sábado, 27 de julho de 2019

Casa de Apoio a pacientes marianenses inaugurada em BH

Casa de Apoio a pacientes marianenses inaugurada em Belo Horizonte

   "Esse é o legado que queremos deixar, um ambiente que o morador de Mariana possa chamar de seu e que, tenho certeza, irá acolher nossa população". Foi com essas palavras de orgulho que o prefeito de Mariana Duarte Júnior inaugurou, no dia 24 de julho, quarta-feira, a Casa de Apoio em Belo Horizonte. O espaço da Prefeitura de Mariana irá colher os marianenses que são diariamente atendidos pelo Tratamento Fora de Domicilio (TFD), na capital.
  
    Localizada próximo à área hospitalar, a casa possui capacidade para receber até 78 pessoas. Além de quatro refeições ao dia, o local conta com dormitórios amplos e com área de recepção. De acordo com o secretário de saúde, Danilo Brito, toda a estrutura do ambiente é pensada para atender centenas de pacientes e familiares que diariamente precisam se deslocar à capital mineira. "Nos preocupamos com as famílias que se deslocam para Belo Horizonte e muitas vezes elas não têm onde se abrigar, ou até mesmo precisam aguardar a consulta que está marcada para mais tarde", disse o secretário.
  
   A ação foi recebida com comemoração pelo vigilante Luiz Henrique Corrêa. O morador do bairro São Gonçalo passará por uma retinografia em Belo Horizonte e será o primeiro marianense a passar a noite na Casa."Esse centro de apoio veio em uma boa hora e tem capacidade de ir sempre melhorando.Vai ser muito bom para quem não tem condições , não tem família por aqui e vai poder receber toda atenção", reforçou Luiz.
 
   A Casa de Apoio fica na Rua Manaus, 445, ao lado da Cotemig, no bairro Santa Efigênia em Belo Horizonte. Para informações sobre o Tratamento Fora de Domicilio (TFD) da Prefeitura de Mariana ligue 3554-1658 ou 3557-9709.
 
Fonte: jornal "O LIBERAL", edição n° 1349, de 26.07.2019.          

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Comemoração do 40° aniversário do Dia de Minas


Mariana comemora 323 anos com repasse de R$ 100 milhões pela Fundação Renova - Dia de Minas foi marcado por assinaturas de termos entre o governo de Minas, Fundação Renova e prefeitura*

    Mariana completou 323 anos no dia 16 de julho. Como acontece tradicionalmente, a cidade, simbolicamente, foi transferida como a capital do Estado com a cerimônia do Dia de Minas, Diferente dos anos, nesta edição a organização foi da Prefeitura de Mariana, já que o Estado disse que não poderia realizar a cerimônia devido à crise financeira que o governo atravessa. Durante a solenidade, que agracia personalidades de todo o país, foram assinados termos entre governo de Minas, Fundação Renova e prefeitura.

   Uma novidade neste ano foi a participação da Fundação Renova, que tem sido muito criticada pela morosidade nas ações de recuperação dos municípios atingidos pela barragem de Fundão, em 2015. Na solenidade, o diretor presidente da instituição, Roberto Waack, anunciou o repasse de R$ 100 milhões à Mariana, que serão destinados à reforma da Praça Gomes Freire, a reativação da cooperativa de laticínios e ações para o turismo.

   Em seu discurso, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, destacou os impactos negativos que a cidade sofre até hoje com a tragédia de Fundão e também da necessidade do apoio do Governo do Estado para reerguer o município. "Mariana ficou conhecida mundialmente por um dos maiores desastres ambientais do mundo. Quase quatro anos se passaram e o que mudou na vida do povo desta terra? Mariana merece ser contemplada, ainda que com um pequeno percentual do valor recolhido pelos cofres do nosso estado. As imagens da tragédia, senhor governador, ganharam o mundo, mas nós confiamos no seu senso de justiça", ressaltou Duarte.

   Mesmo não tendo realizado a edição deste ano, o governador Romeu Zema compareceu à cerimônia e destacou que Mariana vai ser prioridade em seu governo. "Estou aqui hoje para dizer que estamos unidos para tornar essa cidade prioridade de Estado. As vozes de vocês são as vozes de Minas e serão ouvidas. Vamos reconstruir o nosso patrimônio. Quero que todas as pessoas atingidas oelo rompimento da barragem de Fundão sejam justamente indenizadas. Sei que não há recurso que valha o que perderam, mas sempre há tempo e espaço para ressarcimento. Também aguardo a rápida compensação aos municípios afetados, garantiu Zema.
(...)

R$ 100 milhões à Mariana
O repasse de R$ 100 milhões da Fundação Renova à Mariana é um pacote de novas ações destinado a reparação do município. O repasse, segundo o diretor presidente da instituição, transcende o escopo reparatório e vai beneficiar diretamente à população. Entre as ações, a verba será destinada à diversificação econômica, infraestrutura e desenvolvimento sustentável nas seguintes áreas: revitalização da praça Gomes Freire, o Jardim; aportes para incentivar o turismo; reativação e fortalecimento da cooperativa de laticínios; implementação da Casa do Empreendedor; aquisição da infraestrutura e assessoria técnica para elaborar o georreferenciamento e o Plano Diretor de Mariana; construção do Aterro Sanitário de Mariana, cujas obras já estão em andamento, com previsão de entrega em 18 meses; e ampliação do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, a previsão é que seja entregue no primeiro semestre de 2020.

Além dessas ações, a Fundação Renova e a Prefeitura de Mariana também pretendem avançar em outros dois pontos: iniciar os estudos para viabilizar o Distrito Industrial de Mariana, peça importante na pauta da diversificação econômica, e o loteamento Cristo Rei, que permitirá à prefeitura ampliar novos programas de moradia popular. "É importante ressaltar que todas essas iniciativas adicionais serão realizadas sem alterar as ações já compromissadas e em andamento no município. Somente no campo da infraestrutura, como o reassentamento e as demais obras, estão previstos valores da ordem de R$ 16 milhões", destacou Waack.

Com esse conjunto de ações, a Renova informou que mobilizou, até o momento, recursos da ordem de R$ 1,9 bilhão.
(...)

Por Michelle Borges
*Fonte: jornal "O LIBERAL", edição 1348, de 19.07.2019.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

18.07.1969 - Casa de Cultura de Mariana - 18.07.2019 - 50 Anos!

Memória Histórica 

Casa de Cultura de Mariana:  o Dia de Minas Gerais nasceu aqui 
 
 
 
Memória Cultural
 
   Quando a Academia Marianense de Letras foi criada em 28.10.1962, há quase 57anos, pelo saudoso jornalista, escritor e historiador, Waldemar de Moura Santos, por não ter sede própria, as solenidades promovidas pela entidade eram realizadas em diversos estabelecimentos culturais, educacionais, esportivos da cidade, cedidos graciosamente, como a EE. Dom Benevides, EE. Gomes Freire, EE. Soares Ferreira, EE. Dom Silvério, Colégio Providência, Ginásio Dom Frei Manoel da Cruz, Cine Teatro Municipal (ex-Sesi Mariana), União XV de Novembro, Marianense FC, Seminários Maior e Menor. Inclusive a sessão solene de criação da Academia se deu no salão nobre do Seminário Maior São José.
   Sete anos depois, em 18.07.1969, o então governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, atendendo solicitação do saudoso acadêmico Raul Bernardo Nelson de Senna, então secretário de Governo, cedeu o imóvel localizado na Rua Frei Durão, 84 para uso da  Academia Marianense de Letras. Desde então, a razão social da entidade mudou e passou a denominar-se “Casa de Cultura de Mariana – Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes”, tornando-se entidade cultural de utilidade pública municipal e estadual.

Utilidade Pública Municipal
Lei n° 157 de 17.08.1963 – Declara entidade de utilidade pública municipal a Academia Marianense de Letras. A Câmara Municipal de Mariana decreta e eu sanciono a seguinte lei.
Artigo 1° - Fica declarada entidade de utilidade pública municipal a Academia Marianense de Letras.
Artigo 2° - Revogam-se as disposições em contrário, entrando esta lei em vigor na data de sua publicação.
Mariana, 17 de agosto de 1963.
João Chaves Sampaio – Prefeito
Efigênia Eva Moisés – Secretária


Utilidade Pública Estadual
Decreto n° 9.923, de 11.07.1966
Declara de utilidade pública estadual a Academia Marianense de Letras com sede em Mariana.
O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o pleno atendimento pela entidade das condições prescritas na Lei n° 3.373, de 12 de maio de 1965, decreta:
Art. 1° - Fica declarada de utilidade pública a Academia Marianense de Letras, sociedade civil, de caráter cultural, com sede em Mariana.
Art° 2° - Revogam-se as disposições em contrário.
Art° 3° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de julho de 1966.
Israel Pinheiro da Silva
Luiz Fernando Faria de Azevedo


terça-feira, 16 de julho de 2019

16.07.1979 - Dia de Minas Gerais - 16.07.2019 - 40 Anos!


Preconceito contra Mariana

Ozanan Santos

Roque Camêllo, autor intelectual do Dia de Minas
  
 Para atender caprichos eleitoreiros de políticos oportunistas e a inveja de cidades históricas que ainda não se conformam com a celebração do Dia do Estado de Minas Gerais em Mariana, a Assembleia Legislativa mineira já fez três emendas no artigo 256 da Constituição estadual.
  O artigo da Constituição mineira original dizia que o Dia de Minas Gerais era data cívica do Estado e seria celebrado anualmente na cidade de Mariana, com a transferência simbólica da capital para o nosso município. Posteriormente, em 12.09.1995, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a Lei federal n° 9.093, que dispõe sobre feriados civis. No seu artigo 1°, são considerados feriados civis os declarados em lei e a data magna do Estado. Devido a essa lei federal, em 16 de julho de 1996, quando Mariana completou 300 anos de sua fundação, o Dia do Estado de Minas Gerais foi comemorado pela primeira e última vez num feriado estadual. Se o Dia de Minas Gerais tivesse sido mantido como feriado estadual a repercussão da data seria não só municipal como estadual e nacional.
  
   Além de causar inveja às cidades históricas vizinhas, o feriado estadual desagradou a Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte que alegou o estúpido e falacioso argumento de que o feriado estava causando prejuízo econômico ao Estado. Na ocasião, nem o Governador do Estado, Eduardo Azeredo, nem João Ramos Filho, então prefeito de Mariana, lutaram pela preservação do feriado estadual. Enquanto isso, Estados mais ricos do que Minas como São Paulo, Rio de Janeiro e demais estados comemoram até hoje suas datas magnas em feriados estaduais. O feriado de Minas Gerais ficou escondido no dia 21 de abril, dia de Tiradentes, feriado nacional.
 
   Em seguida, os deputados estaduais, sofrendo pressão política e empresarial, tentaram transferir o Dia de Minas e a data magna do Estado para Ouro Preto, no dia 21 de abril, dia de Tiradentes. Inconformado com esse estúpido preconceito contra Mariana, o Professor Roque Camêllo, autor da ideia do Dia de Minas, sozinho, se insurgiu contra a ideia estapafúrdia dos parlamentares mineiros e, para não perder tudo com a transferência da data magna para 21 de abril, feriado nacional, exigiu que o Dia de Minas continuasse a ser comemorado em 16 de julho, dia da cidade de Mariana. Mais uma vez o artigo 256 da Constituição mineira teve que ser modificado.
 
   Para atender pressões políticas do norte de Minas, através da deputada estadual Ana Maria Resende, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), da Associação do Municípios da Área Mineira da SUDENE e da Prefeitura Municipal de Montes Claros, a Assembleia Legislativa vai modificar pela terceira vez o artigo 256 da Constituição mineira. Antes, a cidade de Matias Cardoso fez uma esdrúxula proposta de comemorar o Dia de Minas um ano em Mariana e outro ano em Matias Cardoso. Um absurdo!
  
   Para instituir o Dia das Gerais a ser celebrada anualmente no dia 23 de março, em Matias Cardoso, a proposta dessa cidade veio justificada sob a falsa premissa histórica de que ela é 32 anos mais antiga que Mariana e que seja também reconhecida como antiga Capital de Minas Gerais. Uma proposta histórica e politicamente incorreta e mentirosa.
 
   Até quando a Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai parar de fazer emendas constitucionais de um artigo só da Constituição para atender exclusivamente a interesses eleitoreiros dos políticos?