sexta-feira, 29 de julho de 2016

Lei Rouanet e suas fraudes


    Em 28 de junho de 2016, a Polícia Federal deflagrou, em conjunto com a Controladoria Geral da União, a Operação Boca Livre destinada a apurar o desvio de 180 milhões de reais dos cofres públicos através da Lei Rouanet.
 
    Em 3 de abril de 2011, cinco anos atrás, eu escrevi aqui sobre o assunto o seguinte artigo.
 
    A classe intelectual brasileira, - constituída por acadêmicos, escritores, poetas, jornalistas, artistas plásticos como pintores e escultores, - adora utilizar os famosos incentivos fiscais que, na verdade, é dinheiro público. As empresas privadas, ao invés de pagar impostos municipais, estaduais e federais, são incentivadas pela Lei Rouanet a doar esses recursos públicos aos intelectuais. Com essa transferência do dinheiro público para particulares, as empresas privadas passam à sociedade a falsa imagem de mecenas da cultura nacional.
 
    Narcisistas, megalomaníacos e vaidosos, esses “intelectuais” são especialistas em arrumar projetos que visam apenas satisfazer a seus interesses econômicos, financeiros e pessoais. Esse dinheiro público é carreado para fazer promoção pessoal. Muitos se enriquecem usando e abusando do tal incentivo fiscal. Utilizam dinheiro público para fazer propaganda deles mesmos como a edição de livros e jornais de prosa e verso, alguns sem pé nem cabeça, outros até de cabeça para baixo e que ninguém entende, só eles.
 
Tentam assim reinventar a roda literária apenas para se parecer diferente do que já é tradicional e se tornar famosos e revolucionários da nova literatura brasileira como fizeram os intelectuais modernistas malucos de 1922. Muitos utilizam a verba pública para impulsionar a famosa e rendosa indústria da vaidade pessoal que consiste no agraciamento entre eles mesmos de títulos, comendas, medalhas, diplomas de méritos culturais, artísticos e educacionais a quem nada fez realmente de notável em favor da melhoria de qualidade da educação e da cultura brasileiras. Um desperdício de dinheiro público. Um absurdo!

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