domingo, 19 de junho de 2011

Antonio Pacheco Filho +



Faleceu no dia 18 de junho, aos 81 anos, Antonio Manoel Pacheco Filho, figura muito querida, conhecida e carismática nos meios religiosos, esportivos e políticos de Mariana. Era casado com Ruth Delamore, falecida em 18 de dezembro de 2010, filho de Nico Pacheco e de Dona Lilia Alves Pacheco, deixando dois irmãos Maninha e Zezinho, três filhos Marcos, Miriam e Magaly e vários netos.
Católico fervoroso e piedoso franciscano, Pacheco, como era conhecido na cidade, foi durante muitos anos presidente da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, onde fazia de tudo: era sacristão, sineiro e administrador do templo. Foi escolhido pelo saudoso Arcebispo Dom Oscar de Oliveira para ser Ministro da Eucaristia.
Na vida profissional foi funcionário da Prefeitura Municipal de Mariana, depois foi trabalhar na Cia. Minas da Passagem no tempo de Júlio Mourão Guimarães. Posteriormente se tornou funcionário público federal na profissão de carteiro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Finalmente, já aposentado, trabalhou na Câmara Municipal de Mariana.
Na vida política, nas eleições municipais de 1982, foi eleito para a Câmara Municipal de Mariana, exercendo o cargo durante seis anos, entre 1983 a 1988.
Na vida esportiva, Pacheco foi jogador e dirigente do Guarany F.C, quando exerceu vários cargos não só na Diretoria, como também foi membro eleito e quase permanente do Conselho Deliberativo onde exerceu o cargo de presidente várias vezes. Especialista em direito esportivo, Pacheco era defensor do clube junto à Junta Disciplinar Desportiva (JDD), da Liga Esportiva de Mariana (LEMA), onde, ao lado de Benjamin Lemos e Chico Santos, foi um dos fundadores da Lema. Seu conhecimento era tão notável do Código Disciplinar Esportivo que outras agremiações filiadas o contratavam para defendê-las aqui e em Belo Horizonte.
Na Casa de Cultura de Mariana, no tempo do Professor Waldemar de Moura Santos, então presidente e fundador da Academia Marianense de Letras, Pacheco foi nomeado o locutor oficial da Casa, exercendo o cargo de Dirigente do Protocolo das solenidades culturais nela realizadas e todas gravadas por ele em fitas-cassete, hoje fazendo parte de um acervo memorial muito importante e precioso e dirigindo também o serviço de informação e publicidade daquela entidade cultural. Exerceu o cargo de Coordenador do Madrigal Mariana, coral da Academia Marianense de Letras. Alguma vezes, exerceu também a função de chefe do cerimonial da Câmara. Fez o curso primário na EE. Dom Benevides e depois, por falta de ensino secundário para homens na cidade, pois o Ginásio Arquidiocesano fora transferido para Ouro Preto por Dom Helvécio, estudou no Externato Marianense do saudoso Cônego Braga.
Autodidata, estava escrevendo um livro contando causos acontecidos em Mariana. Alguns capítulos inéditos do livro foram publicados no jornal “O Espeto”. Pacheco era um marianense tipicamente tradicional que defendia os interesses de Mariana com muito amor e carinho. Pacheco era uma espécie em extinção de marianense que gostava de servir espontaneamente Mariana sem servir-se dela. Já não se faz marianenses como antigamente. Como seu amigo e primo eu diria: Mariana, Pacheco, vai sentir muito a sua falta!

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