Desde o começo da década de 1950, ainda adolescente, até hoje, venho acompanhando o trabalho benemérito de pessoas ilustres e instituições culturais sérias que foram verdadeiros mecenas da cultura marianense. Em 1934, quando o Ginásio Arquidiocesano, que funcionava no antigo Palácio Velho, hoje Museu da Música, foi transferido para Ouro Preto pelo então arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira, Mariana ficou sem ensino secundário durante 20 anos.
Nesse período, só funcionavam em Mariana, os dois seminários menor e maior destinados à formação de jovens para a carreira eclesiástica e o Colégio Providência que, na ocasião, só admitia jovens do sexo feminino. Muitos rapazes de classe média e pobre tiveram que interromper seus estudos por falta de condições econômicas para continuá-los. Para suprir essa lacuna educacional, o Cônego Francisco Vieira Braga, o saudoso Cônego Braga, criou o Externato Marianense, instituição que ministrava gratuitamente matérias básicas do curso secundário para jovens carentes.
A salvação da juventude estudantil marianense aconteceu quando o arcebispo Dom Oscar de Oliveira e um grupo de marianenses ilustres residentes em Belo Horizonte instituíram o Grêmio Marianense, liderado pelo deputado estadual Wilson Chaves, Prof. José Mesquita de Carvalho e Dr. Sylvestre Freire de Andrade. O Grêmio Marianense foi a instituição fundamental para que o Ginásio gratuito Dom Frei Manoel da Cruz fosse criado em 1954 e dirigido por mais de 40 anos pelo emérito educador Padre José Dias Avelar.
Fatos muito importantes para o desenvolvimento da cultura marianense, ocorridos na segunda metade do século XX, foram a criação do Museu Arquidiocesano em setembro de 1962; a restauração do órgão Arp Schnitger em 8 de dezembro de 1984, ambos por iniciativa de Dom Oscar de Oliveira e que contou com a importante colaboração de Dr. Francisco Afonso Noronha, responsável pelo restauro do órgão na Europa. Importante também foi a restauração do Cine Teatro de Mariana pelo benemérito Dr. José Alencar da Silva, então presidente da FIEMG, hoje vice-presidente da República.
A Casa de Cultura de Mariana, criada em 1962 por Waldemar de Moura Santos, deu também muita contribuição para cultura marianense ao lançar o EDEM-I, o 1º Encontro para o Desenvolvimento de Mariana em 1979, quando seus autores intelectuais, Dr. Sylvestre Freire de Andrade, Prof. Roque Camêllo e o autor deste Blog, em parceria com os poderes Executivo, Legislativo, Eclesiástico e comunidade marianense, entre outras reivindicações, conseguiram a instalação de agências bancárias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil na cidade, a construção da estrada de contorno pelo Governo do Estado e mineradoras para preservação do centro histórico de Mariana, além, é claro, da instituição oficial do Dia do Estado de Minas Gerais pelo Governador Francelino Pereira em 1979. Nesta instituição, foram criados o Madrigal Mariana em 1971 e que, durante 38 anos ininterruptos, participa da parte coral da Semana Santa em Mariana e a Escola de Violão que ensina graciosamente dezenas de alunos a tocar aquele instrumento de cordas, sob a orientação do Professor Rafael Arcanjo Santos. O Movimento Renovador de Mariana, criado pela saudosa Efigênia Maria da Silva, uma instituição que, durante quase duas décadas, luta pela preservação das tradições culturais, religiosas e dos movimentos sociais da cidade.
Outro exemplo edificante de cultura para todos, é a Orquestra e Coro Mestre Vicente, sob a dinâmica direção de Efraim Leopoldo Rocha. É uma instituição exemplar, que apóia, incentiva e ensina graciosamente a cultura musical para muita gente carente de bairros e que participa de quase todas as solenidades cívicas e religiosas da cidade, já possuindo uma bela e confortável sede social própria.
As tradicionais e novas Corporações Musicais de Mariana, como a União XV de Novembro, Santa Cecília, São Sebastião, São Vicente e outras, também são instituições importantes para o desenvolvimento cultural, verdadeiras escolas de música para jovens que têm talentos musicais.
Entretanto, na contramão da cultura para todos, temos a egoística cultura acadêmica, aquela em que intelectuais idiotas, otários e deslumbrados sonham com a imortalidade. Narcisistas, não produzem cultura para ninguém, são apenas doutores e mestres em vaidade pessoal. Em termos de produção cultural de interesse coletivo, nada fazem. Só pensam neles. Vaidosos e egocêntricos, adoram ser bajulados, gostam de receber verbas públicas para fazer promoção pessoal, diplomas, medalhas, condecorações, insígnias e títulos honoríficos. Hoje, as principais instituições acadêmicas no país são verdadeiras catedrais da vaidade cultural dos intelectuais tupiniquins. É a escola do macaco Chico da novela “Caras e Bocas”, da Rede Globo, fazendo sucesso no Brasil e aqui em Mariana.
Felizmente, contrapondo a esse pequeno, mas atuante escola acadêmica, um irresistível poço sem fundo de vaidades pessoais, Mariana já teve e, graças a Deus, ainda tem ilustres mecenas e instituições sérias que promovem cultura para todos!
A salvação da juventude estudantil marianense aconteceu quando o arcebispo Dom Oscar de Oliveira e um grupo de marianenses ilustres residentes em Belo Horizonte instituíram o Grêmio Marianense, liderado pelo deputado estadual Wilson Chaves, Prof. José Mesquita de Carvalho e Dr. Sylvestre Freire de Andrade. O Grêmio Marianense foi a instituição fundamental para que o Ginásio gratuito Dom Frei Manoel da Cruz fosse criado em 1954 e dirigido por mais de 40 anos pelo emérito educador Padre José Dias Avelar.
Fatos muito importantes para o desenvolvimento da cultura marianense, ocorridos na segunda metade do século XX, foram a criação do Museu Arquidiocesano em setembro de 1962; a restauração do órgão Arp Schnitger em 8 de dezembro de 1984, ambos por iniciativa de Dom Oscar de Oliveira e que contou com a importante colaboração de Dr. Francisco Afonso Noronha, responsável pelo restauro do órgão na Europa. Importante também foi a restauração do Cine Teatro de Mariana pelo benemérito Dr. José Alencar da Silva, então presidente da FIEMG, hoje vice-presidente da República.
A Casa de Cultura de Mariana, criada em 1962 por Waldemar de Moura Santos, deu também muita contribuição para cultura marianense ao lançar o EDEM-I, o 1º Encontro para o Desenvolvimento de Mariana em 1979, quando seus autores intelectuais, Dr. Sylvestre Freire de Andrade, Prof. Roque Camêllo e o autor deste Blog, em parceria com os poderes Executivo, Legislativo, Eclesiástico e comunidade marianense, entre outras reivindicações, conseguiram a instalação de agências bancárias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil na cidade, a construção da estrada de contorno pelo Governo do Estado e mineradoras para preservação do centro histórico de Mariana, além, é claro, da instituição oficial do Dia do Estado de Minas Gerais pelo Governador Francelino Pereira em 1979. Nesta instituição, foram criados o Madrigal Mariana em 1971 e que, durante 38 anos ininterruptos, participa da parte coral da Semana Santa em Mariana e a Escola de Violão que ensina graciosamente dezenas de alunos a tocar aquele instrumento de cordas, sob a orientação do Professor Rafael Arcanjo Santos. O Movimento Renovador de Mariana, criado pela saudosa Efigênia Maria da Silva, uma instituição que, durante quase duas décadas, luta pela preservação das tradições culturais, religiosas e dos movimentos sociais da cidade.
Outro exemplo edificante de cultura para todos, é a Orquestra e Coro Mestre Vicente, sob a dinâmica direção de Efraim Leopoldo Rocha. É uma instituição exemplar, que apóia, incentiva e ensina graciosamente a cultura musical para muita gente carente de bairros e que participa de quase todas as solenidades cívicas e religiosas da cidade, já possuindo uma bela e confortável sede social própria.
As tradicionais e novas Corporações Musicais de Mariana, como a União XV de Novembro, Santa Cecília, São Sebastião, São Vicente e outras, também são instituições importantes para o desenvolvimento cultural, verdadeiras escolas de música para jovens que têm talentos musicais.
Entretanto, na contramão da cultura para todos, temos a egoística cultura acadêmica, aquela em que intelectuais idiotas, otários e deslumbrados sonham com a imortalidade. Narcisistas, não produzem cultura para ninguém, são apenas doutores e mestres em vaidade pessoal. Em termos de produção cultural de interesse coletivo, nada fazem. Só pensam neles. Vaidosos e egocêntricos, adoram ser bajulados, gostam de receber verbas públicas para fazer promoção pessoal, diplomas, medalhas, condecorações, insígnias e títulos honoríficos. Hoje, as principais instituições acadêmicas no país são verdadeiras catedrais da vaidade cultural dos intelectuais tupiniquins. É a escola do macaco Chico da novela “Caras e Bocas”, da Rede Globo, fazendo sucesso no Brasil e aqui em Mariana.
Felizmente, contrapondo a esse pequeno, mas atuante escola acadêmica, um irresistível poço sem fundo de vaidades pessoais, Mariana já teve e, graças a Deus, ainda tem ilustres mecenas e instituições sérias que promovem cultura para todos!
2 comentários:
Gostei do seu artigo. A cultura deve ser compartilhada e não ser utilizada em benefício próprio.
Parabéns pelo artigo!
Giovanna Verdessi Hoy
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