quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Diagnóstico Precoce*


Um teste coordenado por pesquisadores americanos, ainda em fase de estudo, permitirá a identificação do câncer por meio de simples exames de sangue

Natalia Cuminale

    A precocidade na identificação de um câncer, qualquer tipo de câncer, é uma ferramenta decisiva para o tratamento da doença. “O tempo decorrido desde a proliferação das células cancerígenas é fundamental”, resume o oncologista brasileiro Marcelo Cruz, da Universidade Northwestern, em Chicago, centro de reputação internacional em diagnósticos. Na semana passada, a ciência deu um extraordinário passo nessa direção. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica que poderá detectar tumores malignos cerca de um ano antes dos métodos convencionais, por meio de exames de imagem.Ainda em fase experimental, mas com resultados promissores, o novo teste funciona como um exame de sangue comum que consegue identificar minúsculos fragmentos de DNA de um tumor circulando na corrente sanguínea . Os resultados do estudo, publicados na revista Science, foram recebidos com grande entusiasmo pela comunidade científica.
 
   Atualmente, os exames de imagem, como a mamografia, a ressonância magnética e a tomografia, rastreiam tumores com 1 centímetro, ou um pouco mais que isso, e que já contêm milhões de células cancerígenas.O CancerSeek (algo como “buscador de câncer”, em inglês), também chamado “biópsia líquida”, identificou diversas modalidades de câncer com medidas microscópicas e de maneira muito precisa. O exame sanguíneo foi avaliado em 1005 pacientes e para oito tipos de tumor de elevada incidência: ovário, fígado, estômago, pâncreas, esôfago, intestino, pulmão e mama. Com pequenas amostras de sangue, chegou-se à acurácia média de 70%, índice extremamente alto. Ou seja, em cada dez casos de câncer, o exame identificou sete – e com rapidez até então inimaginável.
 
   O pulo do gato CancerSeek foi localizar fragmentos ínfimos do DNA alterado no sangue. O câncer é uma doença complexa e multifatorial, causada por alterações genéticas que controlam a forma como as células funcionam, especialmente como crescem e se dividem. Ao se multiplicarem de maneira anormal e desordenada, as células tumorais liberam na circulação sanguínea pequenos fragmentos de DNA “carimbados” pela doença. Esses pedaços de material genético foram localizados graças a marcadores criados pelos cientistas americanos: dezesseis tipos de gene alterados e oito proteínas associadas aos tumores.
 
   O impacto nos tratamentos oncológicos deverá ser imenso. Não apenas pela precocidade no diagnóstico, mas também pela simplicidade do exame. Um dos grandes obstáculos na detecção da doença em fase inicial é muitas vezes o incômodo do próprio paciente, que reluta em se submeter a exames invasivos, quase sempre demorados. Tome-se como exemplo o que ocorre com o câncer do ovário, um dos mais comuns entre as mulheres – são 6150 novos caso por ano no Brasil, com 3200 mortes. Sua alta letalidade se deve sobretudo ao diagnóstico tardio, já que a maioria das pacientes só procura o médico quando a doença apresenta sintomas, como dores pélvicas e problemas gastrointestinais – o que ocorre quando o tumor já se alastrou para outros órgãos. Se diagnosticado precocemente, em estágio inicial, a taxa de cura chega a 94% dos casos. Na prática, isso significa que nove em cada dez pacientes estarão vivas cinco anos depois do diagnóstico. No entanto, hoje apenas 20% desse tipo de câncer é descoberto no início.
 
   A estratégia de estudar o câncer pelo sangue não é exatamente inédita. Desde o inicio dos anos 2000, o método da biópsia líquida é pesquisado por universidades, médicos e pela indústria farmacêutica dos Estados Unidos e da Europa. No cotidiano de consultórios, hospitais e laboratórios de análise clínicas, o exame de sangue é usado para identificar se o câncer voltou em um paciente já previamente tratado, e também para entender com minúcia as características de um determinado câncer já identificado e, então, indicar o tratamento adequado. Nesse caso, buscam-se mutações específicas e a prescrição de remédios que vão direto ao alvo. A novidade, agora, é um exame de sangue que detecta um câncer antes indetectável.
 
   O câncer de próstata, por exemplo, pode ser rastreado com exame de sangue, mas o método é totalmente diferente. O PSA identificado na análise sanguínea para esse tipo de doença não é o tumor, mas uma proteína liberada pelas células da próstata. Ou seja, o PSA pode estar associado tanto à doença quanto à célula saudável. Como se sabe, portanto, se há malignidade? As células do câncer produzem uma quantidade de PSA maior do que o normal. Por isso, a sensibilidade do método é questionada: há muitos falso-positivos e falso-negativos.
 
   Até o fim de 2023, o CancerSeek deverá ter passado para a segunda fase de estudos, a etapa da pesquisa clínica que avalia a eficácia em um número grande de pessoas. Ao longo de cinco anos, 10000 voluntários serão acompanhados. Segundo estimativa dos cientistas, não será um exame particularmente caro. Hoje, ele não custaria mais que 500 dólares, o equivalente a 1600 reais. Em dez anos, data em que deverá ser lançado, certamente custará menos.
*Fonte: revista VEJA – edição 2567, de 31.01.2018.

domingo, 21 de janeiro de 2018

"Fábrica de Propina" *

Assim como a Petrobras, a Eletrobras, os Correios e outras empresas estatais, a Caixa Econômica foi capturada pelo fisiologismo e pela corrupção

Rodrigo Rangel

   No escândalo do mensalão, os brasileiros foram apresentados ao conceito das “fábricas de propina”, cunhado pelo notório Roberto Jefferson para definir estatais e órgãos públicos que, entregues a partidos, são usados pelos políticos para gerar dinheiro, seja desviando verbas de contratos, seja vendendo facilidades a empresas que dependem de decisões de seus apadrinhados estrategicamente alojados em postos-chave da máquina. Nem mesmo instituições reconhecidas como patrimônio nacional escapam dessa lógica. As engrenagens que abasteciam os mensaleiros, pó exemplo, giravam com eficiência nos Correios. De lá para cá, outras “fábricas de propina” foram descobertas, como a Petrobras, a Eletrobras e, agora, a Caixa Econômica Federal.
   Sob pressão, Michel Temer afastou na semana quatro dos dozes vice-presidentes do banco. O quarteto é suspeito de envolvimento em desvios que vão desde facilitação de financiamentos bilionários em troca de propina até recebimento de favores pessoais. O presidente tomou a decisão após o Palácio do Planalto receber duas recomendações para desalojar os executivos, todos indicados por aliados do seu governo. A primeira veio do Ministério Público Federal, mas Temer deu de ombros. Os procuradores, diante da indiferença presidencial, advertiram que, caso fossem descobertas novas irregularidades implicando os dirigentes do banco, o próprio presidente da República seria responsabilizado judicialmente. A segunda recomendação partiu de dentro do governo: em uma medida inédita, o Banco Central propôs que os executivos fossem imediatamente afastados por entender que as suspeitas punham a Caixa em risco. Diante disso, Temer mudou de ideia.
   A medida atingiu os vice-presidentes Antonio Carlos Ferreira apadrinhado pelo ex-deputado Eduardo Cunha e, depois, pelo PRB), Deusdina dos Reis Pereira (indicada pelo PR), Roberto Derziê de SantAnna (apontado pelos os investigadores como escolha pessoal de Temer) e José Henrique da Cruz (também ligado a Eduardo Cunha e ao ex-ministro Geddel Vieira Lima). Embora tenha sido mantido no cargo, o presidente do banco, Gilberto Occhi (indicado pelo PP) também integra o rol de suspeitos.
   As peças que têm permitido às autoridades mapear as ilegalidades vêm de quatro operações realizadas pelo MPF e pela Polícia Federal – em apenas uma delas, as suspeitas envolvem a liberação de financiamentos de 9,8 bilhões de reais. Em alguns casos. Delações premiadas, como a do doleiro Lúcio Funaro, ajudam a montar o mosaico. Funaro apontou Temer como beneficiário de propinas pagas por empresas em troca de financiamentos da Caixa. Ele também contou que, quando era um dos vice-presidentes da Caixa, Gilberto Occhi tinha “metas de propina” estabelecidas pelo PP. Sb Temer, Occhi foi alçado à presidência do banco.
   Uma investigação independente contratada pela própria Caixa torna o caso um problema ainda maior para o Planalto. Nela, Antonio Carlos Ferreira, um dos vices afastados, revelou ter procurado o então vice-presidente Michel Temer para contar que estava sendo pressionado pelo então deputado Eduardo Cunha. Em troca de mantê-lo no cargo, Cunha exigira dele que informasse todas as operações do banco acima de 50 milhões de reais – a ideia, é claro, era achacar os beneficiários antes da concretização do negócio. Temer, diz ele, limitou-se a tranquilizá-lo. Indagado por VEJA se tinha comunicado às autoridades a queixa, Temer respondeu: “Não houve crime apontado na conversa, mas apenas citações a pressões do parlamentar, que não resultaram em ilícitos”. A investigação também encontrou documentos que indicam que um dos afastados, Roberto Derziê, atendeu a pedidos de Temer e do ministro Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) para fornecer informações sigilosas sobre operações em trâmite na Caixa.
*Fonte: revista VEJA -  edição 2566 - 24.01.2018.
        

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Gestão na política*

Márcio Coimbra

   A pergunta é simples. Algum empreendedor brasileiro entregaria sua empresa para ser gerida por um político? A resposta é clara: não. Afinal, enquanto no mundo político existem acordos, acomodação de interesses e corporativismo, no mundo empresarial existe busca pela excelência, gestão e inovação. O resultado são companhias que geram lucros e distribuem dividendos aos seus acionistas.
    Já no governo as coisas são diferentes. As dificuldades são conhecidas. Excesso de funcionários, ineficiência e atuação em áreas estranhas ao interesse público. A soma desses fatores faz com que a administração do Estado seja caótica, sem apresentação de resultados nem sequer minimamente satisfatórios para seus clientes e acionistas, ou seja, a população.
   Fato é que nossos governos não são bem administrados. Até pouco tempo quem fosse eleito para um governo estadual ganhava de presente a administração de um banco pelo mesmo tempo do mandato. Isto causa arrepios em qualquer democracia moderna, mas infelizmente continua a ser prática no Brasil em alguns poucos governos estaduais e no plano federal. Com políticos no papel de administradores, o triste destino destes bancos não poderia ter sido diferente.
   O exemplo se espalha pelo poder publico. Vejamos a Petrobras. O maior caso de corrupção das democracias modernas, como lembrou o “The New York Times”. Os desvios na estatal não são novidade. Denunciado por Paulo Francis ainda na década de 90, o fantasma da gestão temerária, aliado aos interesses políticos, já causava danos para empresa. A Lava Jato apenas escancarou estas práticas que cresceram em sofisticação e volume com o passar de tempo.
   Nossa máquina pública precisa de administradores ao invés de políticos. Especialmente depois dos desequilíbrios causados pelos anos petistas, que começaram a ser concertados pelo atual governo, cresceu a necessidade de gestão e boa administração da máquina pública. Mas quantos entre os postulantes ao cargo máximo do Brasil neste ano possuem em sua biografia a experiência administrativa necessária para ocupar a presidência?
   O brasileiro tende a votar mais com a emoção do que com a razão. Enquanto nomes com zero em experiência administrativa souberem encantar o eleitor, seremos reféns de representantes de grupos corporativistas que vivem apenas para defender as benesses que conseguiram garantir do Estado, subsidiadas por todos nós. Para cortar este ciclo, precisamos eleger lideres que reformem, enfrentem privilégios e tenham o compromisso de que apenas a boa administração e a eficiência são saídas para o Brasil.
   Em 2018 é preciso olhar as biografias dos candidatos. Precisamos saber se são especialistas em distribuir privilégios ou executar boas políticas de equilíbrio e racionalização administrativa. Não precisamos de salvadores da pátria, justiceiros ou apresentadores de televisão. O país precisa de um bom administrador, que garanta razão na condução do governo. Alguém que desburocratize a máquina para que o Brasil volte ser dos brasileiros.
*Fonte: jornal “O Tempo”, de 15.01.2018.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

10 Anos: Igreja do Gogô encaixotada e esquecida*


Em 24 de março de 2008 Mariana recebia com bandas de música, Zé Pereira e muito foguete as peças da igreja Santana do Morro, construída em Mariana em 1712 no alto do Gogõ e desmontada e levada para BH em 1970. As peças vieram em várias viagens de caminhão, embaladas, dedetizadas, de onde estavam num galpão da UFMG, resultado de ação judicial proposta em 2004 por marianenses. Faz dez anos que chegaram e foram desembaladas por curiosos, estão a cada dia mais sujeitas ao tempo, poeira e umidade. Recebida com toda pompa e circunstância pelo prefeito na época Celso Cota, pelo bispo Dom Geraldo Lyrio Rocha.
As chegadas das peças vieram como parte de acordo para reconstrução da igreja, do contrário, pra que viriam? Assinado um acordo judicial, a prefeitura de Mariana se comprometia a reconstruir a igreja usando as peças que hoje estão mal guardadas e foram desembaladas.
Dom Geraldo bateu o sino e disse que o sino voltaria a bater no alto do Gogô, no local de origem da antiga igreja. Foi a primeira vez na história de Minas que uma igreja inteira foi devolvida, e de bom grado.
Entenda: em 1712 Dom Jerônimo autorizou a construção da igreja no alto do Morro Santana, facilitando assim as pessoas irem a missa. A comunidade construiu a igreja. Na década de 70 quase todos moradores do Gogô já tinham se mudado para parte baixa e as minas de ouro foram abandonadas assim que a escravidão foi abolida. Dom Oscar permitiu que a igreja Santana fosse desmontada e levada para Belo Horizonte, pois se ficasse sozinha lá no alto seria toda saqueada. A ideia de desmontá-la foi dos donos da Mendes Junior, que a levaram para sua sede onde foi inaugurada em 1971. Porém, com a venda da sede na década de 90 para a UNI-BH, a igreja foi novamente desmontada e levada para um galpão da UFMG, acrescida de peças que foram usadas para completar o conjunto.
Em 2001, o jornal O Espeto publicou matéria sobre a igreja que, em 2004, foi encontrada em BH, inclusive com viagem dos moradores acompanhados pelo vereador Bambu até BH. No mesmo ano, 2004, iniciou-se um abaixo assinado que foi enviado ao Ministério Público com 711 assinaturas pedindo a volta para ser reconstruída no seu devido e antigo lugar. Quatro anos depois, em 2008, houve um acordo judicial onde a prefeitura se comprometeu a reconstruir a igreja. As peças vieram para Mariana. Agora este ano faz-se dez anos que estão guardadas esperando que a prefeitura faça sua parte: dê início a reconstrução.
Parque: também em 2008 foi criado o parque municipal do Gogô por decreto do ex-prefeito Celso Cota, em reconhecimento às ruínas de casas, senzalas, fundição, pontes, minas, etc, que existem no Morro Santo Antonio e Morro Santana. Também não foi efetivado.
Até quando vamos esperar? As peças não estão em local adequado e, pior, nesses dez anos não receberam cuidados!
*Fonte: jornal “O Espeto” n° 421, 1ª Semana de Janeiro de 2018.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Dirceu: "Não vamos permitir a ditadura da toga"


Josias de Souza é jornalista

    Às vésperas do julgamento que pode tornar Lula inelegível, o grão-petista José Dirceu levou à internet um vídeo no qual chama de “golpistas” os desembargadores do Tribunal Federal de Recursos da 4ª Região. Acusa-os de agir com o propósito deliberado de impedir a candidatura presidencial do líder máximo do PT. A peça foi divulgada no site ‘Nocaute’, do escritor Fernando Morais.
Disse Dirceu, a certa altura: “Por isso o povo está de costas para eles, para os golpistas, para aqueles que querem refundar a República quando não receberam esse mandato da nação. São juízes, não foram eleitos, mas fazem algo mais grave. Querem usurpar o poder do Legislativo e do próprio Executivo, violando direitos fundamentais. Tudo em nome de impedir Lula de ser candidato. Mas nós derrotamos a ditadura militar, que governava por Atos Institucionais, e não vamos permitir a ditadura da toga”.
    Condenado por Sergio Moro a nove anos e meio de cadeia por corrupção passiva, Lula recorreu ao TFR-4. Seu recurso será julgado em 24 de janeiro pelos mesmos desembargadores que já grudaram na biografia de Dirceu uma condenação de segunda instância pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No caso de Dirceu, além de confirmar o veredicto de Moro, os magistrados elevaram a pena de 20 anos para 30 anos de cadeia.
Libertado por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, Dirceu arrasta uma tornozeleira eletrônica em Brasília. Pode ser devolvido à carceragem de Curitiba a qualquer momento. Aproveita o tempo fora do xadrez para reforçar o coro da hipotética perseguição política a Lula.
    Sentenciado no mensalão e no petrolão, escândalos que têm raízes nos dois mandatos de Lula, Dirceu vive no Brasil alternativo criado pelo PT. Um país onde nada aconteceu. “Vamos juntos em 2018 combater para garantir Lula candidato, fazer a campanha, elegê-lo, dar posse a Lula, e de novo governar com o povo, pelo povo”, pregou o ex-chefão da Casa Civil de Lula.
Em outubro de 1968, quando foi preso pelas forças da ditadura, Dirceu, à época com tenros 22 anos, considerava-se um revolucionário. Hoje, septuagenário, três condenações criminais sobre os ombros — uma no mensalão e duas no petrolão —, o ex-líder estudantil consolidou-se como protótipo da perversão que marcou a passagem do PT pelo poder federal.
    No livro ''Abaixo a Ditadura'' (Ed. Garamond, 1998), que tem Vladimir Palmeira como coautor, Dirceu escreveu: ''É difícil reproduzir o que foi o espírito de 68, mas posso dizer que havia uma poderosa força simbólica impulsionando a juventude (…). O mundo parecia estar explodindo. Na política, no comportamento, nas artes, na maneira de viver e de encarar a vida, tudo precisava ser virado pelo avesso. Para nós, o movimento estudantil era um verdadeiro assalto aos céus''.
    Ao conquistar a chave do cofre, o pedaço do petismo simbolizado por Dirceu esqueceu toda a noção de ética que possa ter existido um dia. Na política, no comportamento, nas artimanhas, na maneira de viver e de encarar a vida, tudo foi virado do avesso. Assaltaram-se não os céus, mas as arcas da República. Resta saber o que Dirceu planejava fazer para virar a mesa na hipótese de o TRF-4 deixar Lula mais perto da cadeia do que das urnas.
*Fonte: Blog do Josias de Souza