Memória social
Nas décadas de 1960 a 1980, a nossa geração, ainda jovem, teve o privilégio de desfrutar os melhores réveillons realizados em Mariana. Os dois tradicionais clubes sociais da cidade, Marianense F.C, que este ano comemora o seu centenário, e o Guarany F.C, que comemora seus 87 anos de fundação, realizavam tradicionais e memoráveis comemorações de fim de ano com muito requinte e bom gosto.
A sociedade marianense elegante comparecia e prestigiava as festas. Na época, a cidade possuía três grandes e excelentes conjuntos musicais, que imitavam à perfeição os Beatles e Rolling Stones, os dois mais famosos conjuntos do século XX. Eram os The Rebelds, os Incas e os Abutres que animavam o réveillon e os grandes bailes dos dois clubes naquela época de ouro da sociedade marianense. Posteriormente, no final dos anos 60 e começo de 70, surgiu o restaurante Senzala do carioca Pedro Mandarino, hoje proprietário do Kings Burger ali na Praça da Sé, que também promovia réveillon que ficou tão famoso em Mariana a ponto de ameaçar a liderança dos dois clubes tradicionais.
Posteriormente, por razões ainda não esclarecidas, os dois clubes deixaram de promover o réveillon e o restaurante Senzala fechou. Durante longos anos, a sociedade marianense ficou sem espaço particular ou público para as comemorações. No começo deste século XXI, o município durante alguns anos patrocinou as comemorações de fim de ano com a contratação de bandas para shows nas praças e queima de fogos na passagem de um ano para o outro. Porém, essas comemorações populares provocaram alguma violência e arrastões no centro histórico da cidade o que provocou a sua paralisação.
Ultimamente, as comemorações de fim de ano estão sendo realizadas por algumas empresas privadas ligadas ao ramo de restaurantes. Este ano, no centro histórico, o Marianense foi alugado para um grupo de empresários da noite para a realização do réveillon.
Estive lá e observei o seguinte: o salão de festa foi dividido em três partes: numa extremidade, uma área foi reservada ao conjunto musical que tinha em sua frente uma parafernália de luzes psicodélicas. No lado oposto, foi reservado para os que adquiriram mesas, com direito a bebidas e salgados, área denominada VIP (Very Important People) No meio, uma área de pista dançante bem pequena, foi reservada para a galera, sem mesas, nem mordomias. Mas em compensação, nesse pequeno espaço apareceu para agitação muita gente jovem e bonita.
O conjunto musical tocava tão alto que ninguém conseguia conversar a não ser gritando um no ouvido do outro. Na piscina, apesar da proteção do toldo contra a chuva, estava pouco frequentado, pois faltavam mesas e cadeiras. Parece que a ideia original dos organizadores da festa era o de localizar o pessoal VIP na área da piscina com a proteção dos toldos. Por causa da intensidade da chuva, resolveram, na última hora, transferir o pessoal para o salão de festa o que ocasionou o congestionamento da já pequena pista de dança. Seria uma boa ideia para os próximos anos que os dois clubes tradicionais de Mariana realizassem ou então alugassem suas dependências para que terceiros possam realizar o réveillon ou o carnaval. Fica aí a minha sugestão.
Um fato interessante: a maioria dos restaurantes, de pizzarias, pastelarias e de casas noturnas estava fechada e pouca gente circulando nas ruas no centro histórico de Mariana. O fenômeno da ausência de público nas ruas deve-se, em minha opinião, à falta de alguma motivação, pois não existe comemoração individual e pessoal espontânea em público. Por exemplo, Natal é uma festa tipicamente familiar e sua comemoração é caseira. Já o réveillon e o carnaval são festas populares, mas só atrai o público para as ruas se houver shows específicos e, sobretudo, muito barulhentos principalmente para os jovens que adoram uma zoeira infernal, o tal lixo musical.
Nas décadas de 1960 a 1980, a nossa geração, ainda jovem, teve o privilégio de desfrutar os melhores réveillons realizados em Mariana. Os dois tradicionais clubes sociais da cidade, Marianense F.C, que este ano comemora o seu centenário, e o Guarany F.C, que comemora seus 87 anos de fundação, realizavam tradicionais e memoráveis comemorações de fim de ano com muito requinte e bom gosto.
A sociedade marianense elegante comparecia e prestigiava as festas. Na época, a cidade possuía três grandes e excelentes conjuntos musicais, que imitavam à perfeição os Beatles e Rolling Stones, os dois mais famosos conjuntos do século XX. Eram os The Rebelds, os Incas e os Abutres que animavam o réveillon e os grandes bailes dos dois clubes naquela época de ouro da sociedade marianense. Posteriormente, no final dos anos 60 e começo de 70, surgiu o restaurante Senzala do carioca Pedro Mandarino, hoje proprietário do Kings Burger ali na Praça da Sé, que também promovia réveillon que ficou tão famoso em Mariana a ponto de ameaçar a liderança dos dois clubes tradicionais.
Posteriormente, por razões ainda não esclarecidas, os dois clubes deixaram de promover o réveillon e o restaurante Senzala fechou. Durante longos anos, a sociedade marianense ficou sem espaço particular ou público para as comemorações. No começo deste século XXI, o município durante alguns anos patrocinou as comemorações de fim de ano com a contratação de bandas para shows nas praças e queima de fogos na passagem de um ano para o outro. Porém, essas comemorações populares provocaram alguma violência e arrastões no centro histórico da cidade o que provocou a sua paralisação.
Ultimamente, as comemorações de fim de ano estão sendo realizadas por algumas empresas privadas ligadas ao ramo de restaurantes. Este ano, no centro histórico, o Marianense foi alugado para um grupo de empresários da noite para a realização do réveillon.
Estive lá e observei o seguinte: o salão de festa foi dividido em três partes: numa extremidade, uma área foi reservada ao conjunto musical que tinha em sua frente uma parafernália de luzes psicodélicas. No lado oposto, foi reservado para os que adquiriram mesas, com direito a bebidas e salgados, área denominada VIP (Very Important People) No meio, uma área de pista dançante bem pequena, foi reservada para a galera, sem mesas, nem mordomias. Mas em compensação, nesse pequeno espaço apareceu para agitação muita gente jovem e bonita.
O conjunto musical tocava tão alto que ninguém conseguia conversar a não ser gritando um no ouvido do outro. Na piscina, apesar da proteção do toldo contra a chuva, estava pouco frequentado, pois faltavam mesas e cadeiras. Parece que a ideia original dos organizadores da festa era o de localizar o pessoal VIP na área da piscina com a proteção dos toldos. Por causa da intensidade da chuva, resolveram, na última hora, transferir o pessoal para o salão de festa o que ocasionou o congestionamento da já pequena pista de dança. Seria uma boa ideia para os próximos anos que os dois clubes tradicionais de Mariana realizassem ou então alugassem suas dependências para que terceiros possam realizar o réveillon ou o carnaval. Fica aí a minha sugestão.
Um fato interessante: a maioria dos restaurantes, de pizzarias, pastelarias e de casas noturnas estava fechada e pouca gente circulando nas ruas no centro histórico de Mariana. O fenômeno da ausência de público nas ruas deve-se, em minha opinião, à falta de alguma motivação, pois não existe comemoração individual e pessoal espontânea em público. Por exemplo, Natal é uma festa tipicamente familiar e sua comemoração é caseira. Já o réveillon e o carnaval são festas populares, mas só atrai o público para as ruas se houver shows específicos e, sobretudo, muito barulhentos principalmente para os jovens que adoram uma zoeira infernal, o tal lixo musical.
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