Usando uma figura de metáfora, eu diria hoje que Mariana se assemelha a um imaginário hotel com suas suítes, apartamentos, quartos e estacionamentos completamente lotados não cabendo mais ninguém nem sequer veículos, mas cercado por todos os lados por um latifúndio improdutivo que serve apenas à especulação imobiliária e à exploração mineral predatória do meio ambiente.
Essa limitação geográfica que impediu a expansão territorial da cidade por falta de espaço físico aconteceu no começo da década de 1940, quando um prefeito municipal, não eleito, mas nomeado pela ditadura Vargas, resolveu doar imperdoavelmente terras do município de Mariana para uma empresa mineradora, cujo proprietário era sogro do então prefeito nomeado. Na época da ditadura era um vale tudo!
Essa limitação geográfica que impediu a expansão territorial da cidade por falta de espaço físico aconteceu no começo da década de 1940, quando um prefeito municipal, não eleito, mas nomeado pela ditadura Vargas, resolveu doar imperdoavelmente terras do município de Mariana para uma empresa mineradora, cujo proprietário era sogro do então prefeito nomeado. Na época da ditadura era um vale tudo!
Nunca fui contra a exploração mineral da Vale e Samarco, há quase 40 anos no município e ambas localizadas a mais de 30 Km de distância de Mariana. Sou frontalmente contrário à reativação da Mina Del-Rei por estar localizada no centro urbano de vários bairros populosos e residenciais de Mariana. No meu entendimento, o Ser Humano merece consideração e respeito. Direitos também garantidos pela Constituição Federal.
A partir de 1980, para expandir os limites da cidade, vários prefeitos eleitos pelo povo tiveram então que adquirir dos latifundiários minerários as terras originalmente pertencentes ao município através de desapropriações. Foi assim que surgiram os bairros Santa Rita de Cássia, Cabanas, Santo Antonio, Gogô, Rosário Novo.
Mas a maioria desse latifúndio ainda pertence aos empresários da mineração que consideram que a atividade minerária é de interesse coletivo e prevalece sobre os interesses particulares da comunidade marianense. Segundo eles, os prejudicados receberão indenização devida e a mineração ocorrerá.
Para preservar os marianenses dessa poluição mineral e evitar que a ganância das empresas de mineração tomasse conta de toda a cidade, o poder público municipal houve por bem decretar áreas de preservação ambiental.
Pois no entendimento maquiavélico e maniqueísta dos empresários da mineração, o minério não escolhe onde dá, mas nós podemos escolher onde moramos. Traduzindo a acepção deles, os marianenses tiveram o azar de morar em cima da mina de ouro e minério. Os incomodados que se retirem, desde que indenizados. Aliás, os empresários da mineração não perdem nada com a ativação da Mina Del-Rei, pelo contrário, só ganham. E ainda, orgulhosos, contam vantagem. Recentemente, eles mesmos ainda escrevem: venderam para a Vale um direito minerário por 100 milhões de dólares, ou seja, 160 milhões de reais, um valor superior ao orçamento anual do município de Mariana.
A partir de 1980, para expandir os limites da cidade, vários prefeitos eleitos pelo povo tiveram então que adquirir dos latifundiários minerários as terras originalmente pertencentes ao município através de desapropriações. Foi assim que surgiram os bairros Santa Rita de Cássia, Cabanas, Santo Antonio, Gogô, Rosário Novo.
Mas a maioria desse latifúndio ainda pertence aos empresários da mineração que consideram que a atividade minerária é de interesse coletivo e prevalece sobre os interesses particulares da comunidade marianense. Segundo eles, os prejudicados receberão indenização devida e a mineração ocorrerá.
Para preservar os marianenses dessa poluição mineral e evitar que a ganância das empresas de mineração tomasse conta de toda a cidade, o poder público municipal houve por bem decretar áreas de preservação ambiental.
Pois no entendimento maquiavélico e maniqueísta dos empresários da mineração, o minério não escolhe onde dá, mas nós podemos escolher onde moramos. Traduzindo a acepção deles, os marianenses tiveram o azar de morar em cima da mina de ouro e minério. Os incomodados que se retirem, desde que indenizados. Aliás, os empresários da mineração não perdem nada com a ativação da Mina Del-Rei, pelo contrário, só ganham. E ainda, orgulhosos, contam vantagem. Recentemente, eles mesmos ainda escrevem: venderam para a Vale um direito minerário por 100 milhões de dólares, ou seja, 160 milhões de reais, um valor superior ao orçamento anual do município de Mariana.
Como se vê, para os latifundiários empresários da mineração, pimenta nos olhos dos marianenses é refresco!
Por incrível que pareça, entre as pessoas que serão agraciadas com a Medalha do Dia de Minas Gerais está o Sr. Murilo Pinto de Oliveira Ferreira, presidente da Vale, a empresa que está reativando a Mina Del-Rei no centro urbano de Mariana. Esperto, não compareceu para recebê-la. Vai recebê-la, escondido, no Centro Administrativo do governo mineiro, em Belo Horizonte. Prejudica Mariana e ainda recebe homenagem dela. Um absurdo!
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