Desde sua fundação em 1696 até hoje, portanto há quase 312 anos, Mariana teve sua criação e desenvolvimento econômico, cultural, artístico e religioso baseado em dois importantes ciclos: primeiro, a fase da mineração aurífera, seguida da mineração ferrífera. A primeira fase durou desde a criação de Mariana até o começo da década de 70. Foi a fase mais gloriosa de Mariana. Na área da educação surgiram os Seminários, o Colégio Providência, Colégio Arquidiocesano e demais estabelecimentos estaduais de ensino primário e secundário. Na área cultural surgiram o Cine Teatro Municipal, o Museu Arquidiocesano, a Casa de Cultura de Mariana, as Bandas de Musica centenárias como a Santa Cecília e União XV de Novembro e outras mais. No plano religioso foi criada a Diocese e posteriormente a Arquidiocese de Mariana. No plano econômico surgiram a Fábrica de Tecidos São José, a Cia. Minas da Passagem, a Mina Del-Rei. O transporte ferroviário de cargas e passageiros era intenso Mas a obra mais importante desse período áureo foi a criação desse belíssimo centro histórico com seus imponentes templos e belíssimo casario colonial barroco, planejado pelo arquiteto português Alpoim, com suas ruas paralelas e transversais formando quarteirões distintos, tudo construído longe das áreas de risco, como as encostas dos morros e margem dos rios. É a fase da mineração aurífera nos legando uma herança bendita.
A partir de 1970, começou a fase da mineração ferrífera. Metade do crescimento populacional urbano nesse período é diretamente decorrente da transferência de funcionários destas mineradoras e seus familiares para o município. A outra parcela do crescimento urbano compõe-se em grande parte de pessoas oriundas de outros municípios, possivelmente atraídas pela demanda de mão-de-obra pouco especializada, por parte das diversas empreiteiras que atuam no município. A nova periferia urbana de Mariana foi sendo constituída tanto através de processo espontâneo de ocupação de solo por populações de baixa renda em regiões desvalorizadas. Os loteamentos implementados pela administração municipal eleitoreira daquela época eram realizados de improviso, sem qualquer planejamento urbano ou saneamento básico, sem inclusão de nenhuma praça, área verde ou algum tipo de equipamento urbano como necessário ao súbito adensamento urbano, como escolas públicas, creches, postos de saúde. A maioria desses loteamentos não era dotada sequer de infra-estrutura urbana básica de água tratada, esgotos sanitários, energia elétrica e calçamento de ruas. Foi aí que começou a fatídica herança maldita.
Felizmente, a partir do ano 2000, com a entrada em vigor do Plano Diretor, muitos melhoramentos já foram feitos nesses bairros da periferia marianense. Hoje os bairros já estão asfaltados, existem escolas, creches, área verde, ginásios poliesportivos, saneamento básico, praças de lazer, postos de saúde. Mas falta muita coisa ainda para acabar definitivamente com a herança maldita. A cidade cresceu quantitativamente e não qualitativamente. Esse crescimento populacional desordenado precisa ser contido com urgência, pois está gerando violência urbana, uma das conseqüências trágicas da herança maldita.
A partir de 1970, começou a fase da mineração ferrífera. Metade do crescimento populacional urbano nesse período é diretamente decorrente da transferência de funcionários destas mineradoras e seus familiares para o município. A outra parcela do crescimento urbano compõe-se em grande parte de pessoas oriundas de outros municípios, possivelmente atraídas pela demanda de mão-de-obra pouco especializada, por parte das diversas empreiteiras que atuam no município. A nova periferia urbana de Mariana foi sendo constituída tanto através de processo espontâneo de ocupação de solo por populações de baixa renda em regiões desvalorizadas. Os loteamentos implementados pela administração municipal eleitoreira daquela época eram realizados de improviso, sem qualquer planejamento urbano ou saneamento básico, sem inclusão de nenhuma praça, área verde ou algum tipo de equipamento urbano como necessário ao súbito adensamento urbano, como escolas públicas, creches, postos de saúde. A maioria desses loteamentos não era dotada sequer de infra-estrutura urbana básica de água tratada, esgotos sanitários, energia elétrica e calçamento de ruas. Foi aí que começou a fatídica herança maldita.
Felizmente, a partir do ano 2000, com a entrada em vigor do Plano Diretor, muitos melhoramentos já foram feitos nesses bairros da periferia marianense. Hoje os bairros já estão asfaltados, existem escolas, creches, área verde, ginásios poliesportivos, saneamento básico, praças de lazer, postos de saúde. Mas falta muita coisa ainda para acabar definitivamente com a herança maldita. A cidade cresceu quantitativamente e não qualitativamente. Esse crescimento populacional desordenado precisa ser contido com urgência, pois está gerando violência urbana, uma das conseqüências trágicas da herança maldita.
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