domingo, 3 de maio de 2015

Excesso de falta do que fazer

O jornalista Luiz Tito, colunista do jornal “O Tempo”, escreveu sobre diversos fatos acontecidos no período de 21 a 27.04.2015, cujo titulo foi: “Excesso de falta do que fazer” O trecho mais interessante do artigo, no meu entendimento, foi o seguinte.
(...) “Além desses fatos, restou o alarde feito em Minas, na imprensa e nas redes sociais, sobre a outorga da Medalha da Inconfidência ao presidente do Movimento dos Sem Terra, João Pedro Stédile. Não sou contra a pessoa, que felizmente sequer conheço. Sou ferozmente contra qualquer tipo de invasão, de esbulho, sejam os orientados por esse bando de marginais inservíveis que tomam posse de propriedades rurais como também os que invadem terrenos e prédios públicos ou privados, contra os que obstruem estradas, portos e aeroportos ou promovem qualquer tipo de ocupação, com o intuito de tumultuar a vida para fazerem valer direitos que acham que têm. Sou contra o tipo, sou contra a postura dessas figuras, que são incentivadas por um Estado que se exime de suas obrigações e transfere para quadrilhas organizadas a busca de soluções que o próprio Estado não teve vontade política e criatividade para oferecer.
Minas, à parte das tradições que sustenta e amplia, tem também a prática de conferir medalhas, diplomas, honrarias, selos e reconhecimentos afins. Em nenhum outro Estado brasileiro essa tradição é tão presente. Medalhas da Inconfidência, de Santos Dumont, de Juscelino Kubitscheck, do Judiciário, do Legislativo, de câmaras municipais, do jogo de bicho, ordens de tudo, comendas as mais variadas, até do puteiro, diplomas às centenas, nomes de ruas, um universo de prêmios outorgados por quem quase sempre não tem autoridade para fazê-lo, destinados a pessoas sem o menor sentido ou compromisso com o que recebem. Mais econômico, mais sincero e decente seria termos a coragem de abolir radicalmente essas pseudo honrarias, acabar com essa farra de feriados e nos concentrarmos nas nossas obrigações, nas nossas demandas, nas nossas urgências. Ao trabalho minha gente. Consideramos-nos condecorados, as panelas batidas, os foguetes queimados. Estamos vivos e de pé. Para a grande maioria, já é muito”.
 
Meu comentário: oxalá que o governador petista Fernando Pimentel não tenha a infeliz ideia de condecorar com a Medalha do Dia de Minas Gerais, no próximo dia 16 de Julho, o pessoal petista do petrolão como Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró, João Vaccari Neto ou o pessoal do mensalão. Desmoralizaria para sempre a comemoração  cívica realizada há 36 anos em Mariana! Aliás, o mensaleiro petista José Dirceu já recebeu a Medalha do Dia de Minas a convite do então governador Aécio Neves, quando ainda não tinha sido condenado pelo STF.

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