sábado, 26 de abril de 2014

Cristo crucificado entre ladrões

De vez em quando surgem no Brasil movimentos anticristãos. Em Mariana, por exemplo, não foi diferente quando o presidente da Câmara de Mariana quis retirar do plenário a imagem de Cristo crucificado.
Os que são favoráveis à retirada de símbolos cristãos de repartições públicas alegam que o estado brasileiro é laico e não é prudente que a religião se misture com o poder público. Já os cristãos defendem a manutenção do crucifixo nos órgãos públicos sob o argumento de que a maioria do povo brasileiro é cristã e esse comportamento virou uma tradição cultural milenar.
Sem entrar no mérito da questão, por sinal um assunto muito polêmico e onde os dois lados acham que têm razão, se Cristo pudesse externar o seu pensamento a respeito, eu acredito que ele certamente se sentiria extremamente incomodado de estar na companhia de tantos ladrões que infestam as repartições públicas no Brasil.
Como conta a história, Cristo foi crucificado entre dois ladrões: o bom e o mau ladrão, diante de apenas de duas personagens: uma boa e outra ruim.
Você já imaginou o desconforto, o sofrimento de Cristo crucificado e que há centenas de anos é afixado sem seu consentimento nas paredes de Câmaras Municipais, de Assembleias Legislativas, Congresso Nacional (Câmara e Senado), e dos poderes Executivo e Judiciário, verdadeiros antros de políticos picaretas e desonestos, magistrados corruptos, autênticos ladrões de colarinho branco, locais profanos onde se concentra a fina flor da bandidagem nacional?
Como cristão, afirmo categoricamente que Cristo crucificado não merecia passar por esse vexame. Deveria, por respeito à sua dignidade, ser retirado imediatamente desses locais ultrajantes há muito tempo. A sua imagem deveria ficar preservada apenas nas igrejas e nos lares de cristãos honestos. Manter Cristo crucificado nas repartições públicas é uma ofensa, um desrespeito, um sacrilégio contra a honrada imagem de Cristo!

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