Saiu publicada na coluna de Mário Fontana, no jornal “Estado de Minas”, de 19.06.2011, domingo, a seguinte matéria.
Em Mariana
“A nota da coluna sobre os protestos dos moradores de Mariana contra a reativação de mina de minério de ferro situada nas proximidades do Centro Histórico da cidade está rendendo. Segundo informação enviada por leitora de Mariana, o negócio é muito mais complicado do que se pensa. Envolve uma série de acontecimentos interessantes. Remonta à saída de Roque Camêllo do cargo de prefeito de Mariana. Sua cassação teria sido provocada pelo fato de ter ele desapropriado o terreno da mina para impedir a reativação. Segundo a leitora, isso acelerou uma ação contra Camêllo ativada pelos donos da mina. Em seu lugar entrou Terezinha Ramos, segunda colocada nas eleições, que anulou a ação de desapropriação. Ela acabou sendo cassada por corrupção. O cargo então foi ocupado pelo vice-prefeito Roberto Rodrigues”.
“A nota da coluna sobre os protestos dos moradores de Mariana contra a reativação de mina de minério de ferro situada nas proximidades do Centro Histórico da cidade está rendendo. Segundo informação enviada por leitora de Mariana, o negócio é muito mais complicado do que se pensa. Envolve uma série de acontecimentos interessantes. Remonta à saída de Roque Camêllo do cargo de prefeito de Mariana. Sua cassação teria sido provocada pelo fato de ter ele desapropriado o terreno da mina para impedir a reativação. Segundo a leitora, isso acelerou uma ação contra Camêllo ativada pelos donos da mina. Em seu lugar entrou Terezinha Ramos, segunda colocada nas eleições, que anulou a ação de desapropriação. Ela acabou sendo cassada por corrupção. O cargo então foi ocupado pelo vice-prefeito Roberto Rodrigues”.
Meu comentário: A bem da verdade, a nota acima está cheia de informações equivocadas.
Primeiro: Roque Camêllo não desapropriou nenhum terreno. A área desapropriada, feita pelo o seu antecessor Celso Cota, para fins de preservação ambiental, foi a do morro Santana (Gogô), onde está localizada a mina pertencente à Companhia Minas da Passagem. Quando tomou posse no cargo de prefeita, por apenas três meses, atendendo interesses minerários dos proprietários da mina, Walter Rodrigues e Roberto Rodrigues, Terezinha Ramos realmente assinou um decreto anulando a tal desapropriação.
Segundo: a exemplo de Roque Camêllo, Terezinha Ramos não foi cassada, mas apenas afastada do cargo, pois ambos ainda aguardam a decisão final da Justiça Eleitoral.
Terceiro: o cargo de prefeito de Mariana jamais foi ocupado por Roberto Rodrigues.
Quarto: a Mina Del-Rei pertence à Vale que pretende reativá-la cedendo a sua exploração a terceiros, não tendo nenhuma ligação com a mina de Santana.
O colunista e jornalista Mário Fontana que me perdoe a franqueza: nunca vi uma nota tão pequena com tantas informações mentirosas e equivocadas!
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