sábado, 24 de julho de 2021

 

                                          GRUPO MUSICAL “UNS & OUTROS”

     A Associação Lítero-musical “Uns & Outros”, mais conhecida como Grupo Musical “UNS & OUTROS”, foi fundada no dia 1º de setembro de 2001, por Rafael Arcanjo Santos e Augusto Paulo Celestino (já falecido), contando com os primeiros membros: Antônio Marmo Santos, Francisco de Assis Santos, Paulo Augusto Ferreira Carneiro e Jésus Cândido da Silva (já falecido). Posteriormente, incorporaram-se ao grupo: Edson dos Santos, Marcos Eulino Alves e Tarcísio de Jesus Coelho. Com o decorrer do tempo, alguns membros deixaram o grupo. Atualmente, o grupo é formado por Rafael Arcanjo Santos, presidente, vocalista e violonista; Antônio Marmo Santos, vice-presidente, vocalista e percussionista; Tarcísio de Jesus Coelho, secretário, vocalista e violonista; Marcos Eulino Alves, tesoureiro, vocalista e percussão; Francisco de Assis Santos, diretor de eventos, vocalista e percussão; Edson dos Santos, relações públicas e percussão.

     O Grupo Musical “UNS & OUTROS”, vinculada à Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, é uma associação que tem por finalidade promover o incentivo da arte musical na comunidade com difusão da associação Lítero-musical, educacional, cultural, coral, serestas e tudo mais que diz respeito à promoção e à preservação da arte Lítero-musical na cidade de Mariana.

     Durante vinte anos de existência, o Grupo Musical “UNS & OUTROS” tem se apresentado em diversas cidades, além de Mariana, como Ouro Preto, Cachoeira do Campo, Itabirito, Lamim, Conselheiro Lafaiete, Catas Altas, Belo Horizonte, Bom Despacho, Ouro Branco e Piranga. Já participou também em festas nos distritos da cidade: Passagem de Mariana, Furquim, Monsenhor Horta, Santa Rita Durão e Patrimônio (subdistrito).  O grupo também esteve, em 2007, no Rio de Janeiro, tocando na Barra da Tijuca, exposição das cidades brasileiras, no RioCentro, com a participação especial da Miss Brasil na época, Natália Guimarães. A cidade de Mariana foi a única representante de Minas Gerais na exposição.

     O Grupo Musical “UNS & OUTROS” toca em diversos eventos e locais, tais como aniversário, recepção de casamento; em barzinhos e restaurantes; em praça pública, em frente à Casa de Cultura todo terceiro domingo de cada mês, à exceção de maio e agosto, cuja apresentação se dá no segundo domingo, em homenagem ao dia das Mães e dos Pais, respectivamente.

     A Associação Lítero-Musical “UNS & OUTROS” é uma entidade sem fins lucrativos, cuja renda se reverte na manutenção dos equipamentos do grupo. Os membros componentes do grupo não recebem nenhum tipo de remuneração, pois participam da banda por amor à arte musical. E pelos Estatutos da associação, não é permitido o recebimento de gratificação ou qualquer outro meio pecuniário.

     O Grupo Musical “UNS & OUTROS” faz parte integrante da Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes e tem como contrapartida o Curso de Violão Prof. Moura Santos, também fundado em 1º de setembro de 2001, ministrado por Rafael Arcanjo Santos. É um curso gratuito e aberto ao público.

     Esta é uma síntese do Grupo Musical “UNS & OUTROS”, associação que conta com o carinho e com o apoio incondicionais da sociedade marianense, que apoia o tipo de gênero musical executado pela banda, formada por três irmãos (UNS) & por três amigos (OUTROS), daí a origem do nome.

 

                                          RAFAEL ARCANJO SANTOS

    

 

 

 

                                            MADRIGAL MARIANA

                           19.03.1971 -  Bodas de Ouro -  19.03.2021

     O “Madrigal Mariana” é uma entidade coral nascido sob a égide e as bênçãos de São José no dia 19 de março de 1971. É mais uma relíquia de arte e cultura marianense, fruto do trabalho abnegado e incansável de seus principais fundadores, Rafael Arcanjo Santos e Antônio Marmo Santos. Na época de sua fundação, o coral era composto pelos seguintes membros, além de seus fundadores: Maria Aparecida Santos, Francisco de Assis Santos, Felício Timóteo dos Santos, Terezinha de Jesus Dutra (Regente), José Antunes da Silva (in memoriam), Dênis Lessa, Wellington Walter, Otacílio de Oliveira Loreto (in memoriam) Paulo Jorge Vieira (in memoriam), Lourdes Aparecida Lopes, Antônio Pacheco Filho (in memoriam), Irmã Conceição e Maria de Lourdes Walter. Mas, na sua profícua existência, ao longo desses 50 anos, merecem destaque a presença atual de vários outros componentes e que fazem parte do coral há mais de 40 anos: Eliana Mercês Diniz, Shirley Feliciana Diniz, José Silvério Dutra (sub regente), Ernestina Rita da Silva Saraiva. A Coordenação do “Madrigal Mariana” rende louvores e preces in memoriam aos beneméritos baluartes e incentivadores: Prof. Waldemar de Moura Santos (então, Presidente da Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes), Prof. Roque José de Oliveira Camelo, Mariazinha Mansur, Irmã Severina e Luci de Oliveira Bezerra, que, no decorrer de muitos anos, contribuíram, de forma efetiva, para o engrandecimento do coral.

     A regência do “Madrigal Mariana” tem o brilho e o talento da maestrina Terezinha de Jesus Dutra, cuja cintilação artística respeitada enobrece a sua alma vibrante de inspiração e harmonia.  A atual Coordenação do “Madrigal Mariana é composta por Ernestina Riga da Silva Saraiva, presidente; Lourdes Aparecida Lopes, tesoureira; Rafael Arcanjo Santos, secretário; Terezinha de Jesus Dutra, regente; José Silvério Dutra, sub-regente.

     A Coordenação do “Madrigal Mariana” rende também a sua lídima homenagem a todos os ex-componentes do coral. A presença de cada um deles no coral, em alguma época, mesmo tendo sido meteórica, contribuiu decisivamente para o engrandecimento desse grupo artístico-cultural de Mariana. Desde sua fundação, há 50 anos, o “Madrigal Mariana” vem abrilhantando as solenidades religiosas da Semana Santa nesta Cidade, mantendo vivas as tradições das cerimônias litúrgicas da Paixão, Morte e Ressureição de Cristo. Além do mais, o Coral cinquentenário vem apresentando-se regularmente nas cerimônias festivas da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, nas festividades cívicas e religiosas do Dia de Minas e do aniversário de Mariana. As primeiras apresentações cívico-culturais do coral foram na Casa de Cultura, nos dias 14 e 15 de julho de 1971, por ocasião do lançamento do livro de Wílson Melo da Silva, O Simbolismo e Alphonsus de Guimaraens, e da festividade do aniversário de Mariana, respectivamente. O coral também faz as suas apresentações em diversas cidades mineiras, como Ouro Preto, Itabirito, Belo Horizonte, Viçosa, Rio Casca, Abre Campo, Ponte Nova, Barbacena e nos distritos de Mariana.

     A persistência e a obstinação vividas pelo “Madrigal Mariana” durante 50 anos de existência, vencendo todos os obstáculos inauditos para se firmar no seio da sociedade como paradigma de perseverança e de muita ação construtiva, são motivos suficientes para a perpetuidade de sua função essencial e indispensável ao progresso cultural da lendária primaz mineira.

O “Madrigal Mariana”, entidade coral da Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, é o símbolo do esforço e sacrifício de seus membros, que, no decorrer desses 50 anos de existência, souberam transformar esta entidade vitoriosa em um verdadeiro patrimônio artístico-cultural da velha cidade mineira.

     E nesta profícua trajetória, um nome singular e especial não poderia ficar esquecido: Prof. Waldemar de Moura Santos, fundador da Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, tendo sido presidente desse sodalício durante 24 anos. A criação do “Madrigal Mariana” foi o resultado de uma antiga aspiração dele, apoiando integral e irrestritamente a iniciativa tomada pelos fundadores do coral: seus filhos, Rafael Arcanjo Santos e Antônio Marmo Santos, consolidando-o e mantendo-o como órgão efetivo do Departamento Artístico-Cultural da Casa de Cultura de Mariana-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes.

     A celebração das bodas auríferas do “Madrigal Mariana” deverá servir de incentivo e de estímulo aos seus atuais componentes, no sentido de levar adiante a dura luta pela preservação deste patrimônio artístico-cultural de Mariana, orgulho da primeira Cidade de Minas Gerais, que é berço da civilização mineira.

 

                                     RAFAEL ARCANJO SANTOS

    

 

                      ELIANE PARREIRA GUIMARÃES... 50 ANOS DEPOIS...

                                       1971 -  BODAS DE OURO -  2021

     Há 50 anos, Mariana se regozijava com a eleição de sua filha ilustre, Eliane Parreira Guimarães, a Miss Mariana, a Minas Gerais, a Miss Brasil e a quinta mais bela do mundo.

     A célebre primogênita mineira, terra de poetas, religiosos, músicos e literatos, detentora de vários títulos, colocou, a partir de 1971, a bela princesa, Eliane Parreira Guimarães, na sua galeria de honra para orgulho do povo marianense.

     Eliane Parreira Guimarães, representante de Mariana, foi eleita Miss Minas Gerais de 1971 no dia 18 de junho, no ginásio do Minas Tênis Clube, numa promoção dos Diários e Emissoras Associados. Com 21 anos, olhos e cabelos castanhos e 1,80 m de altura, Eliane Parreira Guimarães recebeu o manto, o cetro e a coroa de Miss Minas Gerais das mãos de Marlúcia Fernandes Malaquias, Miss Minas Gerais 1970, que desfilou juntamente com Lucimar Godinho, Miss Interior.

     O concurso Miss Minas Gerais, promoção dos Diários e Emissoras Associados, contou com a participação de 34 representantes de diversas cidades mineiras. Durante toda a semana, os jornais, rádios e tevês “associados” badalaram a promoção, destacando sempre as cidades representadas.

     Mariana, além de sua importância histórico-cultural, tornou-se, em 1971, a capital da beleza de Minas Gerais, pois foi a grande cidade vitoriosa no concurso daquele ano. A vitória de Eliane Parreiras Guimarães no ginásio do Minas Tênis Clube representou um incentivo e uma força para a histórica cidade primaz mineira, que soube dar a ela o devido apoio para a sua arrancada rumo ao Título de Miss Brasil 1971.

     A ideia da promoção do concurso de Miss Mariana partiu de Frederico Ozanan Teixeira Santos, coordenador, em 1970, do concurso Miss Santa Maria do Suaçuí, onde trabalhava, no Banco do Brasil, e que alcançou naquele ano o 6º lugar no certame mineiro. Hélio Petrus Viana, então prefeito de Mariana, aceitou a sugestão e determinou ao Diretor de Turismo da época, Rafael Arcanjo Santos, a organização do concurso de Miss Mariana. Após a escolha de Eliane Parreira Guimarães, natural de Passagem de Mariana, para representar Mariana no concurso de Miss Minas Gerais, o então prefeito, Hélio Petrus Viana, procurou agilizar, através do Departamento de Turismo, a apresentação da candidata escolhida aos marianenses. Assim, no dia 12 de junho de 1971, foi realizado, na Escola da Comunidade Dom Frei Manoel da Cruz, o Baile de Apresentação de Eliane Parreira Guimarães, a representante da histórica cidade de Mariana. O baile de apresentação da Miss Mariana contou com a presença das principais autoridades públicas municipais e da comunidade da região dos Inconfidentes, com a participação marcante da renovada banda “The Rebels”, da cidade primaz de Minas.  O então prefeito, Hélio Petrus Viana, nomeou Vanderlei Eustáquio Machado como coordenador do certame, apoiado por Frederico Ozanan Teixeira Santos e João Bosco Ferreira Carneiro e sob o comando do Diretor de Turismo, Rafael Arcanjo Santos.

     Eliane Parreira Guimarães é filha do então renomado médico, Dr. Oswaldo Guimarães, e da Sr.ª Ilva Guimarães (dona Neném). “Alta, esguia, pernas bem torneadas, quadris proporcionais ao busto, um rosto angelical, Eliane, a deusa-musa de Mariana, era linda, de uma beleza perfeita e de uma elegância singular”, segundo cronistas e críticos da beleza feminina daquela época.

     Eliane Parreira Guimarães saiu de Mariana sem grandes pretensões, mas voltou à sua cidade histórica como Miss Minas Gerais, altamente cotada para alçar voos mais altos, o que realmente aconteceu. No desfile em Minas Gerais apresentou-se discreta, sobressaindo-se pela sua altura, pelo seu rosto angelical, pela sua postura altiva. Ao desfilar de maiô, já delineava praticamente a sua vitória, determinando o consenso entre os jurados.

     No dia 18 de junho de 1971, o primeiro passo foi a passarela do Minas Tênis Clube, onde a linda moça de 1,80 m, 21 anos, sobressaía entre as 34 candidatas, que disputavam o título de mais bela de Minas Gerais. No dia 3 de julho de 1971, o segundo passo foi a passarela do Maracanãzinho, tendo sido novamente o centro das atenções, conquistando a coroa de Miss Brasil. No dia 24 de julho do mesmo ano, agora nas passarelas de Miami Beach, obteve, nesse terceiro passo, entre as 24 representantes de diversos países, o 5º lugar de a mais bela do mundo.

     A chegada de Eliane Parreira Guimarães a Mariana, quando de sua vitória no concurso de Miss Minas Gerais, foi triunfal e portentosa. De Passagem de Mariana, a bela Eliane Parreira Guimarães, usando cetro, manto, coroa e faixa, chegou deslumbrante à praça Dr. Gomes Freire.  O cortejo, num carro do Corpo de Bombeiros, todo ornamentado e iluminado, partiu de Passagem de Mariana ao som da Sociedade Musical Santa Cecília, com espocar de fogos artifícios, acompanhado de imenso público. Em Mariana, a Miss Minas Gerais experimentou sua primeira grande emoção ao deparar com tanta gente aglomerada pelas ruas da cidade querendo homenageá-la. Eliane Parreira Guimarães não resistiu aos aplausos efusivos e outros tipos de manifestações de carinho. Chorou! A emoção era muito grande. Foi recebida com muita festa e alegria. O povo marianense, tradicionalmente frio a manifestações calorosas, explodiu de emoção ao ver sua querida conterrânea naquele dia inesquecível, como a mais linda mulher mineira. Do coreto da praça Dr. Gomes Freire, várias autoridades locais fizeram uso da palavra para homenagear a mais bela mulher mineira, Eliane Parreira Guimarães. Festa realmente linda e inolvidável.

     No Maracanãzinho, durante o desfile das 26 moças que concorreram ao Título de Miss Brasil 1971, o público inteiro mostrava um maior entusiasmo para duas candidatas: a da Guanabara e a de Minas Gerais. Mas mesmo assim, Eliane Parreira Guimarães, Miss Minas Gerais, parecia não acreditar muito na sua vitória, apesar de ser apontada desde o início como uma das favoritas. Dentro de sua modéstia, na hora em que seu nome foi anunciado como a mais nova representante da beleza brasileira, sua expressão foi de surpresa, conseguindo controlar sua emoção até o final de seu desfile, já como Miss Brasil/1971. Mas ao chegar ao palco, quando deveria sentar-se no trono, não resistiu e começou a sentir-se mal, sendo imediatamente atendida por um médico de plantão, tal a sua emoção explosiva. A Miss Brasil/1971, Eliane Parreira Guimarães, segundo alguns participantes do júri – como as ex-Miss Universo, Ieda Maria Vargas e Martha Vasconcelos – “venceu por ser de uma beleza suave e por ter um corpo perfeito”. Eliane Parreira Guimarães, a deusa-musa de Mariana, de Minas e do Brasil, representou o símbolo da beleza nacional em 1971, cujos méritos a credenciaram a ser a 5ª mais bela do mundo. Ganhou muitos aplausos no Maracanãzinho, conseguindo o que poucas vezes aconteceu: identidade de gosto do júri e do público presente nesse grandioso evento da beleza nacional.

     Ao voltar de Miami, onde obteve merecidamente o honroso 5º lugar entre as mais belas mulheres do mundo, Eliane Parreira Guimarães desfilou na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, num carro do Corpo de Bombeiros, acompanhada por batedores da Polícia Militar. Logo depois do desfile, Eliane Guimarães foi recebida pelo então Governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, no antigo Palácio dos Despachos. Ao voltar à sua terra natal, Passagem de Mariana, foi saudada por uma aluna da E.E. Benjamim Guimarães, que lhe entregou um ramalhete de flores, sendo recebida por seus saudosos pais, Dr. Oswaldo Guimarães e Sr.ª Ilva Guimarães. De Passagem, a Miss Brasil/1971, novamente num carro do Corpo de Bombeiros, acompanhada das autoridades locais, seguiu para Mariana, onde foi, mais uma vez, recepcionada festivamente. Na concentração popular, na então Praça João Pinheiro, hoje, Praça Minas Gerais, falaram o Padre Efraim Solano Rocha, Irmã Ruth de Queiroz Almeida, o então prefeito de Mariana, Hélio Petrus Viana e o representante dos Diários e Emissoras Associados, Nicolau Neto. As bandas de música “Santa Cecília”, “São Sebastião” e “União XV de Novembro” abrilhantaram a calorosa recepção da Miss Brasil/1971. Foi, sem dúvida, outra festa maravilhosa, apoteótica e inesquecível!

     Na coluna “Sociedade do Interior”, do dia 8/7/1971, no jornal “Estado de Minas”, o colunista Nicolau Neto, em alguns trechos, assim sintetizou a brilhante trajetória de Eliane Parreiras Guimarães: “Depois de dez anos, Minas volta a brilhar no cenário da beleza nacional (...). Eliane Parreira Guimarães, com sua beleza suave, simplicidade no vestir, sobriedade de atitudes, enfim, uma mineira bem tradicional, é a heroína desta história que nasceu em Mariana, passou por BH, impressionou toda Minas, chegou à Guanabara e ‘faturou’, de conforme e sem contestação, o Título Nacional de Beleza. Para melhor explicar o sucesso de Minas no certame nacional, bastaria recorrer aos comentários da imprensa em geral. Tivemos a curiosidade de ler os principais matutinos cariocas, paulistas e até de outros e Estados, constatando que em todos havia total aprovação ao nome da nova soberana da beleza nacional. Mas, também para ilustrar o que estamos comentando (...), ouvimos os jurados, que foram unânimes em manifestar sua admiração pela nossa candidata. Ela venceu pela sobriedade em tudo. (...) Quando Eliane compareceu em trajes rigor, usando um sóbrio vestido preto, começou a chamar atenção do Júri, do público, que a aplaudiu em ritmo maior. Naquela hora, Minas começava triunfar. Veio o traje típico. Novamente, Eliane mostrou coisas nossas, feitas por mãos mineiras, discretas (...), vem a última e a mais importante prova: o maiô. A mineira voltou a impressionar o Júri (...). Entre as finalistas, todo mundo sabia que ela estaria. Tudo saiu bem e quase no final da noite do dia 3 de julho, a vitória era nossa, de Mariana, de Minas e do Brasil também. Ninguém se manifestou contrário ao primeiro lugar. Minas venceu bem e ganhou a admiração de todos os brasileiros (...). A sensacional vitória de Eliane veio colocar nosso Estado em evidência (...). E Minas Gerais figura em todos os lugares por obra e graça de Eliane (...)”.

     A homenagem que Mariana presta a Eliane Parreira Guimarães, dentro das comemorações do 325º aniversário de fundação da primaz mineira, é a demonstração do grato e terno afeto de todo o marianense àquela que com a suavidade de sua beleza, conquistou o honroso Título de Minas/1971, que nos lembra, nessas abençoadas Bodas de Ouro, um dos maiores acontecimentos nos anais da história desta tradicional e primaz cidade mineira.

     A conquista do título de rainha nacional da beleza, em 1971, por Eliane Parreira Guimarães, representou o toque sutil e suave da linda musa marianense na velha aspiração de Mariana para firmar-se ainda mais na posição de destaque que sempre lhe coube no cenário nacional, fazendo com que Minas se orgulhasse de ver uma filha de sua mais antiga cidade eleita, há 50 anos, a mais bela do Brasil. O entusiasmo e o carinho da comunidade marianense a Eliane Parreira Guimarães são manifestados através do seu reconhecimento à importância que a cidade adquiriu a partir de 1971. E, em 2021, ao celebrar as bodas de ouro da conquista do Título da Beleza Nacional, a primaz cidade mineira presta efusiva e merecida homenagem a Eliane Parreira Guimarães, a deusa-musa de Mariana, de Minas e do Brasil!

 

                                           RAFAEL ARCANJO SANTOS

          Primeiro Chefe de Divisão de Turismo de Mariana (1971-1972)