela onde meus pais se casaram em 1928 e fui batizado em 1937. Hoje fico feliz mas apreensivo, será que alguma empresa poderosa poderá adquirir a área que é da Cia Minas da Passagem, e a pretexto de implantar uma mineração de minério ferro, descaracterizar, devastar todo aquele verdadeiro santuário?
Espero e tenho fé na força e apelo popular que finalmente reconstrua a igreja, vivo em São Paulo ha 55 anos e gostaria de ainda estar vivo e assistir essa reinauguração da igreja que, jamais deveria ter saido de onde foi erguida em 1711;É o mínimo que a comunidade local e Marianense deve fazer pela memória de centenas de conterrâneos que ali foram sepultados e merecem nosso mais profundo respeito.

Obrigado.
Nedi A.Diniz