domingo, 18 de agosto de 2013

Síndrome do barulho

    Recentemente li um artigo muito interessante sobre a dependência física que os jovens sofrem com o barulho sonoro. O especialista, cujo nome esqueci, autor da matéria, disse que os jovens hoje estão tão viciados ao barulho que viver sem ele é um suplício. A falta de barulho para essa gente se transforma, paradoxalmente, num terrível silêncio ensurdecedor. Assim como o viciado em drogas é um dependente químico, o viciado em barulho é um dependente físico.
    A essa crônica dependência ele denominou de “Síndrome do barulho”.
    Os jovens adoram fazer barulho por vários motivos: por sofrer carência afetiva, os jovens usam a poluição sonora para chamar atenção das pessoas sobre eles. Como exibicionistas e emergentes, usam o som alto para mostrar que têm status, são filhos de papai, exibem carros novos e aparelhos de som potente, enfim um brega chique. Como rebeldes revoltados, querem afrontar as autoridades policiais e judiciais da cidade, mostrando que são machos e corajosos capazes de desrespeitar as leis.
    Hoje as nossas autoridades municipais e estaduais estão completamente desmoralizadas, pois, infelizmente, não conseguem impedir a terrível poluição sonora que assola a cidade e os distritos como uma epidemia.
    Aqui em Mariana, por exemplo, de propósito, jovens retiram o silencioso dos canos de descarga de automóveis e motos só para fazer mais barulho. Quando eles passam perto de muita gente, então, só para aparecer e aborrecer os transeuntes, eles aceleram o motor para fazer mais barulho ainda.
    Uma pessoa de bem com a vida, culta, inteligente, numa situação econômico-financeira invejável e principalmente quem ama e é reciprocamente bem amado, portanto, sem carência afetiva, não precisa fazer exibicionismo desse lixo musical  brega. Isso é coisa de jovens fracassados, ignorantes, mal sucedidos na vida familiar, amorosa e social.

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