E nem adianta colocar a culpa em São Pedro. O período dela chegou e, com ele, dias de medo. Para quem mora às margens do Ribeirão do Carmo ou em área de risco, a preocupação é maior ainda. E não é para menos. A ameaça ronda a cidade e que não estamos a salvo de tragédias.
No Brasil, país livre de tsunamis, vendavais, vulcões e terremotos, a natureza não mata em massa. O que mata é o populismo, que fechou os olhos para o Plano Diretor, aprovado desde 2003, e permitiu (e ainda permite criminosamente) a ocupação desordenada em morros e encostas da cidade.
A tragédia é anunciada. E não adianta culpar apenas as famílias, que acabam sendo vítimas da irresponsabilidade oficial, da demagogia de gerações de políticos e governantes que não cumpriram seu dever de fiscalizar e permitiram a ocupação das encostas instáveis de Mariana para ali instalar os currais eleitorais.
As tragédias do Rio de Janeiro não nos serviram de exemplo. Vai ser preciso cultivar os nossos próprios mortos para que alguma coisa seja feita.
Que Deus nos proteja!
*Editorial do jornal “A Semana”, edição 402, de 15 a 21.12.2011, escrito pelo jornalista Douglas Couto.
No Brasil, país livre de tsunamis, vendavais, vulcões e terremotos, a natureza não mata em massa. O que mata é o populismo, que fechou os olhos para o Plano Diretor, aprovado desde 2003, e permitiu (e ainda permite criminosamente) a ocupação desordenada em morros e encostas da cidade.
A tragédia é anunciada. E não adianta culpar apenas as famílias, que acabam sendo vítimas da irresponsabilidade oficial, da demagogia de gerações de políticos e governantes que não cumpriram seu dever de fiscalizar e permitiram a ocupação das encostas instáveis de Mariana para ali instalar os currais eleitorais.
As tragédias do Rio de Janeiro não nos serviram de exemplo. Vai ser preciso cultivar os nossos próprios mortos para que alguma coisa seja feita.
Que Deus nos proteja!
*Editorial do jornal “A Semana”, edição 402, de 15 a 21.12.2011, escrito pelo jornalista Douglas Couto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário