Quando eu li o primeiro manifesto Todos por Mariana, divulgado pela imprensa da região dos Inconfidentes sobre o “blocão ou grupão” como já é denominado por alguns jornais locais, confesso que fiquei impressionado não só com a quantidade de partidos, como também de pré-candidatos. Eram doze partidos e seis pré-candidatos. À exceção da quantidade de partidos, muito comum nas eleições municipais, nunca se viu na história política de Mariana um único grupo reunir tantos pré-candidatos. A maioria constituída de pessoas que não costumam ter militância política diária. Só aparecem de quatro em quatro ano. Alguns, marinheiros de primeira viagem, o que não é ruim, pois indica saudável renovação do paupérrimo e velho quadro político marianense.
Depois da divulgação do primeiro manifesto, alguns partidos se afastaram do grupo e um pré-candidato e seu partido foram excluídos, por um motivo político óbvio: prejudicava a imagem do bloco. Essa exclusão foi assim justificada pelo grupo: “como em toda rediscussão política, alguns partidos se aproximam e outros se afastam e isso faz parte da democracia”.
No meu entendimento, salvo melhor juízo, o pior problema que o grupo vai enfrentar é estabelecer um consenso político para a escolha de um candidato entre os cinco pré-candidatos remanescentes, com a saída de Chico da Farmácia. Como conciliar, por exemplo, os conhecidos conflitos partidários do PTB do prefeito Roberto Rodrigues com o de Terezinha Ramos, o do PDT de Walter Rodrigues com o de Bambu, o do DEM de Alypio Faria com o de Nonô Miranda e seu filho Rodrigo e Bento Quirino, o do PT de Ailda com o de Edernon Marcos? O grupo é politicamente muito heterogêneo, os interesses político-partidários e pessoais são muito conflitantes.
O PMDB de Raimundo Horta e Jésus Sinhá, parece, ainda está em cima do muro. Sozinho não elege nem prefeito nem vereador. Para ter algum sucesso eleitoral o partido terá que coligar ou com os celsistas ou com os anticelsistas reunidos no grupo Todos por Mariana.
Os latifundiários empresários da mineração que fazem parte do grupo Todos por Mariana estão mais preocupados em tirar Celso Cota de disputar as eleições municipais no tapetão da justiça eleitoral do que disputá-las com ele nas urnas e, quem sabe, até ganhar.
Será que no grupo dos latifundiários, onde há cinco prováveis candidatos: Bambu, Dr. Jonas Machado, o Dr. Rodrigo Miranda, Sônia Azzi e o atual prefeito de Mariana, Roberto Rodrigues, não há um pré-candidato capaz de derrotá-lo nas urnas?
Perguntar não ofende!
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