sábado, 8 de novembro de 2014

Posse dos primeiros concursados na Câmara

Durante muitos meses, a Câmara Municipal de Mariana fez uma intensa campanha publicitária e institucional nas emissoras de rádio, televisão e jornais da Região dos Inconfidentes anunciando com pompa e circunstância a realização do primeiro e histórico concurso público para preenchimento de cargos na tricentenária Câmara Municipal de Mariana.
Segundo informações divulgadas pelos jornais desta semana, tomaram posse dez concursados: Bruna Santos exercendo o cargo de jornalista; Ciro Mendes, Jônatas Peixoto e Leonardo Menin assumem o cargo de agente legislativo; Francisco Carlos de Lima, Juscélia Dias e Sandra dos Reis assumem a função de auxiliar legislativo; Gabriel Guimarães toma posse no cargo de técnico em administração, Ricardo da Silva tem o cargo de advogado e Wesley Morais o de almoxarife.

Excesso de funcionários
A notícia mais interessante estampada nos jornais foi a de que um projeto de resolução foi protocolado pela mesa diretora da Câmara propondo a extinção de 12 vagas de nomeação e que serão ocupadas pelos concursados. A informação bombástica que os contribuintes marianenses ainda não sabiam até hoje é a de que Câmara tem atualmente 140 servidores nomeados, obviamente sem concurso, mas por indicação política dos 15 vereadores, gerando um impacto de 301 mil reais por mês na folha de pagamento. Caso o projeto não seja aprovado, o número de funcionários passará para 152 servidores gerando um impacto de 320 mil reais por mês. Multiplicando R$ 320 mil por 12 meses, a despesa da Câmara, só com pessoal, chega a quase 4 milhões de reais por ano.

Meu comentário: a própria Mesa Diretora da Câmara reconhece a existência excessiva de funcionários, a maioria absoluta nomeada pelos vereadores e sem concurso. O que adianta dar posse a apenas doze servidores por concurso, enquanto 140 são nomeados sem concurso? É por causa disso que eu tenho razão ao afirmar que o legislativo, como é exercido no país, é um poder inútil, pois não fiscaliza nada e, o pior, custa muito caro não só aos contribuintes marianenses, com também aos brasileiros!

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