Quem pensa que são os eleitores pobres e humildes que mais chantageiam os políticos nas eleições municipais está completamente enganado. O eleitorado pobre só pede aquilo que é, constitucionalmente, direito de todos, como saúde, educação, segurança, habitação e emprego.
O verdadeiro eleitorado chantagista, com muitas e honrosas exceções, apenas uma minoria insignificante, porém gananciosa e ativa, são alguns profissionais liberais, como advogados, engenheiros, médicos, professores universitários, jornalistas, prestadores de serviços, empresários, empreiteiros, comerciantes, os formadores de opinião, a elite pensante e intelectual da cidade. Estes só votam nos políticos se puderem tirar proveito financeiro dos cofres públicos. Se não recebem vantagens pessoais, um negocinho aqui e ali, chantageiam os políticos ameaçando apoiar os adversários. Essa gente gananciosa só acha que um político é bom ou ruim, honesto ou ladrão, com base no que os políticos fizerem pessoalmente para ela e não para a comunidade. Esse eleitorado elitista e ganancioso transformou Mariana em um imenso balcão de negócios pessoais, alguns escusos, nada republicanos.
Como homem independente que nunca precisou de favores de nenhum político marianense, tenho muita moral para falar sobre esse assunto. Quando critico, respeitosamente, sem agressões, o comportamento de um político ou de uma instituição política como a Prefeitura ou Câmara, e critico muito, não há nada de pessoal, mas institucional. O interesse da critica não é pessoal, mas em favor da coletividade marianense.
Durante o tempo em que mantive os jornais impressos Folha de Mariana e Jornal de Mariana, nunca precisei de verbas públicas publicitárias dos cofres municipais para mantê-los, pois jornalismo não era o meu ganha-pão, profissão para ganhar dinheiro, mas meu hobby, pois sempre tive um emprego bom conquistado através de concurso público.
No meu entendimento, um político corrupto é tão pernicioso para uma cidade quanto um eleitorado chantagista, que só pensa naquilo: tirar proveito próprio às custas da cidade e do erário público municipal!
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