segunda-feira, 18 de junho de 2018

Dom Airton José dos Santos, VI Arcebispo de Mariana


Em carta datada de 13 de junho de 2018, o Cônego Nedson Pereira de Assis, da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, convida os paroquianos para as cerimônias de acolhimento de nosso VI Arcebispo Dom Airton José dos Santos, conforme programação abaixo:


Dia 21 de junho: Acolhida na cidade de Mariana
Local: Praça Gomes Freire
Horário: 19 horas – Acolhida pelos padres e membros das paróquias da cidade de Mariana.

Dia 22 de junho: Sessão de acolhida na Arquidiocese de Mariana
Local: Santuário de Nossa Senhora do Carmo
Horário: 19 horas

Dia 23 de junho: Missa de Posse
Local: Praça da Sé
Horário: 16 horas

Dia 24 de junho: Missa solene
Local: Catedral Basílica de Nossa Senhora da Conceição
Horário: 10 horas

Dia 25 de junho: Aniversário natalício de Dom Airton
Local: Santuário de Nossa Senhora do Carmo
Horário: 19 horas

quinta-feira, 14 de junho de 2018

"Vale abandonou Mariana", acusa prefeito*

Rafael Mansur

   A paralisação total da Samarco – que, a cada ano, representa queda de R$ 60 milhões na receita de Mariana seria uma opção de mercado da Vale, acionista da empresa, baseada em interesses econômicos , segundo o prefeito da cidade, Duarte Junior (PPS). A empresa já tem as licenças necessárias para fazer a manutenção da cava (uma espécie de buraco que, no futuro, pode receber rejeitos de mineração) – o primeiro passo para a retomada das operações – desde dezembro passado, mas, até hoje, não iniciou as intervenções. Enquanto isso, o município sofre com o desemprego e o aumento da demanda por serviços públicos.
 
   “Eles estão autorizados a mexer na cava há seis meses e nada acontece. O que, para mim, está acontecendo é o interesse total na desvalorização da Samarco, para que a Vale possa comprar a parte da empresa que pertence a BHP”, o prefeito. Segundo ele, a Vale investiu na reativação de uma mina em São Luiz, no Maranhão, e não operar em Mariana seria também uma estratégia para valorizar ainda mais o minério de ferro. “Eles não querem aumentar a oferta do produto, porque isso faria o preço cair”, completou.
 
   Devido ao rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, o licenciamento de operação da Samarco foi suspenso. Em dezembro de 2017, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) concedeu à empresa as licenças prévias e de instalação para a preparação da cava, antes utilizada para extração do minério. Para retomar as atividades de fato, a mineradora precisa da Licença de Operação Corretiva, que está em análise na Semad. Segundo a pasta, no momento, esse processo só será finalizado após a conclusão da preparação da cava – que deve demorar até nove meses, de acordo com Duarte Junior.
 
Em um município dependente da atividade – antes da tragédia, 80% da arrecadação era proveniente da mineração – cada dia de atraso é um sufoco. “O aumento da procura do serviço público é muito grande: pessoas que tinham plano de saúde hoje não tão têm mais, alunos são atendidos na rede pública, moradores dependem da assistência social e, principalmente, existe um grande número de desempregados, que hoje corresponde a 21% da população economicamente ativa, em torno de 12 mil pessoas”, relatou.
 
   O prefeito afirmou que vai provocar o ministério de Minas e Energia para exigir o cumprimento do Código de Mineração, que retira a concessão de lavra em caso de abandono da jazida ou mina. “Para mim, a Samarco abandonou essa jazida com interesse econômico, e vou solicitar ao ministro que tome atitudes em relação a isso”, concluiu.
*Fonte: jornal “O TEMPO”, de 14.06.2018.