sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Presépio: uma tradição familiar

Quando meus pais, Waldemar de Moura Santos e Hélia Teixeira Santos, se casaram em 2 de fevereiro de 1936, naquele mesmo ano, em dezembro, fizeram o seu primeiro presépio e não pararam mais. Durante os 50 anos que ficaram juntos não deixaram um ano sequer de fazê-lo. Quando o meu pai faleceu em 30.12.1986, hoje faz 25 anos que ele morreu, minha mãe continuou a fazer o presépio, agora com a ajuda dos filhos, por mais 11 anos, quando faleceu em 06.03.1997. Com a morte de nossos pais, os filhos, há 14 anos, continuaram com a tradição. Já são 75 anos de existência do presépio.
Por uma particularidade familiar, mantendo a tradição, nosso presépio sempre ficou mais tempo em exposição do que os demais presépios que ficam normalmente de 24 de dezembro a 6 de janeiro, Dia dos Reis. O nosso presépio familiar fica em exposição até 2 de fevereiro de cada ano por causa da data de casamento de nossos pais. Todos os dias, meus pais e os sete filhos se reuniam em frente ao presépio por volta das 18 horas e, ajoelhados, rezávamos o terço e cantávamos canções de natal. Esta tradição de rezar o terço ainda continua até hoje. Na nossa casa o natal sempre foi autenticamente cristão. Não havia esse negócio de falar em Papai Noel, mas só em Menino Jesus que trazia presente para gente. E nós, meninos, em nossa pura inocência, acreditava!
As imagens do Menino Jesus, de Nossa Senhora, São José e dos Reis Magos que representam as figuras bíblicas tradicionais do presépio cristão são históricas, todas originais e estão conosco, bem conservadas, há 75 anos!

Oxalá que os netos da familia continuem a tradição, pois faltam apenas 25 anos para a comemoração da data de centenário do presépio da familia Moura Santos!

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