Para barrar a contumaz, criativa e lucrativa farra das invasões consentidas de terras por parte de nossos espertos latifundiários - com o propósito chantagista de no futuro obrigar, como sempre, o município a fazer desapropriações milionárias e urbanização caríssima de terrenos ociosos que não valem nada e situados em áreas de risco sujeitas a inundações e desmoronamentos, - o município de Mariana, para se precaver dessa chantagem e evitar ocupação humana desordenada e caos social, enviou à Câmara Municipal de Mariana um projeto de lei nº 172/08, declarando áreas de preservação ambiental, histórico-mineralógica, o Morro de Santo Antonio e o Morro de Santana.
Sentindo-se prejudicados, os latifundiários recorreram ao vereador José Jarbas Ramos, o Nêgo, para que impedisse que o projeto do município fosse aprovado na Câmara, no que foi acompanhado, segundo noticiário da imprensa, pelos vereadores Toni Claret e Duarte, em reunião realizada no dia 4 de agosto deste ano.
Na reunião do dia 15 de agosto, o vereador Nêgo apresentou a emenda 16/08 supressiva ao projeto de lei 172/08 por entender desnecessário o tombamento pela forma proposta pelo Executivo por que a empresa proprietária das áreas vem se empenhando ao longo de décadas na preservação e divulgação do potencial histórico-mineralógico da região.
Ainda segundo Nêgo, caso o projeto seja aprovado como proposto impedirá a empresa de ter seus direitos minerais e em desenvolver seus futuros projetos de mineração. O vereador sugere que o projeto de tombamento seja reestruturado e pediu ainda que, caso o projeto seja aprovado, fossem suprimidos pelo menos alguns artigos. O parecer da Comissão Permanente de Finanças, Legislação e Justiça da Câmara foi a de que o pedido demandaria estudo técnico a respeito.
No dia 09 de dezembro, a Câmara Municipal de Mariana recebe a visita de uma representante da estatal chinesa, Daniela Xen, para explicar aos vereadores os benefícios que esta exploração mineral trará para Mariana. Ela disse que a empresa chinesa investirá no município cerca de três bilhões de dólares e gerará dois mil empregos iniciais.
Ainda segundo Nêgo, caso o projeto seja aprovado como proposto impedirá a empresa de ter seus direitos minerais e em desenvolver seus futuros projetos de mineração. O vereador sugere que o projeto de tombamento seja reestruturado e pediu ainda que, caso o projeto seja aprovado, fossem suprimidos pelo menos alguns artigos. O parecer da Comissão Permanente de Finanças, Legislação e Justiça da Câmara foi a de que o pedido demandaria estudo técnico a respeito.
No dia 09 de dezembro, a Câmara Municipal de Mariana recebe a visita de uma representante da estatal chinesa, Daniela Xen, para explicar aos vereadores os benefícios que esta exploração mineral trará para Mariana. Ela disse que a empresa chinesa investirá no município cerca de três bilhões de dólares e gerará dois mil empregos iniciais.
Empolgados e deslumbrados com as promessas de investimento bilionário que geraria milhares de empregos no município de Mariana, os vereadores não tiveram a elementar e primária cautela de pedir a identificação pessoal, profissional, a procuração oficial e autenticada da existência jurídica da suposta estatal chinesa e a indispensável licença do Ministério das Relações Exteriores e alvará do Ministério de Minas e Energia para permitir que uma empresa estrangeira pudesse explorar atividade mineral em solo brasileiro.
Até o prefeito, cauteloso, acreditando no negócio da China, mandou retirar da pauta temporariamente o seu projeto na Câmara. A latifundiária Arquidiocese de Mariana, acreditando no bilionário milagre chinês, não perdeu tempo: associou-se à também latifundiária Companhia Minas da Passagem para pedir a retirada do projeto de preservação ambiental.
Até o prefeito, cauteloso, acreditando no negócio da China, mandou retirar da pauta temporariamente o seu projeto na Câmara. A latifundiária Arquidiocese de Mariana, acreditando no bilionário milagre chinês, não perdeu tempo: associou-se à também latifundiária Companhia Minas da Passagem para pedir a retirada do projeto de preservação ambiental.
A nossa imprensa escrita e falada, sem fazer jornalismo investigativo, publica e divulga a promessa da Mamãe-Noel chinesa, dando grande destaque à alvissareira notícia em forma de reportagem ou através de informe publicitário.
Todos se comportando como a velhinha de Taubaté, aquela que acreditava em tudo, inclusive em Papai-Noel. Só eu, como São Tomé, escrevendo no jornal e no meu Blog, não acreditei nesse bilionário negócio da China!
No meu modesto entendimento, eu acho que o prefeito e os vereadores deveriam dar um crédito de confiança à Companhia Minas da Passagem (CMP) durante certo tempo, esperando que os projetos de instalação da mineração e da siderurgia saiam do papel e comecem a funcionar imediatamente. Durante esse período, a CMP se comprometeria a não permitir a invasão da área por pessoas sem terra e nem teto para não incentivar o caos social que provoca tantos prejuízos ao município, como a urbanização e desapropriações milionárias por terras em áreas de risco, impróprias para habitação. Caso haja invasões consentidas ou não e o investimento não saia do papel, o município então poderá usar o seu poder de polícia e transformar aquela região em área de preservação ambiental e histórico-mineralógica.
Lembro, porém, que o retrospecto de promessas da CMP não é nada animador para os marianenses, pois, consultando meus arquivos, leio em jornais antigos a Companhia Minas da Passagem anunciando e sempre prometendo ativar a sua mina de ouro há mais de 30 anos e nada, até hoje, saiu do papel!
Lembro, porém, que o retrospecto de promessas da CMP não é nada animador para os marianenses, pois, consultando meus arquivos, leio em jornais antigos a Companhia Minas da Passagem anunciando e sempre prometendo ativar a sua mina de ouro há mais de 30 anos e nada, até hoje, saiu do papel!
Um comentário:
Eu acredito nesta empresa chinesa assim como acredito em ETs, Papai Noel, Lobisomem e outras coisa mais.
Isso foi só um jogo da Mina da Passagem para não ver suas improdutivas terras continuarem improdutivas,só que agora seram batizadas de Sítio Arqueológico¨.
Antonio Marques dos Reis Junior
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