Memória eclesiástica
Dom Oscar de Oliveira, 11º Bispo e 3º Arcebispo de Mariana, filho de José Esteves de Oliveira e Judith Augusta Pereira, nasceu em Entre Rios de Minas em 09.01.2012. Estudou no Seminário de Mariana. Em outubro de 1933, seguiu para Roma aonde estudou e foi o primeiro doutor em Direito Canônico do Colégio Pio Brasileiro defendendo a tese de doutorado na Universidade Gregoriana em 1938. Lecionou em seguida Direito Canônico no Seminário de Mariana. Durante 11 anos exerceu o cargo de Cura da Sé, quando, em 1954, foi eleito Bispo titular de Irenópolis e auxiliar de Pouso Alegre, exercendo cargo ali durante cinco anos. Recebeu a Ordenação Episcopal das mãos de Dom Helvécio Gomes de Oliveira na Catedral de Mariana no dia 23.08.1954. Em 1959, Dom Oscar foi nomeado pelo Vaticano para ser o novo Arcebispo Coadjutor de Mariana, tomando posse canônica do cargo em 03.05.1959.
Com a morte de Dom Helvécio em 25.04.1960, Dom Oscar de Oliveira tomou posse no comando da Arquidiocese nela permanecendo como titular durante 28 anos.
Realizações de Dom Oscar de Oliveira
Cripta: Panteão das Mitras
Em 18.06.1962, Dom Oscar construiu no subsolo da sacristia da Sé uma Cripta com 32 gavetas funerárias para onde foram transferidos os restos mortais dos bispos sepultados na igreja da Sé. A inauguração oficial da Cripta se deu, porém, em 27.06.1963. Na ocasião, a Cruz de Dom Viçoso foi retirada do caixão e hoje algumas vezes é usada como amuleto por pessoas fiéis enfermas em estágio terminal.
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
Na área cultural, Dom Oscar criou o Museu Arquidiocesano de Artes Sacras um dos mais ricos e mais importantes museus do Brasil, inaugurado em 22.09.1962.
Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese
Ainda na área cultural, Dom Oscar também foi o fundador do Arquivo, instalando-o no pavimento térreo da Cúria Metropolitana, onde estão preciosos e históricos documentos da Arquidiocese recolhidos das paróquias por Dom Helvécio e Dom Oscar.
Museu da Música
Outra obra maravilhosa de Dom Oscar foi a criação do Museu da Música instalado no dia 04.08.1972, na Cúria Metropolitana de Mariana. Mas a solenidade de inauguração oficial do Museu se deu 06.07.1973, com a presença do então Ministro da Educação, Jarbas Passarinho. Hoje, após sua morte, foi transferido para o antigo Palácio dos Bispos, agora com a denominação de Museu da Música Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana. Toda a preservação do acervo musical dos séculos XVIII e XIX do Museu se deve ao zelo de Dom Oscar, o autêntico mecenas da cultura marianense.
Restauração do Órgão da Sé
Depois de ficar mudo desde 08.12.1937, durante quase meio século, coube a Dom Oscar a benemérita iniciativa de restaurar o único órgão Arp Schnitger europeu na America do Sul, vindo de Portugal e doado pelo rei português Dom João V. em 1753. Na ocasião, Dom Oscar contou com a decisiva e benemérita atuação do Dr. Francisco Afonso Noronha, então presidente da Cemig que tomou todas as providências para o restauro do órgão na Alemanha e sua reinauguração solene ocorrida no dia 08.12.1984.
A reinauguração do órgão foi uma das solenidades mais bonitas e pomposas jamais vista em Mariana. O “Concerto de Mariana”, gravado em dois discos de vinil, teve como solista do órgão o francês Francis Chapalet e a Orquestra Brasileira de Câmara e Coro, constituída naquela ocasião por famosos violinistas, violoncelistas, tenores, sopranos brasileiros, europeus e americanos.
Foi um dos fundadores da Academia Marianense de Letras e tomou posse nela em 08.06.1970, tornando-se Presidente de Honra daquela instituição cultural. A Casa de Cultura de Mariana irá promover uma solenidade especial em homenagem a seu centenário de nascimento.
Na área educacional, Dom Oscar, ao lado do Grêmio Marianense e do saudoso Professor Wilson Chaves, criou o Ginásio Dom Frei Manoel da Cruz e foi seu primeiro diretor. Com sua nomeação a bispo de Pouso Alegre, ele ficou apenas alguns meses na direção do estabelecimento e teve a felicidade de escolher o Padre José Dias Avelar como seu sucessor e que permaneceu na sua direção por mais de 40 anos. Para que fosse possível a instalação do Ginásio Estadual Dom Silvério, Dom Oscar cedeu o prédio do Palácio Velho dos Bispos até a construção do prédio próprio. Dom Oscar criou a Fundação Marianense de Educação em 1964, Dom Oscar e, através dela, assinou um convênio com a Universidade Católica de Belo Horizonte trazendo para Mariana diversos cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria que funcionou no Colégio Providência. Posteriormente, em 1970, Dom Oscar, através de comodato, cedeu o prédio do Seminário Menor para a instalação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP.
Na área social, Dom Oscar - ao lado de dois notáveis beneméritos de Mariana, os também já saudosos Monsenhor Vicente Dilascio e Cônego Paulo Dilascio - criou as Obras Sociais Monsenhor Horta culminando com a construção do Hospital Monsenhor Horta cuja inauguração se deu em 08.11.1970. Doou áreas da Arquidiocese no Bairro São José para construção das primeiras casas populares em Mariana, no período de 1968 a 1971.
Concluindo, como marianense eu diria com muito orgulho e sem medo de errar: Dom Oscar de Oliveira foi a personalidade eclesiástica mais importante no século XX para o desenvolvimento social, educacional e cultural da cidade de Mariana!
Dom Oscar de Oliveira, 11º Bispo e 3º Arcebispo de Mariana, filho de José Esteves de Oliveira e Judith Augusta Pereira, nasceu em Entre Rios de Minas em 09.01.2012. Estudou no Seminário de Mariana. Em outubro de 1933, seguiu para Roma aonde estudou e foi o primeiro doutor em Direito Canônico do Colégio Pio Brasileiro defendendo a tese de doutorado na Universidade Gregoriana em 1938. Lecionou em seguida Direito Canônico no Seminário de Mariana. Durante 11 anos exerceu o cargo de Cura da Sé, quando, em 1954, foi eleito Bispo titular de Irenópolis e auxiliar de Pouso Alegre, exercendo cargo ali durante cinco anos. Recebeu a Ordenação Episcopal das mãos de Dom Helvécio Gomes de Oliveira na Catedral de Mariana no dia 23.08.1954. Em 1959, Dom Oscar foi nomeado pelo Vaticano para ser o novo Arcebispo Coadjutor de Mariana, tomando posse canônica do cargo em 03.05.1959.
Com a morte de Dom Helvécio em 25.04.1960, Dom Oscar de Oliveira tomou posse no comando da Arquidiocese nela permanecendo como titular durante 28 anos.
Realizações de Dom Oscar de Oliveira
Cripta: Panteão das Mitras
Em 18.06.1962, Dom Oscar construiu no subsolo da sacristia da Sé uma Cripta com 32 gavetas funerárias para onde foram transferidos os restos mortais dos bispos sepultados na igreja da Sé. A inauguração oficial da Cripta se deu, porém, em 27.06.1963. Na ocasião, a Cruz de Dom Viçoso foi retirada do caixão e hoje algumas vezes é usada como amuleto por pessoas fiéis enfermas em estágio terminal.
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
Na área cultural, Dom Oscar criou o Museu Arquidiocesano de Artes Sacras um dos mais ricos e mais importantes museus do Brasil, inaugurado em 22.09.1962.
Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese
Ainda na área cultural, Dom Oscar também foi o fundador do Arquivo, instalando-o no pavimento térreo da Cúria Metropolitana, onde estão preciosos e históricos documentos da Arquidiocese recolhidos das paróquias por Dom Helvécio e Dom Oscar.
Museu da Música
Outra obra maravilhosa de Dom Oscar foi a criação do Museu da Música instalado no dia 04.08.1972, na Cúria Metropolitana de Mariana. Mas a solenidade de inauguração oficial do Museu se deu 06.07.1973, com a presença do então Ministro da Educação, Jarbas Passarinho. Hoje, após sua morte, foi transferido para o antigo Palácio dos Bispos, agora com a denominação de Museu da Música Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana. Toda a preservação do acervo musical dos séculos XVIII e XIX do Museu se deve ao zelo de Dom Oscar, o autêntico mecenas da cultura marianense.
Restauração do Órgão da Sé
Depois de ficar mudo desde 08.12.1937, durante quase meio século, coube a Dom Oscar a benemérita iniciativa de restaurar o único órgão Arp Schnitger europeu na America do Sul, vindo de Portugal e doado pelo rei português Dom João V. em 1753. Na ocasião, Dom Oscar contou com a decisiva e benemérita atuação do Dr. Francisco Afonso Noronha, então presidente da Cemig que tomou todas as providências para o restauro do órgão na Alemanha e sua reinauguração solene ocorrida no dia 08.12.1984.
A reinauguração do órgão foi uma das solenidades mais bonitas e pomposas jamais vista em Mariana. O “Concerto de Mariana”, gravado em dois discos de vinil, teve como solista do órgão o francês Francis Chapalet e a Orquestra Brasileira de Câmara e Coro, constituída naquela ocasião por famosos violinistas, violoncelistas, tenores, sopranos brasileiros, europeus e americanos.
Foi um dos fundadores da Academia Marianense de Letras e tomou posse nela em 08.06.1970, tornando-se Presidente de Honra daquela instituição cultural. A Casa de Cultura de Mariana irá promover uma solenidade especial em homenagem a seu centenário de nascimento.
Na área educacional, Dom Oscar, ao lado do Grêmio Marianense e do saudoso Professor Wilson Chaves, criou o Ginásio Dom Frei Manoel da Cruz e foi seu primeiro diretor. Com sua nomeação a bispo de Pouso Alegre, ele ficou apenas alguns meses na direção do estabelecimento e teve a felicidade de escolher o Padre José Dias Avelar como seu sucessor e que permaneceu na sua direção por mais de 40 anos. Para que fosse possível a instalação do Ginásio Estadual Dom Silvério, Dom Oscar cedeu o prédio do Palácio Velho dos Bispos até a construção do prédio próprio. Dom Oscar criou a Fundação Marianense de Educação em 1964, Dom Oscar e, através dela, assinou um convênio com a Universidade Católica de Belo Horizonte trazendo para Mariana diversos cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria que funcionou no Colégio Providência. Posteriormente, em 1970, Dom Oscar, através de comodato, cedeu o prédio do Seminário Menor para a instalação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP.
Na área social, Dom Oscar - ao lado de dois notáveis beneméritos de Mariana, os também já saudosos Monsenhor Vicente Dilascio e Cônego Paulo Dilascio - criou as Obras Sociais Monsenhor Horta culminando com a construção do Hospital Monsenhor Horta cuja inauguração se deu em 08.11.1970. Doou áreas da Arquidiocese no Bairro São José para construção das primeiras casas populares em Mariana, no período de 1968 a 1971.
Concluindo, como marianense eu diria com muito orgulho e sem medo de errar: Dom Oscar de Oliveira foi a personalidade eclesiástica mais importante no século XX para o desenvolvimento social, educacional e cultural da cidade de Mariana!
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