sexta-feira, 19 de julho de 2013

Arcebispo versus Oficial Militar

Segundo versão dada por pessoas que testemunharam os fatos, no dia 16 de julho, Dia de Mariana e de Minas, antes da celebração da Missa Solene, um oficial militar procurou o pároco da igreja de Nossa Senhora do Carmo e determinou que ele fechasse as portas da igreja não permitindo que os fieis nela entrassem, pois ele queria entrar no templo para instalar na torre equipamentos que pudessem monitorar o comportamento das pessoas que iriam assistir às solenidades na Praça Minas Gerais com o propósito de evitar qualquer tentativa de manifestação popular durante as cerimônias do Dia de Minas.
O pároco recusou obedecer às ordens do oficial militar, que então o obrigou a assinar um documento constatando o ato de recusa de cumprir as ordens do militar.
Nesse momento, chega à porta da igreja para a celebração da missa o arcebispo de Mariana Dom Geraldo Lyrio Rocha que, em rápido e ríspido diálogo com o oficial militar não só deu respaldo ao pároco, como também o convidou a retirar-se do adro da igreja. O oficial ainda retrucou dizendo que igreja era um bem público, mas o arcebispo contestou dizendo que a igreja pertencia a arquidiocese, um bem particular e não público. Terminada a missa, o arcebispo contou os fatos para as pessoas que estavam assistindo à cerimônia religiosa, quando então foi longamente de pé ovacionado pelos presentes.
Nos últimos anos, o governo do Estado, que é responsável pela realização das solenidades do Dia de Minas Gerais, tem tomado muitas atitudes erradas e exageradas impedindo que o povo ordeiro e civilizado de Mariana participe das solenidades cívicas e religiosas, temendo suposta manifestação popular que, na verdade, não houve.
A exemplo do arcebispo, os políticos de Mariana, nossos representantes, precisam também protestar contra essa discriminação de obrigar o povo, se quiser assistir à cerimônia, a fazer cadastramento prévio e ainda por cima ser obrigado a sofrer vexame e humilhação de passar por uma revista do detector de metais para saber se estamos armados ou não. Um absurdo. O povo de Mariana não merece isso!

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