quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ministério da Cultura, uma mamata cultural petista


Quase 60% dos Senadores já apoiam CPI da Lei Rouannet: 'vamos fechar essa teta'
Em discurso, Senador Magno Malta diz que Cultura não é patrocinar shows milionários

Nesta quarta-feira, 1º de junho, o Senador Magno Malta, eleito pelo PSC do Espírito Santo, revelou no Congresso que já tinha colhido 45 assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Lei Rouanet. O número de assinaturas já é superior ao necessário e representa quase 60% do Senado. O mínimo para a abertura de uma CPI são 27 assinaturas, ou seja, existem 18 a mais do que o necessário.
 
A Comissão do Senado ainda não foi aberta, pois Magno Malta acredita que conseguirá ainda mais assinaturas e porque também já existe uma CPI parecida em andamento na Câmara dos deputados, ou seja, seria mais prudente esperar os resultados dessa CPI.
 
A CPI irá investigar os financiamentos que foram realizados a artistas e espetáculos polêmicos pelo Ministério da Cultura durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Durante seu discurso, Magno Malta citou repasses, por exemplo, a shows de Luan Santana, um dos artistas mais lucrativos do país. "Cultura é bumba meu boi, não shows caros que já se pagam sem financiamento", reclamou o Senador do PSC.
 
Magno Malta disse que R$ 13 bilhões do dinheiro usado para a Lei Rouanet poderiam ser usados em outras áreas, como a Educação ou o Saneamento Básico. "Cultura no Brasil é não passar fome", completou o congressista, que citou o apoio, por exemplo, da Lei Rouanet ao Cirque Du Soleil. De acordo com ele, ingressos para assistir a espetáculos do grupo custam um salário mínimo, não dando assim um dos principais fundamentos da Lei Rouanet, a acessibilidade do público à Cultura. O repasse ao circo foi de mais de R$ 9 milhões. Já aos shows de Luan Santana, a Lei permitiu a captação de mais de R$ 4 milhões.
 
“Nós vamos fechar essa teta. Vamos investigar até o final de maneira contundente, doa em quem doer”, explicou o congressista, que disse que esperaria a composição da CPI na Câmara dos deputados para avaliar se outra seria feita do Senado. Um dos possíveis motivos para a criação da CPI no Senado é o possível fato de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) tentarem atrapalhar as investigações.

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