segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Roque Camêllo eleito Prefeito de Mariana

Abaixo a relação dos candidatos que disputaram as eleições para o cargo de prefeito e o número de votos que obtiveram no pleito de 05.10.2008.


Roque Camêllo - 13.938
Terezinha Ramos – 11.305
Duarte Jr. – 7.140
Chico Veterinário – 350
Neuza Zuzu – 57
Votos brancos: 643
Votos Nulos: 1.704
Eleitorado: 39.788 – Votos Válidos: 32.790 – Nulos: 1.704 – Brancos: 643
Comparecimento: 35.137 – Não compareceram: 4.651.


Meu comentário: A diferença de votos entre Roque Camêllo e Terezinha Ramos foi de 2.633 votos. A Coligação de Roque Camêllo, sozinha, teve que enfrentar três coligações muito fortes. Venceu a Esquerda tradicional, mais unida do que nunca, devido à comoção da morte violenta de seu líder carismático, João Ramos Filho. Venceu a Esquerda dissidente, liderada pelo candidato Duarte Júnior, aliada com a Direita dissidente comandada pelo ex-prefeito Cássio Brigolini Neme. Venceu os partidos nanicos que, a serviço dos grandes partidos acima, sempre apelaram e pediram socorro ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral para tirar Roque Camêllo do páreo. A oposição queria ganhar as eleição de qualquer maneira, não nas urnas, mas no tapetão.
No meu entendimento, foi uma vitória consagradora, pois venceu a oposição marianense totalmente unida!
O Instituto Nexus contratado pela Rádio Mariana FM errou feio. O Neaspoc, apesar de ter sido impedida de divulgar a segunda pesquisa pela Justiça Eleitoral, a terceira que foi divulgada na última hora, mais uma vez acertou em cheio.
Curiosidade: a candidata a prefeito Neuza Zuzu teve 57 votos, enquanto seu irmão, Geraldo Zuzu, candidato a vereador, teve 82 votos, 25 votos a mais. O cunhado dela, Chico Veterinário, teve 350 votos para prefeito.

Vereadores Eleitos
Bruno Mol (PSDB) – Novo – 1.837 votos
Marcelo Macedo (PSDB) – Reeleito – 1.728 votos
Bambu (PDT) - Reeleito – 1.562 votos
Leitão (PTN) – Reeleito – 1.469 votos
Raimundo Horta (PMDB) – Reeleito – 1.238 votos
Juliano Gonçalves (PPS) – Novo – 991 votos
Sonia Azzi - Nova – 874 votos
Aída Anacleto – (PT) – Nova – 842 votos
Roberto Cota - Novo – 756 votos
Adimar José Cota (PP) Novo – 649 votos
Bené do Caminhão – Novo – 649 votos
Prof. Reginaldo – Novo – 618 votos
Jarbas Ramos (Nêgo) – PTB – Reeleito – 573 votos
Fabinho Ramos – Novo – 560 votos
Fernando Sampaio – Novo – 515 votos

Comentário: A Câmara Municipal de Mariana teve 50% de renovação. Foram reeleitos cinco vereadores e eleitos 10 novos vereadores. A Coligação Mariana Avança com a Força do Povo, situacionista, fez a maioria da Câmara com nove vereadores, enquanto a oposição elegeu seis vereadores através da Coligação Honestidade em Primeiro Lugar com três vereadores, a Coligação Mariana de Cara Nova, apesar da excelente votação de seu candidato a prefeito, elegeu apenas dois vereadores e o PV elegeu uma vereadora.
Curiosidades: Fabinho Ramos, hoje eleito, não conseguiu se eleger nas eleições municipais de 2004, quando o seu pai ainda era vivo. Adimar e Bené do Caminhão que retornou ao legislativo tiveram o mesmo número de votos: 649. O candidato a vereador não eleito, Geraldo Zuzu, teve mais votos do que sua irmã Neuza Zuzu, candidata a prefeito. Geraldo Zuzu obteve 82 votos enquanto ela apenas 57, ou seja, 25 votos a mais. A grande surpresa foi a eleição Sonia Azzi do PV, muito bem votada. Diversos policiais militares como um soldado, um cabo, um tenente e um capitão disputaram as eleições municipais para o cargo de vereador. Nenhum deles foi eleito. Dois candidatos que aprontaram muita confusão na campanha o fotógrafo Silvio que teve 31votos e Dan Mol que obteve 316 votos também não foram eleitos. A Direita dissidente, liderada por Cássio Brigoline Neme, deu muitos votos para Coligação de Cara Nova: elegeu Fernando Sampaio com 515 votos e Tareco, não eleito, com 304 votos.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o respaldo do Supremo Tribunal Federal para acabar com a farra das Câmaras Municipais de todo país em aumentar irresponsavelmente o número de vereadores, para moralizar o poder legislativo, baixou instruções determinando o número deles de acordo com a Constituição Federal. Mas a norma só teve efeito para as eleições municipais de 2004. Com essa brecha, os vereadores de Mariana não perderam tempo: legislaram em causa própria aumentando o número de 10 para 15 vereadores, diminuindo assim quociente eleitoral, mas aumentando assim a despesas do nosso poder legislativo. O contribuinte marianense vai pagar a conta para manter um poder inútil, que não fiscaliza nada e custa muito caro aos cofres públicos!

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