segunda-feira, 11 de março de 2019

Falece o jornalista Dídimo de Paiva


Corpo do jornalista Dídimo de Paiva é enterrado*
O corpo do jornalista Dídimo Miranda de Paiva foi enterrado ontem no Cemitério Parque da Colina , no Bairro Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte. Dídimo morreu na madrugada de ontem aos 90 anos. Ele estava internado desde o dia 3 deste mês por causa de complicações em decorrência de uma pneumonia. Dídimo era natural de Jacuí, no Sul de Minas Gerais, e trabalhou em jornais do Rio de Janeiro, na TV Globo e no “Estado de Minas”.
No jornal mineiro ele foi editor dos cadernos Nacional, Internacional e Opinião. Um documentário sobre o jornalista foi feito pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Dídimo foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) entre 1975 e 1978. Ele é bastante reconhecido por sua luta nesse período. “O Dídimo era muito corajoso. Ele teve um papel muito importante na época da ditadura, quando nós, da imprensa, estávamos muito acuados pelo regime militar. Ele sempre era muito corajoso com os governantes e sempre teve uma postura de vanguarda, tanto no jornalismo quanto na luta sindical”, disse o editor de opinião do jornal O TEMPO, Victor de Almeida.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas de Munas Gerais, Alessandra Melo, também falou sobre Dídimo. “Um cara muito importante na luta pela liberdade de expressão, pelo jornalismo independente. Ele foi presidente do sindicato em um momento muito difícil. E quem trabalhou com ele, como eu, sabe a pessoa agradabilíssima que era. Mas ele deixa a certeza na gente que temos que lutar pelo jornalismo e pelo direito ao trabalho”, disse.
Por meio de nota, a Casa do Jornalista disse que Dídimo era referência para todos jornalistas e os que o conheceram. “Dídimo Paiva honrou-nos todos com sua vida, exemplo e trabalho. Dignificou e elevou a profissão e nos deixa seu exemplo para as gerações que o sucedem”, informou a nota.
A conta do ex-presidente Lula no Twitter lamento a morte do jornalista. “Meus sentimentos â família e aos muitos amigos do companheiro Dídimo Paiva. Jornalista corajoso, que teve importante papel na construção e articulação nacional do novo sindicalismo. Para sempre em nossa memória”, escreveu Lula.
Dídimo deixou a mulher, cinco filhos e sete netos.(Natália Oliveira e Franco Malheiro)
*Fonte: jornal “O TEMPO”, de 10.03.2019.
 
Meu comentário: Dídimo de Paiva foi sempre um amigo fraterno da Família Moura Santos que o admirava pela vasta cultura que possuía. Graças a ele, a Casa de Cultura de Mariana sempre foi destaque no noticiário cultural e artístico do jornal Estado de Minas. Como editor do Caderno de Opinião do jornal Estado de Minas, Dídimo  de Paiva concedia a mim e meu pai Waldemar de Moura Santos  o privilégio durante muitos anos de escrever artigos no espaço mais nobre daquele jornal. A Casa de Cultura de Mariana e a Família Moura Santos enviam as nossas mais sinceras condolências a Cidinha Santos e seus familiares. pela morte do inesquecível amigo Dídimo de Paiva. 

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