O cineasta dinamarquês Lars Von Trier deu uma entrevista muito interessante à comentarista de cinema Isabela Boscov quando falou sobre a existência da vida e que suscitou em mim uma profunda reflexão espiritual. Veja abaixo a ideia que ele tem sobre a vida terrena.
“Acho que a vida é uma ideia muito ruim. Se essa ideia partiu de Deus, eu o culpo por tê-la largado no meio do caminho, sem levá-la à sua conclusão lógica. Imagine uma criança que ganha um trem de brinquedo e o põe para funcionar: ele corre nos trilhos uma dezena de vezes, a criança se diverte, e então perde o interesse. O que acontece com o trem depois que a criança o larga? Isso, para mim, é a vida: se Deus a criou – e eu não acredito Nele, mas vamos supor que exista – Ele logo a largou, correndo por aí, sem um pensamento para o fato de que criou seres que sabem que cada passo deles na Terra causa sofrimento de uma planta, um animal ou um outro homem, e que têm de enfrentar a consciência de que sua existência é finita. Isso é nascer sob uma sentença de morte. Se eu fosse um bicho, sem noção de que vou morrer e de que posso magoar os outros o tempo todo, sem culpa de espécie alguma e ocupado apenas em comer, excretar e me reproduzir, então a vida poderia ser tolerável. Mas não da maneira que ela é para os homens. Não é justo. Se antes de eu nascer me consultassem sobre se eu quero existir neste mundo, eu diria não – absolutamente não”.
Meu comentário: à exceção de minha crença em Deus, confesso que concordo em gênero, número e grau com o pensamento do cineasta dinamarquês. Afinal de contas, nascemos sem pedir e acabamos melancolicamente morrendo sem querer!
“Acho que a vida é uma ideia muito ruim. Se essa ideia partiu de Deus, eu o culpo por tê-la largado no meio do caminho, sem levá-la à sua conclusão lógica. Imagine uma criança que ganha um trem de brinquedo e o põe para funcionar: ele corre nos trilhos uma dezena de vezes, a criança se diverte, e então perde o interesse. O que acontece com o trem depois que a criança o larga? Isso, para mim, é a vida: se Deus a criou – e eu não acredito Nele, mas vamos supor que exista – Ele logo a largou, correndo por aí, sem um pensamento para o fato de que criou seres que sabem que cada passo deles na Terra causa sofrimento de uma planta, um animal ou um outro homem, e que têm de enfrentar a consciência de que sua existência é finita. Isso é nascer sob uma sentença de morte. Se eu fosse um bicho, sem noção de que vou morrer e de que posso magoar os outros o tempo todo, sem culpa de espécie alguma e ocupado apenas em comer, excretar e me reproduzir, então a vida poderia ser tolerável. Mas não da maneira que ela é para os homens. Não é justo. Se antes de eu nascer me consultassem sobre se eu quero existir neste mundo, eu diria não – absolutamente não”.
Meu comentário: à exceção de minha crença em Deus, confesso que concordo em gênero, número e grau com o pensamento do cineasta dinamarquês. Afinal de contas, nascemos sem pedir e acabamos melancolicamente morrendo sem querer!
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