Quando li a moralizadora nota de esclarecimento da Mesa da Câmara Municipal de Mariana, assinada pelo presidente da Casa, eu pensava que os demais vereadores comungassem com a defesa do principio fundamental da transparência que sempre deve existir na administração pública.
Trágico engano.
A exceção do vereador Juliano Gonçalves que votou contra e do vereador Bambu que estava ausente por motivo de saúde, os demais vereadores tiveram a petulância, a cara-de-pau, a irresponsabilidade de liberar 28 milhões de reais para o prefeito, sem saber onde os recursos públicos serão aplicados. Uma vergonha! A medida tomada pelos vereadores pode até ser legal, mas é imoral, indecorosa, subserviente, indigna de quem tem a incumbência constitucional de fiscalizar o poder executivo.
Aliás, o legislativo como exercido no país, e também em Mariana, é um poder inútil, pois, além de não fiscalizar nada, é conivente com a corrupção praticada pelo poder executivo, onde ambos praticam o perverso e corrupto toma lá dá cá e cujo funcionamento custa muito caro aos cofres públicos.
Hoje quem fiscaliza a bandalheira política no Brasil é a imprensa. Se não fosse ela, ninguém ficaria sabendo da corrupção que grassa no país como uma epidemia.
O eleitorado marianense precisa ficar agora muito atento ao comportamento indecoroso dos vereadores que tiveram a sem-vergonhice de dar um cheque em branco ao prefeito. É hora de o eleitorado dar um basta nesta relação incestuosa entre o executivo e legislativo, fiscalizando onde serão aplicados os recursos. E dar neles o troco que merecem nas urnas, não os elegendo, mandando-os mais cedo para casa onde poderão usar e abusar à vontade de dar cheques em branco e até mesmo sem fundos, desde que usando recursos próprios e não públicos.
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