Mariana se transformou, nos últimos anos, em paraíso dos arqueólogos. Toda vez que o município faz uma revitalização no centro histórico de Mariana, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, (IPHAN), não perde tempo: contrata arqueólogos para investigar o que há de importante, do ponto de vista arqueológico, enterrado nas ruas e praças da cidade.
Por causa dessas pesquisas, as obras públicas municipais ficam paralisadas durante muito tempo, provocando revolta da população, transtorno aos moradores, transeuntes, comerciantes e o trânsito em geral.
Afinal de contas, o que de importante as pesquisas arqueológicas estão revelando para o município e sua população?
Afinal de contas, o que de importante as pesquisas arqueológicas estão revelando para o município e sua população?
Segundo o jornalista Gustavo Werneck, em matéria publicada no jornal “Estado de Minas”, de 20.06.2008, os arqueólogos contratados pelo IPHAN encontraram na Rua Dom Silvério, antiga Rua Nova, jamais conhecida como Rua dos Artistas, uma canalização do século XVIII que resgata parte da infra-estrutura dos tempos coloniais. Um dos destaques, informa o jornalista, é uma caixa de drenagem formada por blocos de quartzito e canos de cerâmicas, que eram usados para distribuir água nos chafarizes espalhados pela cidade.
Depois de descobertas, mapeadas e fotografadas as peças são novamente enterradas. Enquanto isso, as obras na Rua Dom Silvério continuam paralisadas, esperando que os arqueólogos encontrem mais peças e encerrem seus trabalhos arqueológicos.
Na Praça da Sé aconteceu a mesma coisa. Lá acharam uma ossada humana. Enquanto não contrataram arqueólogos para pesquisar se aquilo era ossada humana ou de dinossauro, a obra ficou paralisada durante vários meses e ainda não está concluída.
Certamente essas paralisações contumazes causam muitos prejuízos ao município de Mariana. Somos nós, contribuintes marianenses, que pagamos a conta. Essas paralisações sistemáticas não causam nenhum prejuízo às empreiteiras, aos donos de pedreiras, nem ao Iphan e seus arqueólogos, tampouco para certas partes interessadas em tirar vantagens indevidas pelo atraso nada convencional das obras públicas realizadas no centro histórico de Mariana.
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