domingo, 20 de janeiro de 2013

Trem da alegria

Aqui no Brasil, todos os políticos, a começar dos prefeitos e vereadores, dos governadores e deputados estaduais, dos presidentes da República e do Congresso Nacional (deputados federais e senadores), quando são eleitos, a primeira coisa que eles fazem é nomear milhares de cabos eleitorais para os melhores cargos públicos existentes no país. Além do bom emprego já bem remunerado, todos ainda recebem uma polpuda comissão. São os tais privilegiados funcionários de confiança. São nomeados sem precisar fazer concurso público, pois não precisam ter nenhuma competência para exercer os cargos, basta o QI; Quem Indica.
Hoje, ao contrário de antigamente, os políticos, durante a campanha eleitoral, não precisam pagar nada pelos trabalhos de seus cabos eleitorais. A promessa é de que, eleitos, seus apaniguados serão contemplados com um bom emprego pelo menos durante quatro anos com expectativa futura de mais quatro anos se seu padrinho político for reeleito.
No plano municipal, a prioridade para conceder os melhores empregos é dada aos candidatos ao cargo de vereador que não foram eleitos, mas obtiveram expressiva votação, além de muitos daqueles que têm padrinhos influentes na administração pública vigente.
Os jornais de fim de semana que circularam na Região dos Inconfidentes anunciaram que a atual administração do município irá nomear em cargos de confiança quase 500 funcionários. Partindo da premissa de que o município tenha 3.000 mil funcionários, isso significa que um sexto deles será comissionado. Em cada 12 funcionários, por exemplo, haverá dois comissionados. É muito cacique para poucos índios.
Se quiserem realmente colocar o trem nos trilhos é preciso ter muito cuidado com a quantidade excessiva de passageiros comissionados a bordo. Por excesso de peso, o comboio pode descarrilar e acabar de vez com o tão disputado e almejado trem da alegria!...

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