Desde o começo da década de 1940, quando eu nasci, até 1953, quando concluí o curso primário, na Escola Estadual Dom Benevides, Mariana não tinha estabelecimento de ensino secundário destinado a jovens de sexo masculino. As Escolas que existiam em Mariana eram o Colégio Providência, na época, destinada apenas a pessoas do sexo feminino, e os Seminários Menor e Maior, ambos destinados à formação de jovens para a carreira eclesiástica.
O único estabelecimento de ensino secundário existente em Mariana era o Ginásio Arquidiocesano que foi transferido para Ouro Preto, em meados da década de 1930, pelo então Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira. A transferência desse ginásio interrompeu o estudo de muitos jovens em Mariana.
Para suprir essa lacuna, em caráter precário, foi criado o Externato Marianense pelo benemérito Cônego Braga, estabelecimento de ensino que funcionava ali na Praça Gomes Freire e não expedia diplomas, pois não tinha reconhecimento oficial do Estado.
Para suprir essa lacuna, em caráter precário, foi criado o Externato Marianense pelo benemérito Cônego Braga, estabelecimento de ensino que funcionava ali na Praça Gomes Freire e não expedia diplomas, pois não tinha reconhecimento oficial do Estado.
Para acabar com esse terrível dilema de jovens que não tinham condições sócio-econômicas para continuar seus estudos fora de Mariana, um grupo de marianenses ilustres residentes em Belo Horizonte criou o Grêmio Marianense, entidade liderada, entre muitos, pelos saudosos marianenses Wilson Chaves, na época deputado estadual, Professor José Mesquita de Carvalho e o Dr. Sylvestre Freire de Andrade, este último ainda vivo.
Essa associação, com o apoio decisivo do benemérito Dom Oscar de Oliveira, criou o Ginásio Dom Frei Manoel da Cruz, em 1954, que teve o patrocínio da Campanha Nacional dos Educandários Gratuitos (CNEG), posteriormente denominada Campanha Nacional dos Educandários da Comunidade (CNEC).
O primeiro diretor do ginásio foi o Cônego Oscar de Oliveira que, por ter sido sagrado e nomeado bispo auxiliar de Pouso Alegre (MG), ficou pouco tempo no cargo, quando teve a sorte de escolher como seu sucessor o Padre José Dias Avelar que ocupou o cargo até o seu falecimento. Depois do falecimento de Padre Avelar, o Dom Frei foi municipalizado e o município, em sua homenagem, deu-lhe o nome de Colégio Municipal Padre Avelar, hoje cedido em comodato à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Quando o Ginásio Dom Frei já estava em pleno funcionamento, diplomando várias turmas e já com o reconhecimento do MEC, eis que surge um fato inusitado, tragicômico na história da educação em Mariana.
Dr. Celso Arinos Motta, advogado, líder da Esquerda marianense, deputado estadual, pediu e conseguiu com o então governador de Minas Gerais a criação de um ginásio estadual, com funcionários e professores nomeados pelo Estado e funcionou ficticiamente por algum tempo na sua casa ali na Rua Direita e, pasmem, tinha o mesmo nome do ginásio verdadeiro: Dom Frei Manoel da Cruz.
Descoberta a farsa do ginásio fantasma, o benemérito deputado Wilson Chaves e o Dr. Sylvestre Freire de Andrade, membros do Governo de Magalhães Pinto, tomaram providências para acabar com golpe do ginásio fantasma: ao invés de “estadualizar” o Dom Frei que já existia, foi então criado um novo estabelecimento de ensino que recebeu o nome de Escola Estadual Dom Silvério e tendo como seu primeiro diretor o Cônego Paulo Dilascio.
Incrível, mas como se vê, foi em decorrência da existência de um ginásio fantasma que surgiu então mais um estabelecimento de ensino secundário em Mariana!
Essa associação, com o apoio decisivo do benemérito Dom Oscar de Oliveira, criou o Ginásio Dom Frei Manoel da Cruz, em 1954, que teve o patrocínio da Campanha Nacional dos Educandários Gratuitos (CNEG), posteriormente denominada Campanha Nacional dos Educandários da Comunidade (CNEC).
O primeiro diretor do ginásio foi o Cônego Oscar de Oliveira que, por ter sido sagrado e nomeado bispo auxiliar de Pouso Alegre (MG), ficou pouco tempo no cargo, quando teve a sorte de escolher como seu sucessor o Padre José Dias Avelar que ocupou o cargo até o seu falecimento. Depois do falecimento de Padre Avelar, o Dom Frei foi municipalizado e o município, em sua homenagem, deu-lhe o nome de Colégio Municipal Padre Avelar, hoje cedido em comodato à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Quando o Ginásio Dom Frei já estava em pleno funcionamento, diplomando várias turmas e já com o reconhecimento do MEC, eis que surge um fato inusitado, tragicômico na história da educação em Mariana.
Dr. Celso Arinos Motta, advogado, líder da Esquerda marianense, deputado estadual, pediu e conseguiu com o então governador de Minas Gerais a criação de um ginásio estadual, com funcionários e professores nomeados pelo Estado e funcionou ficticiamente por algum tempo na sua casa ali na Rua Direita e, pasmem, tinha o mesmo nome do ginásio verdadeiro: Dom Frei Manoel da Cruz.
Descoberta a farsa do ginásio fantasma, o benemérito deputado Wilson Chaves e o Dr. Sylvestre Freire de Andrade, membros do Governo de Magalhães Pinto, tomaram providências para acabar com golpe do ginásio fantasma: ao invés de “estadualizar” o Dom Frei que já existia, foi então criado um novo estabelecimento de ensino que recebeu o nome de Escola Estadual Dom Silvério e tendo como seu primeiro diretor o Cônego Paulo Dilascio.
Incrível, mas como se vê, foi em decorrência da existência de um ginásio fantasma que surgiu então mais um estabelecimento de ensino secundário em Mariana!
2 comentários:
Ozanan,sou marianense,nasci na antiga rua dos Cortes.Estudei e me formei no Dom Frei,turma de 1963 (ginasial). Fui muitas vezes à casa de seus pais,o saudoso e ilustre Waldemar Moura Santos. Sou filha do Bengo,lembra-se? Saudade de minha terra e de meus conterrâneos.Excelente artigo!
Assim se passaram dez anos...
Pois é! revirando passado, encontramos pessoas como a Marizinha do Bengo, sobrinha do Sr. Lauro.
Onde andará Mariazinha? Da nossa turma muitos já nos deixaram, mas nem todos. Recentemente foi a Nilza Reis, que se casou no dia da formatura: 22 de dezembro de 1963.
Precisamos rever nossos camaradas, mesmo que à distância. Hoje há muita facilidade para isso.
Apesar do triste relato do Dr. Maromba (Celso Mota), um forte abraço para todos.
Enock Gualberto Arcanjo <> eg.arcanjo@uol.com.br <> 13 de fevereiro de 2022.
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