terça-feira, 26 de março de 2019

Mariana declara calamidade financeira


Mariana declara calamidade financeira*
Caos – Receita caiu para R$ 12,7 milhões por mês, mas só o funcionalismo consome cerca de R$ 10 milhões. Sem arrecadar com mineração, cidade suspende de coleta de lixo a cirurgias

Juliana Gontijo

   A população de Mariana vai acordar hoje com menos serviços à disposição e com menos gente empregada. A queda na arrecadação do município, desde que a Samarco – mineradora pertencente à Vale – suspendeu as atividades após o rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em novembro de 2015, e a falta de repasses financeiros do governo do Estado levaram o prefeito Duarte Júnior a decretar, ontem, estado de calamidade financeira no município.
   Com isso, vários serviços essenciais estão suspensos na cidade.  Segundo o prefeito, estão nesta situação cirurgias eletivas, manutenção  de estradas rurais, capina e limpeza urbana. Os eventos culturais também foram suspensos, e um concurso público que estava previsto foi adiado.
   Duzentos estagiários estão sendo demitidos, e cerca de 300 jovens deixaram de ser assistidos no Programa Jovem Aprendiz. “Se continuar o caos que foi instalado, entre 800 e mil pessoas terão que ser demitidas de imediato”, disse o prefeito.
   De acordo com cálculos feitos pela Associação Mineira de Municípios, a dívida do governo de Minas Gerais com Mariana soma R$ 3,9 milhões. Para complicar a situação da mina da Alegria, no complexo de Mariana, foram paralisadas pela Vale na última quarta-feira. “Hoje, 100% da atividade de mineração está parada na cidade”, observou.
    O prejuízo aos cofres do município é de R$ 8 milhões a R$ 9 milhões por mês. “Entramos no caos financeiro”, declarou o prefeito. A previsão de receita para este ano era de R$ 245 milhões. Entretanto, com a paralisação das minas, o recuo será de R$ 92 milhões. O resultado passa para R$ 153 milhões em 2019, o que daria R$ 12,7 milhões por mês. A folha de pagamento consome cerca de R$ 10 milhões por mês.
(...)
Cidade atrai novas empresas
   O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, afirma saber que o município precisa diversificar sua economia, que depende em 85% da atividade minerária, Os esforços dos últimos anos começam a dar resultados, com a expectativa de chegada de duas novas grandes companhias.
   “Já conseguimos duas empresas. Estamos acabando de fechar, e ainda não posso divulgar, pois faltam alguns detalhes. Mas posso adiantar que são duas empresas que vão gerar cerca de 800 empregos”, conta. De acordo com ele, uma delas é da área têxtil. A outra é a maior produtora de ovo de codorna do mundo.

Fonte: jornal O TEMPO, de 26.03.2019.

Chega de homenagens com dinheiro público*


O vereador que quiser pode fazê-lo, desde que às suas custas

Mateus Simões é vereador em Belo Horizonte

   O Brasil cultiva uma infeliz e atrasada tradição promovida por todos os Poderes e órgãos: a concessão das mais diversas modalidades de honrarias oficiais, passando pela distribuição de diplomas honorários e chegando à entrega de medalhas, troféus e outras graças. Preservando uma lógica inaugurada pela Coroa portuguesa ao se instalar no Brasil, continuamos por séculos a distribuir títulos honoríficos aos amigos do poder e à custa de quem paga impostos.
   Homenagear não é um problema. Não falta quem mereça, quem deva receber os aplausos pelos serviços prestados à sociedade, basta haver a acertada decisão do governador Romeu Zema de entregar a Medalha da Inconfidência às forças integradas de segurança que agiram em Brumadinho. Ocorre que o poder público, no Brasil – e, especialmente, a Câmara Municipal de Belo Horizonte – passou dos limites do razoável.
   Para que se tenha uma ideia, as regras da Câmara preveem a possibilidade a possibilidade de 200 agraciamentos com o Grande Colar do Mérito Legislativo, além de 492 títulos de Cidadania Honorária e diplomas de Honra ao Mérito para cada legislatura.
   Os números são absurdos, o que já desvaloriza o significado das homenagens, miseravelmente banalizadas. Fruto da ausência de qualquer critério de razoabilidade e parcimônia na concessão, passam a não ter qualquer valor intrínseco. Aliás, difícil ignorar que vários dos agraciados nos últimos anos estão presos, cumprindo pena pelos crimes que praticaram contra o público, o mesmo que teria prestado a homenagem.
   É preciso ter em conta o gasto público gerado por esse gracejo. Nos últimos anos, a Câmara Municipal de Belo Horizonte empenhou milhões de reais em homenagens, com mobilização de espaços, aquisição de medalhas, contratação de serviços de alimentação, confecção de certificados, impressão de convites, água, energia elétrica, limpeza...
   O absurdo se completa, numa caricatura ridícula e grotesca, com a noticia de que a Câmara Municipal, mobilizada por ocasião da entrega do Grande Colar do Mérito Legislativo, lançou dois editais no ano de 2017: um para comprar medalhas – tendo gastado R$ 16 mil com isso – junto com outro para destruir 163 medalhas, que nem sequer foram buscadas pelos agraciados, que, por certo, não se sentiram homenageados pela concessão da anacrônica, banalizada e desgastada honraria.
(...)
   Por tudo isso é que apresentei um projeto de resolução para revogação expressa de todas as modalidades de homenagens hoje existentes na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O vereador que desejar homenagear alguém pode continuar fazendo, desde que com seu próprio dinheiro, afinal, não é o fato de ser paga com dinheiro público que faz a honra maior, ao contrário, o sacrifício das finanças públicas só a diminui.
*Extraído do jornal O TEMPO de 25.03.2019.
 
Meu comentário: qualquer semelhança dos fatos narrados acima com  Mariana é mera coincidência... Aqui até instituições privadas, mas em parte mantidas pelo poder público, costumam também promover suas  farras honorificas com dinheiro público.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Livro: O Roque Camêllo que Conheci


Livro: O Roque Camêllo que Conheci

    O Presidente de Honra do Instituto Roque Camêllo, Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Caetano Levi Lopes, o Magnífico Reitor da Faculdade de Sabará e Conselheiro Honorífico deste Instituto, Prof. Mário de Lima Guerra, idealizador do livro: “O Roque Camêllo que Conheci”, e a Diretoria Executiva têm o prazer de convidar Vossa Senhoria e Família para a missa de dois anos de falecimento do Prof. Roque Camêllo, no dia 17 de março, às 10 horas, no Santuário Nossa Senhora do Carmo, Praça Minas Gerais, Mariana (MG).
 
   Após a celebração, haverá o lançamento do livro na sede da Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras. Rua Frei Durão n° 84 – Centro Histórico. 

segunda-feira, 11 de março de 2019

Falece o jornalista Dídimo de Paiva


Corpo do jornalista Dídimo de Paiva é enterrado*
O corpo do jornalista Dídimo Miranda de Paiva foi enterrado ontem no Cemitério Parque da Colina , no Bairro Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte. Dídimo morreu na madrugada de ontem aos 90 anos. Ele estava internado desde o dia 3 deste mês por causa de complicações em decorrência de uma pneumonia. Dídimo era natural de Jacuí, no Sul de Minas Gerais, e trabalhou em jornais do Rio de Janeiro, na TV Globo e no “Estado de Minas”.
No jornal mineiro ele foi editor dos cadernos Nacional, Internacional e Opinião. Um documentário sobre o jornalista foi feito pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Dídimo foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) entre 1975 e 1978. Ele é bastante reconhecido por sua luta nesse período. “O Dídimo era muito corajoso. Ele teve um papel muito importante na época da ditadura, quando nós, da imprensa, estávamos muito acuados pelo regime militar. Ele sempre era muito corajoso com os governantes e sempre teve uma postura de vanguarda, tanto no jornalismo quanto na luta sindical”, disse o editor de opinião do jornal O TEMPO, Victor de Almeida.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas de Munas Gerais, Alessandra Melo, também falou sobre Dídimo. “Um cara muito importante na luta pela liberdade de expressão, pelo jornalismo independente. Ele foi presidente do sindicato em um momento muito difícil. E quem trabalhou com ele, como eu, sabe a pessoa agradabilíssima que era. Mas ele deixa a certeza na gente que temos que lutar pelo jornalismo e pelo direito ao trabalho”, disse.
Por meio de nota, a Casa do Jornalista disse que Dídimo era referência para todos jornalistas e os que o conheceram. “Dídimo Paiva honrou-nos todos com sua vida, exemplo e trabalho. Dignificou e elevou a profissão e nos deixa seu exemplo para as gerações que o sucedem”, informou a nota.
A conta do ex-presidente Lula no Twitter lamento a morte do jornalista. “Meus sentimentos â família e aos muitos amigos do companheiro Dídimo Paiva. Jornalista corajoso, que teve importante papel na construção e articulação nacional do novo sindicalismo. Para sempre em nossa memória”, escreveu Lula.
Dídimo deixou a mulher, cinco filhos e sete netos.(Natália Oliveira e Franco Malheiro)
*Fonte: jornal “O TEMPO”, de 10.03.2019.
 
Meu comentário: Dídimo de Paiva foi sempre um amigo fraterno da Família Moura Santos que o admirava pela vasta cultura que possuía. Graças a ele, a Casa de Cultura de Mariana sempre foi destaque no noticiário cultural e artístico do jornal Estado de Minas. Como editor do Caderno de Opinião do jornal Estado de Minas, Dídimo  de Paiva concedia a mim e meu pai Waldemar de Moura Santos  o privilégio durante muitos anos de escrever artigos no espaço mais nobre daquele jornal. A Casa de Cultura de Mariana e a Família Moura Santos enviam as nossas mais sinceras condolências a Cidinha Santos e seus familiares. pela morte do inesquecível amigo Dídimo de Paiva. 

sábado, 9 de março de 2019

Iluminaçao Pública*


Serviço de Utilidade Pública

   Em caso de lâmpadas queimadas, quebradas, reparos em braços e outros tipos de serviços pertinentes à manutenção no braço e/ou luminária, o cidadão deve entrar em contato com a Central de Atendimento, através do telefone 0800-283-1020 (código da cidade 400) ou www.iluminaçaopublica.net.br
 
Não é cobrado nenhum valor para a realização deste tipo de serviço.
*Fonte: Prefeitura de Mariana
 
Meu comentário: na Rua Dom Viçoso n° 217 há um poste que nos fornece iluminação pública de duas maneiras atípicas: o acende e apaga a noite inteira: cinco minutos aceso e cinco minutos apagado. Do começo da noite de madrugada até o amanhecer! A Cemig nos cobra todo mês através de boleto uma determinada quantia para custeio da iluminação pública permanente e não a conta-gotas como ora está acontecendo...